Uncategorized

No fio da navalha

O papel do líder se justifica como nunca em tempos de crise; ele é quem desenha o futuro, enfrentando os desafios que surgem. Três princípios podem ajudá-lo nessa missão
Guilherme Soárez, CEO da HSM

Compartilhar:

Em todas as rodas de conversa de que participo ultimamente, as palavras de ordem são crise de confiança, ambiente político, falta de esperança etc. Outro dia, um CEO me confidenciou que seu “repertório” havia acabado. Já não tinha mais ferramentas para enfrentar os desafios à frente. #QuemNunca?, como dizem nas redes sociais. Quem nunca se sentiu assim? Mas qual o papel dos líderes de organizações neste momento? A aclamada obra de Ronald A. Heifetz, Liderança no Fio da Navalha, não poderia ser mais relevante para encontrarmos essa resposta. Em seu livro, Heifetz argumenta que a liderança é perigosa, mas justifica seus custos porque as organizações precisam de pessoas dispostas a assumir os desafios que se apresentam. Na prática, o que nós, líderes, devemos fazer? Compartilho três lições aprendidas a duras penas que me têm ajudado a enfrentar meus desafios:

1  Seja forte 

para tomar as decisões de curto prazo e forte para comunicar o propósito que une a organização. Períodos de retração econômica demandam decisões duras de curto prazo; não hesite em tomá-las (respeitando valores e comunicando motivos). Com ênfase, reforce o porquê de enfrentarmos esse período de sacrifícios pessoais, trabalho extra e perda de colegas queridos. Só assim os que permanecerem terão forças para superar a retração rumo ao futuro. 

2  Atraia talentos. 

Busque talentos de maneira contínua, mesmo quando você está reduzindo os quadros. Períodos de retração são oportunidades de atrair talentos que normalmente estariam em “empregos dos sonhos”. Reforce seu time nas linhas de negócios que farão o futuro da empresa. 

**3  – ANCORE-SE.**

Exercer a liderança como guerreiro solitário pode ser uma jornada suicida. Repasso o conselho que Scott Cook, fundador e ex-CEO da Intuit, deu em sua palestra durante a graduação da turma de MBA 2015 da Harvard Business School: “Tenha um coach!”. Como dificilmente sua equipe lhe dirá o que um líder precisa ouvir sobre sua performance, o coach é que lhe dará esse feedback, além de ajudá-lo a estruturar pensamentos, anseios e medos. Isso é fundamental para seu futuro e o da organização.

Não à toa falo do futuro nos três itens. Em minhas últimas férias, visitei um antigo convento de Portugal e uma frase na parede me chamou muito a atenção: “Não é o passado, mas o futuro que determina o presente”. Nós, líderes, seja qual for a posição que ocupamos, temos a responsabilidade de criar significado para o presente desenhando o futuro com cores vivas.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Como o fetiche geracional domina a agenda dos relatórios de tendência

Relatórios de tendências ajudam, mas não explicam tudo. Por exemplo, quando o assunto é comportamento jovem, não dá pra confiar só em categorias genéricas – como “Geração Z”. Por isso, vale refletir sobre como o fetiche geracional pode distorcer decisões estratégicas – e por que entender contextos reais é o que realmente gera valor.

Processo seletivo é a porta de entrada da inclusão

Ainda estamos contratando pessoas com deficiência da mesma forma que há décadas – e isso precisa mudar. Inclusão começa no processo seletivo, e ignorar essa etapa é excluir talentos. Ações afirmativas e comunicação acessível podem transformar sua empresa em um espaço realmente inclusivo.

Você tem repertório para liderar?

Liderar hoje exige mais do que estratégia – exige repertório. É preciso parar e refletir sobre o novo papel das lideranças em um mundo diverso, veloz e hiperconectado. O que você tem feito para acompanhar essa transformação?

Cultura organizacional, Estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
15 de agosto de 2025
Relatórios de tendências ajudam, mas não explicam tudo. Por exemplo, quando o assunto é comportamento jovem, não dá pra confiar só em categorias genéricas - como “Geração Z”. Por isso, vale refletir sobre como o fetiche geracional pode distorcer decisões estratégicas - e por que entender contextos reais é o que realmente gera valor.

Carol Zatorre, sócia e CO-CEO da Kyvo. Antropóloga e coordenadora regional do Epic Latin America

4 minutos min de leitura
Liderança, Bem-estar & saúde, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
14 de agosto de 2025
Como a prática da meditação transformou minha forma de viver e liderar

Por José Augusto Moura, CEO da brsa

5 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
14 de agosto de 2025
Ainda estamos contratando pessoas com deficiência da mesma forma que há décadas - e isso precisa mudar. Inclusão começa no processo seletivo, e ignorar essa etapa é excluir talentos. Ações afirmativas e comunicação acessível podem transformar sua empresa em um espaço realmente inclusivo.

Por Carolina Ignarra, CEO da Talento Incluir e Larissa Alves, Coordenadora de Empregabilidade da Talento Incluir

5 minutos min de leitura
Saúde mental, Gestão de pessoas, Estratégia
13 de agosto de 2025
Lideranças que ainda tratam o tema como secundário estão perdendo talentos, produtividade e reputação.

Tatiana Pimenta, CEO da Vittude

2 minutos min de leitura
Gestão de Pessoas, Carreira, Desenvolvimento pessoal, Estratégia
12 de agosto de 2025
O novo desenho do trabalho para organizações que buscam sustentabilidade, agilidade e inclusão geracional

Cris Sabbag - Sócia, COO e Principal Research da Talento Sênior

5 minutos min de leitura
Liderança, Gestão de Pessoas, Lifelong learning
11 de agosto de 2025
Liderar hoje exige mais do que estratégia - exige repertório. É preciso parar e refletir sobre o novo papel das lideranças em um mundo diverso, veloz e hiperconectado. O que você tem feito para acompanhar essa transformação?

Bruno Padredi

3 minutos min de leitura
Diversidade, Estratégia, Gestão de Pessoas
8 de agosto de 2025
Já parou pra pensar se a diversidade na sua empresa é prática ou só discurso? Ser uma empresa plural é mais do que levantar a bandeira da representatividade - é estratégia para inovar, crescer e transformar.

Natalia Ubilla

5 minutos min de leitura
ESG, Cultura organizacional, Inovação
6 de agosto de 2025
Inovar exige enxergar além do óbvio - e é aí que a diversidade se torna protagonista. A B&Partners.co transformou esse conceito em estratégia, conectando inclusão, cultura organizacional e metas globais e impactou 17 empresas da network!

Dilma Campos, Gisele Rosa e Gustavo Alonso Pereira

9 minutos min de leitura
Cultura organizacional, ESG, Gestão de pessoas, Liderança, Marketing
5 de agosto de 2025
No mundo corporativo, reputação se constrói com narrativas, mas se sustenta com integridade real - e é justamente aí que muitas empresas tropeçam. É o momento de encarar os dilemas éticos que atravessam culturas organizacionais, revelando os riscos de valores líquidos e o custo invisível da incoerência entre discurso e prática.

Cristiano Zanetta

6 minutos min de leitura
Inteligência artificial e gestão, Estratégia e Execução, Transformação Digital, Gestão de pessoas
29 de julho de 2025
Adotar IA deixou de ser uma aposta e se tornou urgência competitiva - mas transformar intenção em prática exige bem mais do que ambição.

Vitor Maciel

3 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a edição #168