Liderança

Use a técnica dos 4 Rs e pratique a liderança acolhedora

Um bom líder deve estrategicamente ouvir com atenção o que os colaboradores têm a dizer para identificar inseguranças e alinhar expectativas, além de fornecer dados para superar momentos de crise e evitar quedas no engajamento
Renato Navas é cofundador e head de People Success da Pulses. Psicólogo, com pós-graduação em Administração de Empresa pela SOCIESC/FGV e Dinâmica dos Grupos (SBDG). Atua como professor de Pós-graduação e MBA em Gestão estratégica de Pessoas (UNIVALI).

Compartilhar:

O ano de 2023 começou com muitas agitações na economia, dentre elas podemos destacar os layoffs das big techs. As grandes demissões agitam o mercado e promovem uma sensação de insegurança entre os profissionais que permanecem nas empresas. Diante do cenário de incertezas político-econômicas, é papel da liderança acolher as pessoas e promover um ambiente seguro e propício ao desenvolvimento humano.

A escuta contínua é uma das estratégias para identificar as inseguranças e expectativas dos profissionais, bem como fornecer dados para evitar quedas no engajamento e superar esses momentos de crise. As lideranças têm um papel importante para trazer o profissional de volta ao equilíbrio e centro de sua trajetória na empresa. Neste sentido, é possível aplicar a técnica dos quatro “R” para acolher e dar segurança: reviver, recarregar, relembrar e reconhecer.

No primeiro R, de reviver, é importante acessar a memória das equipes e perguntar o porquê de terem aceitado o trabalho na empresa. Relembrar os motivos que os levaram a escolher essa jornada contribui para promover o engajamento e também para fortalecer o vínculo, a sensação de pertencimento.

No segundo R, de recarregar, é momento de liberar a criatividade. Momentos de relaxamento contribuem para recarregar as energias, melhoram o ambiente e o clima das equipes, tendo reflexos positivos na produtividade e engajamento.

O terceiro R, de relembrar, é o momento de trazer de volta à memória das pessoas os benefícios e o suporte que o trabalho lhe proporciona. É o momento em que as lideranças devem mostrar aos times que eles têm muito mais do que o contracheque, que estão em um ambiente de oportunidade de desenvolvimento. Nesse sentido, o envolvimento dos gestores é fundamental para promover o relacionamento entre os colegas de trabalho, bem como o desenvolvimento individual de cada profissional.

No quarto R, de reconhecer, a cultura da escuta contínua e do feedback é valiosa para o engajamento e permanência de talentos. Uma pesquisa realizada pela Pulses by Gupy apurou que profissionais que não se sentem reconhecidos e valorizados apresentam cinco vezes mais risco de pedir demissão.

Em todos os “R” do acolhimento há um fator em comum: o diálogo. Criar espaços seguros para ouvir e também dar feedback contribui para gerenciar a apreensão em momentos de crise, bem como fortalecer o vínculo com o trabalho e seus pares, contribuindo para a permanência dos talentos, evitando saídas voluntárias.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Quando o corpo pede pausa e o negócio pede pressa

Entre liderança e gestação, uma lição essencial: não existe performance sustentável sem energia. Pausar não é fraqueza, é gestão – e admitir limites pode ser o gesto mais poderoso para cuidar de pessoas e negócios.

Cultura organizacional, Inovação & estratégia
12 de dezembro de 2025
Inclusão não é pauta social, é estratégia: entender a neurodiversidade como valor competitivo transforma culturas, impulsiona inovação e constrói empresas mais humanas e sustentáveis.

Marcelo Vitoriano - CEO da Specialisterne Brasil

4 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
11 de dezembro de 2025
Do status à essência: o luxo silencioso redefine valor, trocando ostentação por experiências que unem sofisticação, calma e significado - uma nova inteligência para marcas em tempos pós-excesso.

Daniel Skowronsky - Cofundador e CEO da NIRIN Branding Company

3 minutos min de leitura
Estratégia
10 de dezembro de 2025
Da Coreia à Inglaterra, da China ao Brasil. Como políticas públicas de design moldam competitividade, inovação e identidade econômica.

Rodrigo Magnago - CEO da RMagnago

17 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
9 de dezembro de 2025
Entre liderança e gestação, uma lição essencial: não existe performance sustentável sem energia. Pausar não é fraqueza, é gestão - e admitir limites pode ser o gesto mais poderoso para cuidar de pessoas e negócios.

Tatiana Pimenta - Fundadora e CEO da Vittude,

3 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
8 de dezembro de 2025
Com custos de saúde corporativa em alta, a telemedicina surge como solução estratégica: reduz sinistralidade, amplia acesso e fortalece o bem-estar, transformando a gestão de benefícios em vantagem competitiva.

Loraine Burgard - Cofundadora da h.ai

3 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde, Liderança
5 de dezembro de 2025
Em um mundo exausto, emoção deixa de ser fragilidade e se torna vantagem competitiva: até 2027, lideranças que integram sensibilidade, análise e coragem serão as que sustentam confiança, inovação e resultados.

Lisia Prado - Consultora e sócia da House of Feelings

5 minutos min de leitura
Finanças
4 de dezembro de 2025

Antonio de Pádua Parente Filho - Diretor Jurídico, Compliance, Risco e Operações no Braza Bank S.A.

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
3 de dezembro de 2025
A creators economy deixou de ser tendência para se tornar estratégia: autenticidade, constância e inovação são os pilares que conectam marcas, líderes e comunidades em um mercado digital cada vez mais colaborativo.

Gabriel Andrade - Aluno da Anhembi Morumbi e integrante do LAB Jornalismo e Fernanda Iarossi - Professora da Universidade Anhembi Morumbi e Mestre em Comunicação Midiática pela Unesp

3 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
2 de dezembro de 2025
Modelos generativos são eficazes apenas quando aplicados a demandas claramente estruturadas.

Diego Nogare - Executive Consultant in AI & ML

4 minutos min de leitura
Estratégia
1º de dezembro de 2025
Em ambientes complexos, planos lineares não bastam. O Estuarine Mapping propõe uma abordagem adaptativa para avaliar a viabilidade de mudanças, substituindo o “wishful thinking” por estratégias ancoradas em energia, tempo e contexto.

Manoel Pimentel - Chief Scientific Officer na The Cynefin Co. Brazil

10 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança