Comunidades: Marketing Makers, Saúde mental

Que tal ser mais vulnerável?

Quando temos coragem de assumir quem somos, com nossas luzes e sombras, abrimos espaço para que o outro também o faça, possibilitando, assim, a construção de relações mais genuínas e de confiança
Trocou as grandes corporações pelo mundo das startups e atualmente é CMO da unico, IDTech especializada em tecnologia para identidades digitais.

Compartilhar:

“A maior barreira à coragem não é o medo e, sim, a perfeição – uma armadura que vestimos para não encarar nossas vulnerabilidades.” Esta frase é da Brené Brown, psicóloga americana que vem nos ensinando o poder da vulnerabilidade em nossas relações, incluindo o trabalho.

Posso dizer que [encarar minhas vulnerabilidades](https://www.revistahsm.com.br/post/como-gerenciar-suas-fraquezas) ao longo da carreira, muitas vezes, não foi fácil. Talvez por ser primogênita, minha exigência por ter boas notas e ser competitiva sempre foram traços fortes da minha personalidade.

Mas, como dizem os mais velhos, a vida ensina e, com o tempo, fui entendendo como ser transparente e vulnerável melhora nossas relações, incluindo aquelas de trabalho.

Isso ficou ainda mais evidente recentemente, quando publiquei um texto sobre todas as [mudanças de rota que minha carreira tomou](https://www.revistahsm.com.br/post/a-felicidade-nao-e-corporativa-e-do-individuo-mas). Contei no LinkedIn como a falência do meu pai me levou a batalhar por uma vaga de engenharia numa faculdade pública, minha mudança de carreira para o marketing até a nova guinada, depois de 20 anos, com minha escolha por vir para unico, deixando o conforto das grandes corporações. Meu post teve mais de 200 mil visualizações – um número infinitamente maior do que normalmente recebo em meus posts.

Mais do que a própria viralização, o que me chamou atenção foi a quantidade de pessoas que me escreveu, nos comentários ou em mensagens diretas, dividindo suas histórias, comentando seus fracassos, compartindo suas angústias.

E posso dizer que isso inclui muitas pessoas que nem conheço pessoalmente, que por alguma afinidade me seguem ou que, pelo tema, foram impactadas pela postagem. [Uma conexão profunda e genuína](https://www.revistahsm.com.br/post/reconhecimento-como-motor-do-engajamento-nas-empresas).

## Acolhendo sua vulnerabilidade
Mas, se afinal ser vulnerável é tão poderoso na conexão com pessoas, por que não exercemos isso mais vezes no nosso dia a dia do trabalho? Como fazer para que não precisemos trabalhar em armaduras, como se fossemos para uma guerra?

Compartilho com você, leitora ou leitor, três passos que contribuíram e continuam a contribuir para o meu exercício de vulnerabilidade:

– Conhecer a si mesmo e entender [quais são as suas vulnerabilidades](https://www.revistahsm.com.br/post/precisamos-falar-sobre-luto-nas-organizacoes) é o primeiro passo. Muitas vezes aprendi isso na marra, com os erros e fracassos, mas foi em processos de coaching e treinamentos que eu me conheci. Isso nos torna mais autoconfiantes e é muito mais fácil tirar a armadura.

– Estar em um ambiente que está aberto à experimentação, ao erro e ao diálogo também ajuda porque seguramente será um lugar de coragem e inovação. Eu tenho vivido isso desde que vim trabalhar na unico. Temos pressa, dobramos de tamanho a cada ano e também acreditamos que as soluções para os problemas que queremos resolver ainda não forma criadas, por isso precisamos testar, aprender e errar. [Se há erro, não há perfeição](https://www.revistahsm.com.br/post/da-para-vencer-o-perfeccionismo).

– Para que alguém baixe seu escudo, a pessoa precisa ver que você também está de peito aberto. Criar um [ambiente de confiança significa ser transparente](https://www.revistahsm.com.br/post/ceos-respondem-as-nossas-expectativas), direto e, ao mesmo tempo, respeitar a individualidade de cada um. É um trabalho diário, principalmente se você for o chefe.

Não é fácil, mas vale muito a pena. Que tal ser mais vulnerável?

Compartilhar:

Artigos relacionados

Homo confusus no trabalho: Liderança, negociação e comunicação em tempos de incerteza

Em um mundo sem mapas claros, o profissional do século 21 não precisa ter todas as respostas – mas sim coragem para sustentar as perguntas certas.
Neste artigo, exploramos o surgimento do homo confusus, o novo ser humano do trabalho, e como habilidades como liderança, negociação e comunicação intercultural se tornam condições de sobrevivência em tempos de ambiguidade, sobrecarga informacional e transformações profundas nas relações profissionais.

Inteligência Artificial, Gestão de pessoas, Tecnologia e inovação
28 de julho de 2025
A ascensão dos conselheiros de IA levanta uma pergunta incômoda: quem de fato está tomando as decisões?

Marcelo Murilo

8 minutos min de leitura
Liderança, Cultura organizacional, Liderança
25 de julho de 2025
Está na hora de entender como o papel de CEO deixou de ser sinônimo de comando isolado para se tornar o epicentro de uma liderança adaptativa, colaborativa e guiada por propósito. A era do “chefão” dá lugar ao maestro estratégico que rege talentos diversos em um cenário de mudanças constantes.

Bruno Padredi

2 minutos min de leitura
Desenvolvimento pessoal, Carreira, Carreira, Desenvolvimento pessoal
23 de julho de 2025
Liderar hoje exige muito mais do que seguir um currículo pré-formatado. O que faz sentido para um executivo pode não ressoar em nada para outro. A forma como aprendemos precisa acompanhar a velocidade das mudanças, os contextos individuais e a maturidade de cada trajetória profissional. Chegou a hora de parar de esperar por soluções genéricas - e começar a desenhar, com propósito, o que realmente nos prepara para liderar.

Rubens Pimentel

4 minutos min de leitura
Pessoas, Cultura organizacional, Gestão de pessoas, Liderança, times e cultura, Liderança, Gestão de Pessoas
23 de julho de 2025
Entre idades, estilos e velocidades, o que parece distância pode virar aprendizado. Quando escuta substitui julgamento e curiosidade toma o lugar da resistência, as gerações não competem - colaboram. É nessa troca sincera que nasce o que importa: respeito, inovação e crescimento mútuo.

Ricardo Pessoa

5 minutos min de leitura
Liderança, Marketing e vendas
22 de julho de 2025
Em um mercado saturado de soluções, o que diferencia é a história que você conta - e vive. Quando marcas e líderes investem em narrativas genuínas, construídas com propósito e coerência, não só geram valor: criam conexões reais. E nesse jogo, reputação vale mais que visibilidade.

Anna Luísa Beserra

5 minutos min de leitura
Tecnologia e inovação
15 de julho 2025
Em tempos de aceleração digital e inteligência artificial, este artigo propõe a literacia histórica como chave estratégica para líderes e organizações: compreender o passado torna-se essencial para interpretar o presente e construir futuros com profundidade, propósito e memória.

Anna Flávia Ribeiro

17 min de leitura
Inovação
15 de julho de 2025
Olhar para um MBA como perda de tempo é um ponto cego que tem gerado bastante eco ultimamente. Precisamos entender que, num mundo complexo, cada estudo constrói nossas perspectivas para os desafios cotidianos.

Frederike Mette e Paulo Robilloti

6 min de leitura
User Experience, UX
Na era da indústria 5.0, priorizar as necessidades das pessoas aos objetivos do negócio ganha ainda mais relevância

GEP Worldwide - Manoella Oliveira

9 min de leitura
Tecnologia e inovação, Empreendedorismo
Esse fio tem a ver com a combinação de ciências e humanidades, que aumenta nossa capacidade de compreender o mundo e de resolver os grandes desafios que ele nos impõe

CESAR - Eduardo Peixoto

6 min de leitura
Inovação
Cinco etapas, passo a passo, ajudam você a conseguir o capital para levar seu sonho adiante

Eline Casasola

4 min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)