Direto ao ponto

Modo de trabalho pessoal: cada um com seu cada qual

Não vai dar para agradar a todos, mas seis princípios ajudam a manter o equilíbrio nos novos acordos de trabalho personalizados, como mostra a Harvard Business Review

Compartilhar:

Quando se trata de acordos de trabalho flexíveis, é difícil satisfazer todo mundo. Alguém sempre torce o nariz. As seis abordagens propostas pela consultora Liz Kislik na Harvard Business Review podem ajudar a personalizar acordos, sem gerar exceções arbitrárias e confusas:

### 1. Entenda as necessidades de cada funcionário.
Antes de estruturar horários ou formatos de trabalho, faça a cada pessoa estas cinco perguntas: (a) Você acha que sua equipe trabalha bem em conjunto? (b) Você tem acesso aos tomadores de decisão de que precisa? (c) Você tem conseguido organizar colaborações multifuncionais? (d) Há ferramentas, informações e os outros tipos de suporte que te ajudariam a ter melhor desempenho? (e) Você se sente confortável com o trabalho atual?
Você não será capaz de satisfazer todas as preferências esboçadas nas respostas, mas tentará – e o fato de tentar aumentará a confiança geral.

### 2. Modere no estímulo ao autocuidado.
É ótimo encorajar as pessoas a cuidar de si mesmas, malhar, dormir e meditar ou receber massagens – até mesmo para fortalecer os limites delas entre o trabalho e o tempo pessoal. Mas, se você colocar muito foco na responsabilidade pessoal de cada um se sentir melhor e pouco nas reformas estruturais que definem tarefas, suporte e desenvolvimento mais realistas para cada um, parecerá que está jogando todos os problemas de trabalho nas costas de seus funcionários.

### 3. Garanta o alinhamento com a marca.
Se você sempre falou sobre a equipe “ser como uma família” – o que muitos líderes falam –, agora é a hora da verdade; você tem de materializar isso cuidando de todos os seus “parentes”, o que significa acomodar as necessidades individuais de ajustes de horários e até modificar as responsabilidades quando as pessoas estão sob alguma pressão.

### 4. Fale sobre as perdas.
Pergunte do que os funcionários mais sentiam falta ao estar longe de seus colegas e em quais motivos para estar juntos eles pensavam durante o período de trabalho remoto da pandemia. Concentre-se nesses motivos. Da mesma forma, identifique quais reuniões físicas que, canceladas, deixaram os funcionários aliviados – e até felizes.

### 5. Disponha-se a suspender suas regras e os precedentes pré-pandêmicos.
Quando um funcionário solicitar um acordo flexível, faça-se essa pergunta: eu teria permitido o acordo pré-pandemia se fosse por um período de transição, enquanto eles estavam lidando com uma crise de saúde pessoal ou familiar? A resposta talvez seja não, mas pode ser “sim” daqui para a frente. Teste a maneira como eles querem trabalhar, deixando claro que, se ocorrerem problemas no período de teste, ajustes serão necessários.

### 6. Não confunda presença física com lealdade.
Quer trabalhem no local ou remotamente, os funcionários que se sentirem apoiados em fazer o que é certo para suas próprias vidas tendem a se sentir ainda mais fortemente seu compromisso com seu empregador. Eles certamente não sofrerão de ambivalência, medo ou ressentimento, como talvez outros sintam – e é isso que tem impacto negativo sobre relações de trabalho e resultados.

Compartilhar:

Artigos relacionados

ESG, Empreendedorismo
29 de setembro de 2025
No Dia Internacional de Conscientização sobre Perdas e Desperdício de Alimentos, conheça negócios de impacto que estão transformando excedentes em soluções reais - gerando valor econômico, social e ambiental.

Priscila Socoloski CEO da Connecting Food e Lucas Infante, CEO da Food To Save

2 minutos min de leitura
Cultura organizacional
25 de setembro de 2025
Transformar uma organização exige mais do que mudar processos - é preciso decifrar os símbolos, narrativas e relações que sustentam sua cultura.

Manoel Pimentel

10 minutos min de leitura
Uncategorized
25 de setembro de 2025
Feedback não é um discurso final - é uma construção contínua que exige escuta, contexto e vínculo para gerar evolução real.

Jacqueline Resch e Vivian Cristina Rio Stella

4 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
24 de setembro de 2025
A IA na educação já é realidade - e seu verdadeiro valor surge quando é usada com intencionalidade para transformar práticas pedagógicas e ampliar o potencial de aprendizagem.

Rafael Ferreira Mello - Pesquisador Sênior no CESAR

5 minutos min de leitura
Inovação
23 de setembro de 2025
Em um mercado onde donos centralizam decisões de P&D sem métricas críveis e diretores ignoram o design como ferramenta estratégica, Leme revela o paradoxo que trava nosso potencial: executivos querem inovar, mas faltam-lhes os frameworks mínimos para transformar criatividade em riqueza. Sua fala é um alerta para quem acredita que prêmios de design são conquistas isoladas – na verdade, eles são sintomas de ecossistemas maduros de inovação, nos quais o Brasil ainda patina.

Rodrigo Magnago

5 min de leitura
Inovação & estratégia, Liderança
22 de setembro de 2025
Engajar grandes líderes começa pela experiência: não é sobre o que sua marca oferece, mas sobre como ela faz cada cliente se sentir - com propósito, valor e conexão real.

Bruno Padredi - CEP da B2B Match

3 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Liderança
19 de setembro de 2025
Descubra como uma gestão menos hierárquica e mais humanizada pode transformar a cultura organizacional.

Cristiano Zanetta - Empresário, palestrante TED e filantropo

0 min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial, Inovação & estratégia
19 de setembro de 2025
Sem engajamento real, a IA vira promessa não cumprida. A adoção eficaz começa quando as pessoas entendem, usam e confiam na tecnologia.

Leandro Mattos - Expert em neurociência da Singularity Brazil

3 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
17 de setembro de 2025
Ignorar o talento sênior não é só um erro cultural - é uma falha estratégica que pode custar caro em inovação, reputação e resultados.

João Roncati - Diretor da People + Strategy

3 minutos min de leitura
Inovação
16 de setembro de 2025
Enquanto concorrentes correm para lançar coleções sazonais inspiradas em tendências efêmeras, o Boticário demonstra que compreende um princípio fundamental: o verdadeiro valor do design não está na estética superficial, mas em sua capacidade de gerar impacto social e econômico simultaneamente. A linha Make B., vencedora do iF Design Award 2025, não é um produto de beleza – é um manifesto estratégico.

Magnago

4 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)