Uncategorized

Da economia gig para a Lua

Guilherme Soárez, CEO da HSM

Compartilhar:

A palavra “gig”, em inglês, diz respeito a uma pequena charrete de duas rodas, dessas que a gente vê no interior do Brasil. É uma gíria próxima de “bico”, no sentido de trabalho temporário. Nos Estados Unidos, usa-se faz tempo a expressão “economia gig” para designar o mercado de trabalho que funciona com base em contratos de curto prazo.

Mais recentemente, no entanto, “economia gig” vem virando sinônimo de “economia compartilhada” ou “economia do acesso”, em referência aos negócios de empresas-plataformas ligadas a aplicativos, como Airbnb e Uber. Se o foco recai sobre os ativos, prefere-se falar em economia compartilhada, com ênfase no fato de os ativos serem compartilhados em vez de possuídos; se o foco são os trabalhadores, opta-se por usar economia gig, pois a característica enfatizada são as relações de trabalho, que migram do longo para o curto prazo.

Fiz todo esse preâmbulo porque publicamos, nesta edição, a história de um professor de Stanford que está estudando a mudança do mercado de trabalho na economia gig – ele não usa “compartilhada” ou “de acesso”. Inclusive, o tal professor foi trabalhar como motorista de aplicativo para fazer uma pesquisa melhor. Os estudos ainda estão no começo, mas ajudarão a responder se a economia gig é só fonte de instabilidade como se supõe. E o leitor? Sentiu-se desestabilizado pelo horizonte gig? Saiba que isso não é nada, perto dos dois convites que lhe faremos a seguir. [Risos.]

O primeiro convite é para que você crie um “moonshot” em sua empresa, algo equivalente ao que foi a missão à Lua para os EUA de John F. Kennedy – meta ambiciosa e de longo prazo, com força suficiente para mudar todo o negócio, detalhada por Anita McGahan, da Rotman School, do Canadá. Se for o único caminho a percorrer – talvez seja –, é melhor começar logo.

O segundo convite é para que você busque a alta performance como nunca fez antes – tanto do ponto de vista da estratégia e execução na nova economia (diferente da velha), como em termos de liderar pessoas. Este está em dois ótimos artigos da edição, um de autoria de Renato Mendes e Roni Cunha Bueno, e outro de Eduardo Ferraz, com inspiração de Pedro Mandelli.

Se projetar as mudanças que estão por vir na economia gig, você perceberá quão tentadores são os dois convites. E, se achar que isso faz sentido, mas não para sua empresa em particular, a entrevista com o CEO de uma companhia familiar, a Estée Lauder, vai lhe provar o contrário.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Transformando complexidade em terreno navegável com o framework AIMS

Em tempos de alta complexidade, líderes precisam de mais do que planos lineares – precisam de mapas adaptativos. Conheça o framework AIMS, ferramenta prática para navegar ambientes incertos e promover mudanças sustentáveis sem sufocar a emergência dos sistemas humanos.

O que move as mulheres da Geração Z a empreender?

A Geração Z está redefinindo o que significa trabalhar e empreender. Por isso é importante refletir sobre como propósito, impacto social e autonomia estão moldando novas trajetórias profissionais – e por que entender esse movimento é essencial para quem quer acompanhar o futuro do trabalho.

O fim dos chatbots? O próximo passo no futuro conversacional 

O futuro chegou – e está sendo conversado. Como a conversa, uma das tecnologias mais antigas da humanidade, está se reinventando como interface inteligente, inclusiva e estratégica. Enquanto algumas marcas ainda decidem se vão aderir, os consumidores já estão falando. Literalmente.

Como o fetiche geracional domina a agenda dos relatórios de tendência

Relatórios de tendências ajudam, mas não explicam tudo. Por exemplo, quando o assunto é comportamento jovem, não dá pra confiar só em categorias genéricas – como “Geração Z”. Por isso, vale refletir sobre como o fetiche geracional pode distorcer decisões estratégicas – e por que entender contextos reais é o que realmente gera valor.

Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Estratégia, Inovação & estratégia, Tecnologia e inovação
22 de agosto de 2025
Em tempos de alta complexidade, líderes precisam de mais do que planos lineares - precisam de mapas adaptativos. Conheça o framework AIMS, ferramenta prática para navegar ambientes incertos e promover mudanças sustentáveis sem sufocar a emergência dos sistemas humanos.

Manoel Pimentel - Chief Scientific Officer na The Cynefin Co. Brazil

8 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Finanças, Marketing & growth
21 de agosto de 2025
Em tempos de tarifas, volta de impostos e tensão global, marcas que traduzem o cenário com clareza e reforçam sua presença local saem na frente na disputa pela confiança do consumidor.

Carolina Fernandes, CEO do hub Cubo Comunicação e host do podcast A Tecla SAP do Marketês

4 minutos min de leitura
Uncategorized, Empreendedorismo, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
20 de agosto de 2025
A Geração Z está redefinindo o que significa trabalhar e empreender. Por isso é importante refletir sobre como propósito, impacto social e autonomia estão moldando novas trajetórias profissionais - e por que entender esse movimento é essencial para quem quer acompanhar o futuro do trabalho.

Ana Fontes

4 minutos min de leitura
Inteligência artificial e gestão, Transformação Digital, Cultura organizacional, Inovação & estratégia
18 de agosto de 2025
O futuro chegou - e está sendo conversado. Como a conversa, uma das tecnologias mais antigas da humanidade, está se reinventando como interface inteligente, inclusiva e estratégica. Enquanto algumas marcas ainda decidem se vão aderir, os consumidores já estão falando. Literalmente.

Bruno Pedra, Gerente de estratégia de marca na Blip

3 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
15 de agosto de 2025
Relatórios de tendências ajudam, mas não explicam tudo. Por exemplo, quando o assunto é comportamento jovem, não dá pra confiar só em categorias genéricas - como “Geração Z”. Por isso, vale refletir sobre como o fetiche geracional pode distorcer decisões estratégicas - e por que entender contextos reais é o que realmente gera valor.

Carol Zatorre, sócia e CO-CEO da Kyvo. Antropóloga e coordenadora regional do Epic Latin America

4 minutos min de leitura
Liderança, Bem-estar & saúde, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
14 de agosto de 2025
Como a prática da meditação transformou minha forma de viver e liderar

Por José Augusto Moura, CEO da brsa

5 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
14 de agosto de 2025
Ainda estamos contratando pessoas com deficiência da mesma forma que há décadas - e isso precisa mudar. Inclusão começa no processo seletivo, e ignorar essa etapa é excluir talentos. Ações afirmativas e comunicação acessível podem transformar sua empresa em um espaço realmente inclusivo.

Por Carolina Ignarra, CEO da Talento Incluir e Larissa Alves, Coordenadora de Empregabilidade da Talento Incluir

5 minutos min de leitura
Saúde mental, Gestão de pessoas, Estratégia
13 de agosto de 2025
Lideranças que ainda tratam o tema como secundário estão perdendo talentos, produtividade e reputação.

Tatiana Pimenta, CEO da Vittude

2 minutos min de leitura
Gestão de Pessoas, Carreira, Desenvolvimento pessoal, Estratégia
12 de agosto de 2025
O novo desenho do trabalho para organizações que buscam sustentabilidade, agilidade e inclusão geracional

Cris Sabbag - Sócia, COO e Principal Research da Talento Sênior

5 minutos min de leitura
Liderança, Gestão de Pessoas, Lifelong learning
11 de agosto de 2025
Liderar hoje exige mais do que estratégia - exige repertório. É preciso parar e refletir sobre o novo papel das lideranças em um mundo diverso, veloz e hiperconectado. O que você tem feito para acompanhar essa transformação?

Bruno Padredi

3 minutos min de leitura