Sustentabilidade

Destino: realidade aumentada

Especialista diz que a nova onda de inovação do setor de mapeamento e navegação digital inclui essa tecnologia

Compartilhar:

Não há quem conteste a ideia de que a forma como as pessoas se deslocam mudou para sempre com o surgimento da navegação digital, disponível para qualquer um que tenha um smartphone. Porém, na opinião de Bill Kilday, autor do recém-lançado Never lost again: The Google mapping revolution that sparked new industries and augmented our reality, o que existe atualmente é apenas a ponta do iceberg no que se refere a essa tecnologia.

“Há uma segunda onda de inovação na área de mapeamento e navegação digital com a realidade aumentada”, afirma Kilday em entrevista ao podcast da Knowledge@Wharton. Para ele, o Pokemon GO é um norte para todo o setor, por se tratar do primeiro caso de sucesso. Mas Kilday vai adiante: “Imagine visualizar todo itinerário de um ônibus apenas apontando o celular para ele, ou obter informações sobre a disponibilidade de quartos e as tarifas de um hotel para o qual se está olhando”, comenta. 

Kilday fala com propriedade. Ele era o diretor de marketing da Keyhole, empresa comprada pelo Google em um movimento que deu origem a Google Maps e Google Earth. Atualmente, ocupa a vice-presidência de marketing da Niantic, nascida do Google. Essa desenvolvedora de software cria games de realidade aumentada utilizando a tecnologia de mapeamento – entre eles o Pokemon GO e um jogo baseado na história de Harry Potter que está para ser lançado. 

Kilday destaca as muitas oportunidades de negócios relacionadas à navegação digital e à realidade aumentada. As indústrias automobilísticas que vêm desenvolvendo carros autônomos, por exemplo, estão estimulando as inovações nesse área, a fim de tornar a visão tradicionalmente estática do mundo algo mais realista e dinâmico. 

Também há muito a ser feito no setor imobiliário, como o uso de satélites e imagens aéreas, ainda mais quando se avança para um mundo com realidade aumentada. “As pessoas poderão apontar o telefone celular para uma casa e consultar todos os dados disponíveis sobre ela, seu tamanho, se está à venda e assim por diante”, explica. 

No segmento do turismo, acrescenta Kilday, vai ser interessante observar nos próximos anos a riqueza de possibilidades que devem surgir da união de tecnologias de mapeamento e realidade aumentada. “Já há empresas trabalhando nisso”, garante, mencionando como exemplo a Foursquare, que vem investindo em oferecer experiências de realidade aumentada associadas a serviços de informações sobre as localidades que já disponibiliza aos usuários.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Até quando o benchmark é bom?

Inspirar ou limitar? O benchmark pode ser útil – até o momento em que te afasta da sua singularidade. Descubra quando olhar para fora deixa de fazer sentido.

“Womenomics”, a economia movida a equidade de gênero

Imersão de mais de 10 horas em São Paulo oferece conteúdo de alto nível, mentorias com especialistas, oportunidades de networking qualificado e ferramentas práticas para aplicação imediata para mulheres, acelerando oportunidades para um novo paradigma econômico

Empreendedorismo
Liderar na era digital: como a ousadia, a IA e a visão além do status quo estão redefinindo o sucesso empresarial

Bruno Padredi

5 min de leitura
Liderança
Conheça os 4 pilares de uma gestão eficaz propostos pelo Vice-Presidente da BossaBox

João Zanocelo

6 min de leitura
Inovação
Eventos não morreram, mas 78% dos participantes já rejeitam formatos ultrapassados. O OASIS Connection chega como antídoto: um laboratório vivo onde IA, wellness e conexões reais recriam o futuro dos negócios

Vanessa Chiarelli Schabbel

5 min de leitura
Marketing
Entenda por que 90% dos lançamentos fracassam quando ignoram a economia comportamental. O Nobel Daniel Kahneman revela como produtos são criados pela lógica, mas comprados pela emoção.

Priscila Alcântara

8 min de leitura
Liderança
Relatórios do ATD 2025 revelam: empresas skills-based se adaptam 40% mais rápido. O segredo? Trilhas de aprendizagem que falam a língua do negócio.

Caroline Verre

4 min de leitura
Liderança
Por em prática nunca é um trabalho fácil, mas sempre é um reaprendizado. Hora de expor isso e fazer o que realmente importa.

Caroline Verre

5 min de leitura
Inovação
Segundo a Gartner, ferramentas low-code e no-code já respondem por 70% das análises de dados corporativos. Entenda como elas estão democratizando a inteligência estratégica e por que sua empresa não pode ficar de fora dessa revolução.

Lucas Oller

6 min de leitura
ESG
No ATD 2025, Harvard revelou: 95% dos empregadores valorizam microcertificações. Mesmo assim, o reskilling que realmente transforma exige 3 princípios urgentes. Descubra como evitar o 'caos das credenciais' e construir trilhas que movem negócios e carreiras.

Poliana Abreu

6 min de leitura
Empreendedorismo
33 mil empresas japonesas ultrapassaram 100 anos com um segredo ignorado no Ocidente: compaixão gera mais longevidade que lucro máximo.

Poliana Abreu

6 min de leitura
Liderança
70% dos líderes não enxergam seus pontos cegos e as empresas pagam o preço. O antídoto? Autenticidade radical e 'Key People Impact' no lugar do controle tóxico

Poliana Abreu

7 min de leitura