Uncategorized

A Red Bull e o trabalho de personal branding

Profissional da área Marketing com mais de 15 anos de experiência e atuação estratégica em renomadas empresas e marcas como Ericsson, RedBull, Sagatiba, Jacuzzi e Lojas Marisa.

Compartilhar:

Em 1997, Tom Peters, escritor e economista americano conhecido como guru da gestão, popularizou a conscientização de que **todo mundo é uma marca e ela é o nosso maior ativo.**

“To be in business today our most important job is to be head marketer for the brand called You “

_(Tom Peters)_

Apesar disso, trabalhar a marca no âmbito pessoal é recente. Por muito tempo essa atuação ficou concentrada apenas nos atletas, artistas, músicos, atores, cineastas, modelos e outras celebridades. No caso dos executivos, raríssimos empreendedores e CEO’s de grandes empresas de sucesso, por conta de ações de comunicação corporativa, obtiveram visibilidade, mas apenas na mídia tradicional.

Foi o fenômeno das redes sociais que deu voz às pessoas comuns, promovendo autenticidade, permitindo assim, falar e mostrar suas verdadeiras opiniões a respeito de tudo: assuntos diversos, produtos, serviços e causas. Finalmente, elas ganharam palco para se expressar, e automaticamente se tornaram _publishers_ e, de certa forma, veículos de comunicação ao mesmo tempo.

Vejo isso como uma grande disruptura na área de marketing e vendas por entender que ter uma estratégia de personal branding tornou-se um grande pilar para a geração e impulsionamento dos negócios.

O ápice do sucesso de uma marca é quando ela se torna uma lovemark – segundo o estudo da Saatchi & Saatchi e QiQ International sobre a Teoria Lovemarks, **a intenção de compra de uma lovemark pode chegar em até sete vezes mais comparado a outras.** Um dos principais fatores para a conquista desse status é a capacidade de conseguir projetar algo com o qual o seu público deseja se associar.

Assim também acontece com o profissional bem-sucedido, reconhecido como autoridade e influenciador. Ao dar visibilidade à sua reputação, ele pode inspirar e motivar um número crescente de seguidores, que passa a frequentar seus eventos; como palestras, lançamento de livros e biografias, apresentações nos TED’s, participar de webinários, entre tantas outras atividades.

Essa analogia mostra que o trabalho de marca pessoal tem a mesma base de uma marca corporativa. **Autenticidade é veracidade.** Este é o princípio da confiança para qualquer negócio. A marca de energético Red Bull, por exemplo, sempre se promoveu lançando novos atletas e formadores de opinião da cena cultural, apoiando e dando palco para as verdades desses grupos ou “tribos”.

Esse palco se configura nos eventos próprios, patrocínios, competições e apresentações dessas pessoas que genuinamente têm a mesma essência e o estilo de vida que a marca prega; e por isso elas representam a voz da Red Bull (seu conteúdo) gerando o engajamento e a viralização necessária.

Em relação à marca pessoal, a projeção da reputação profissional vai movimentar as atividades de _networking_. O LinkedIn vem se mostrando a plataforma mais indicada para as atividades do social _networking._ É considerado a maior e melhor rede profissional com mais de 630 milhões de perfis, sendo o Brasil o 4º país no ranking mundial com mais de 39 milhões.

Para atingir os seus objetivos profissionais, através do personal branding, é preciso trabalhar alguns pontos fundamentais: 

* Ter clareza da sua marca, qual a sua proposta de valor;

* Traçar uma estratégia para a rede – o que você quer dela, com quem e como agregar valor;

* Posicionar a sua marca pessoal na sua página de perfil sem se esquecer de alinhar o conteúdo com o algoritmo;

* Ajustar a sua rede de conexões conforme a sua estratégia;

* Interagir de forma relevante para criar autoridade na sua área de atuação (posts, artigos, participações em conteúdo de outros profissionais etc.).

É sobre gerar valor em redes sociais e isso acontece quando você conta o que faz, por que faz e como faz. Além disso, como vê as tendências do seu mercado, o que tem lido e quais as suas opiniões. Só assim será possível desenvolver relacionamento com as pessoas chave, e atraí-las para conversas presenciais onde os objetivos são atingidos.

Ao optar em seguir a minha trajetória posicionando pessoas, ao invés de produtos e serviços, ajudando-as a trabalhar o personal branding, acredito que estou contribuindo para a geração de negócios mais sustentáveis.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Como o fetiche geracional domina a agenda dos relatórios de tendência

Relatórios de tendências ajudam, mas não explicam tudo. Por exemplo, quando o assunto é comportamento jovem, não dá pra confiar só em categorias genéricas – como “Geração Z”. Por isso, vale refletir sobre como o fetiche geracional pode distorcer decisões estratégicas – e por que entender contextos reais é o que realmente gera valor.

Processo seletivo é a porta de entrada da inclusão

Ainda estamos contratando pessoas com deficiência da mesma forma que há décadas – e isso precisa mudar. Inclusão começa no processo seletivo, e ignorar essa etapa é excluir talentos. Ações afirmativas e comunicação acessível podem transformar sua empresa em um espaço realmente inclusivo.

Você tem repertório para liderar?

Liderar hoje exige mais do que estratégia – exige repertório. É preciso parar e refletir sobre o novo papel das lideranças em um mundo diverso, veloz e hiperconectado. O que você tem feito para acompanhar essa transformação?

Carreira, Aprendizado, Desenvolvimento pessoal, Lifelong learning, Pessoas, Sociedade
27 de julho de 2025
"Tudo parecia perfeito… até que deixou de ser."

Lilian Cruz

5 minutos min de leitura
Inteligência Artificial, Gestão de pessoas, Tecnologia e inovação
28 de julho de 2025
A ascensão dos conselheiros de IA levanta uma pergunta incômoda: quem de fato está tomando as decisões?

Marcelo Murilo

8 minutos min de leitura
Liderança, Cultura organizacional, Liderança
25 de julho de 2025
Está na hora de entender como o papel de CEO deixou de ser sinônimo de comando isolado para se tornar o epicentro de uma liderança adaptativa, colaborativa e guiada por propósito. A era do “chefão” dá lugar ao maestro estratégico que rege talentos diversos em um cenário de mudanças constantes.

Bruno Padredi

2 minutos min de leitura
Desenvolvimento pessoal, Carreira, Carreira, Desenvolvimento pessoal
23 de julho de 2025
Liderar hoje exige muito mais do que seguir um currículo pré-formatado. O que faz sentido para um executivo pode não ressoar em nada para outro. A forma como aprendemos precisa acompanhar a velocidade das mudanças, os contextos individuais e a maturidade de cada trajetória profissional. Chegou a hora de parar de esperar por soluções genéricas - e começar a desenhar, com propósito, o que realmente nos prepara para liderar.

Rubens Pimentel

4 minutos min de leitura
Pessoas, Cultura organizacional, Gestão de pessoas, Liderança, times e cultura, Liderança, Gestão de Pessoas
23 de julho de 2025
Entre idades, estilos e velocidades, o que parece distância pode virar aprendizado. Quando escuta substitui julgamento e curiosidade toma o lugar da resistência, as gerações não competem - colaboram. É nessa troca sincera que nasce o que importa: respeito, inovação e crescimento mútuo.

Ricardo Pessoa

5 minutos min de leitura
Liderança, Marketing e vendas
22 de julho de 2025
Em um mercado saturado de soluções, o que diferencia é a história que você conta - e vive. Quando marcas e líderes investem em narrativas genuínas, construídas com propósito e coerência, não só geram valor: criam conexões reais. E nesse jogo, reputação vale mais que visibilidade.

Anna Luísa Beserra

5 minutos min de leitura
Tecnologia e inovação
15 de julho 2025
Em tempos de aceleração digital e inteligência artificial, este artigo propõe a literacia histórica como chave estratégica para líderes e organizações: compreender o passado torna-se essencial para interpretar o presente e construir futuros com profundidade, propósito e memória.

Anna Flávia Ribeiro

17 min de leitura
Inovação
15 de julho de 2025
Olhar para um MBA como perda de tempo é um ponto cego que tem gerado bastante eco ultimamente. Precisamos entender que, num mundo complexo, cada estudo constrói nossas perspectivas para os desafios cotidianos.

Frederike Mette e Paulo Robilloti

6 min de leitura
User Experience, UX
Na era da indústria 5.0, priorizar as necessidades das pessoas aos objetivos do negócio ganha ainda mais relevância

GEP Worldwide - Manoella Oliveira

9 min de leitura
Tecnologia e inovação, Empreendedorismo
Esse fio tem a ver com a combinação de ciências e humanidades, que aumenta nossa capacidade de compreender o mundo e de resolver os grandes desafios que ele nos impõe

CESAR - Eduardo Peixoto

6 min de leitura