Marketing e vendas, Estratégia e execução

Por que a área de PR deveria ser a próxima grande aposta dos CMOs

Construir a reputação da marca frente aos seus diversos stakeholders é parte essencial de uma estratégia de marketing, além de indispensável para a gestão da marca
Trocou as grandes corporações pelo mundo das startups e atualmente é CMO da unico, IDTech especializada em tecnologia para identidades digitais.

Compartilhar:

Já virou lugar comum afirmar que uma marca precisa ter relevância social para se destacar e conquistar uma fatia do escasso tempo do consumidor. Para atingir esse objetivo, times de marketing lançam mão das mais consolidadas estratégias de propaganda, somadas às mais inovadoras ativações digitais, mídia programática, ações com influenciadores, conteúdos ricos, campanhas no [metaverso](https://mitsloanreview.com.br/post/no-metaverso-governanca-e-tao-importante-quanto-inovacao).

Novidades surgem todos os dias. Mas há uma área extremamente importante e estratégica que ainda vejo como pouco explorada por grande parte do mercado e que deveria ser a próxima grande aposta dos CMOs, o PR. Foi por esse motivo que apostei em construir um time de marketing e PR integrados, independentes, mas parceiros, composto por profissionais sêniores e com muita experiência para elevar a marca unico para o próximo patamar.

A [reputação de uma marca](https://mitsloanreview.com.br/post/a-cultura-do-cancelamento-das-marcas) se constrói no dia a dia. Da mínima interação com o cliente, passando pelos debates relevantes nas redes sociais, temas cobertos pela imprensa, posicionamento de formadores de opinião, pesquisadores, estudantes, estudiosos, curiosos, pelas conversas que surgem no WhatsApp no grupo da família. E o time de PR é como uma antena que capta tudo o que acontece no ambiente externo, conecta com todas as ações, projetos, propósitos e impactos desenvolvidos dentro das empresas e posiciona a marca de maneira relevante em todas essas discussões. Uma marca é um agente social e o papel que ela vai desempenhar depende da estratégia de posicionamento e também de muito relacionamento.

A lógica da comunicação mudou muito nos últimos anos e uma via de mão dupla se estabeleceu entre cada veículo, empresa, marca e seu público. Mais do que a lógica de anúncios publicitários, está hoje em voga a lógica do diálogo, da conversa genuína com a sociedade, da experiência única em todos os pontos de contato. Nesse cenário, a consistência é chave. Alinhamento de mensagens e recorrência são essenciais para construção da reputação. Escutar os [temas relevantes para a sociedade](https://www.revistahsm.com.br/post/expo-dubai-2020-como-usar-uma-plataforma-para-o-mundo) e ajudar a estimular os debates importantes entre os principais stakeholders para que eles promovam as discussões que impulsionam a marca é uma forma imensurável de se fixar na cabeça das pessoas.

Sou participante assídua de eventos nacionais e internacionais e tenho visto esse insight cada vez mais verdadeiro entre colegas de outras empresas. Mas na prática, ainda vejo pouca interação entre as duas áreas do dia a dia. E não é surpreendente que, de todos os lugares por onde passei, tenha sido em uma [startup de tecnologia](https://www.revistahsm.com.br/post/a-vida-real-de-trabalhar-em-startups) que consegui pivotar e transformar a estratégia que integra essas duas áreas tão relevantes sob a minha liderança. Estamos construindo aqui um departamento único, integrado, independente e robusto que será essencial para o futuro dos negócios.

Olhe com carinho para seu PR. Ele já está alinhado com o foco da empresa, participa dos processos de construção dos projetos, tem voz estratégica, senioridade e budget? Então você está em um bom caminho para a construção de uma marca forte e relevante.

Veja também: [webinar Papo de negócio: Estratégias de marketing para contas-chave](https://www.youtube.com/watch?v=7REkxW52Uz0)

Compartilhar:

Artigos relacionados

Até quando o benchmark é bom?

Inspirar ou limitar? O benchmark pode ser útil – até o momento em que te afasta da sua singularidade. Descubra quando olhar para fora deixa de fazer sentido.

“Womenomics”, a economia movida a equidade de gênero

Imersão de mais de 10 horas em São Paulo oferece conteúdo de alto nível, mentorias com especialistas, oportunidades de networking qualificado e ferramentas práticas para aplicação imediata para mulheres, acelerando oportunidades para um novo paradigma econômico

Tecnologias exponenciais
A inteligência artificial está reconfigurando decisões empresariais e estruturas de poder. Sem governança estratégica, essa tecnologia pode colidir com os compromissos ambientais, sociais e éticos das organizações. Liderar com consciência é a nova fronteira da sustentabilidade corporativa.

Marcelo Murilo

7 min de leitura
ESG
Projeto de mentoria de inclusão tem colaborado com o desenvolvimento da carreira de pessoas com deficiência na Eurofarma

Carolina Ignarra

6 min de leitura
Saúde mental, Gestão de pessoas
Como as empresas podem usar inteligência artificial e dados para se enquadrar na NR-1, aproveitando o adiamento das punições para 2026
0 min de leitura
ESG
Construímos um universo de possibilidades. Mas a pergunta é: a vida humana está realmente melhor hoje do que 30 anos atrás? Enquanto brasileiros — e guardiões de um dos maiores biomas preservados do planeta — somos chamados a desafiar as retóricas de crescimento e consumo atuais. Se bem endereçados, tais desafios podem nos representar uma vantagem competitiva e um fôlego para o planeta

Filippe Moura

6 min de leitura
Carreira, Diversidade
Ninguém fala disso, mas muitos profissionais mais velhos estão discriminando a si mesmos com a tecnofobia. Eles precisam compreender que a revolução digital não é exclusividade dos jovens

Ricardo Pessoa

4 min de leitura
ESG
Entenda viagens de incentivo só funcionam quando deixam de ser prêmios e viram experiências únicas

Gian Farinelli

6 min de leitura
Liderança
Transições de liderança tem muito mais relação com a cultura e cultura organizacional do que apenas a referência da pessoa naquela função. Como estão estas questões na sua empresa?

Roberto Nascimento

6 min de leitura
Inovação
Estamos entrando na era da Inteligência Viva: sistemas que aprendem, evoluem e tomam decisões como um organismo autônomo. Eles já estão reescrevendo as regras da logística, da medicina e até da criatividade. A pergunta que nenhuma empresa pode ignorar: como liderar equipes quando metade delas não é feita de pessoas?

Átila Persici

6 min de leitura
Gestão de Pessoas
Mais da metade dos jovens trabalhadores já não acredita no valor de um diploma universitário — e esse é só o começo da revolução que está transformando o mercado de trabalho. Com uma relação pragmática com o emprego, a Geração Z encara o trabalho como negócio, não como projeto de vida, desafiando estruturas hierárquicas e modelos de carreira tradicionais. A pergunta que fica: as empresas estão prontas para se adaptar, ou insistirão em um sistema que não conversa mais com a principal força de trabalho do futuro?

Rubens Pimentel

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
US$ 4,4 trilhões anuais. Esse é o prêmio para empresas que souberem integrar agentes de IA autônomos até 2030 (McKinsey). Mas o verdadeiro desafio não é a tecnologia – é reconstruir processos, culturas e lideranças para uma era onde máquinas tomam decisões.

Vitor Maciel

6 min de leitura