Uncategorized

15 xícaras de café e a produtividade

Guilherme Soárez, CEO da HSM

Compartilhar:

Em maio de 2015, um artigo do jornal The New York Times teve repercussão impressionante. Nele, o professor Aaron Carroll, da escola de medicina da Indiana University, encorajava as pessoas a aumentar seu consumo de café de três para cinco copos diários, pelos benefícios da bebida à saúde humana – contra câncer, contra mal de Alzheimer, contra problemas cardíacos. (Nos EUA, o café vem em copo, porém, como é bem mais fraco, a recomendação seria de cinco xícaras também para nós.) A real explicação para o sucesso do texto? Carroll foi uma autoridade que endossou um hábito cultivado desde o século 19: tomar café para aumentar a produtividade no trabalho. 

Segundo especialistas diversos, o café deixa as pessoas em maior estado de prontidão, mais criativas e mais aptas a aprender rapidamente – portanto, mais produtivas. No universo da gestão de negócios, a pergunta que nos fazemos é se existem soluções tão poderosas como o café para aumentar a produtividade de organizações inteiras e ainda torná-las mais saudáveis. 

Um dos grandes nomes dessa área, Bob Fifer, autor do best-seller Dobre Seus Lucros, entrevistado com exclusividade por nós nesta revista, garante que sim. E, em nosso Dossiê sobre produtividade, especialistas das maiores consultorias mundiais e de escolas de negócios como o Insper concordam com ele. Só que, no caso das empresas, a receita da produtividade talvez sejam 15 xícaras de café por dia, servidas de quatro bules – o da eficiência organizacional, o da eficiência operacional, o da eficiência comercial e o da eficiência do capital. 

Sabedores da importância da produtividade para o Brasil e nossas empresas, e conscientes de que a probabilidade de conseguir implementar as soluções que a alavancam aumenta em tempos de crise, produzimos esta edição especial com um Dossiê ampliado, no qual descrevemos detalhadamente as 15 soluções para que incorporá-las seja fácil, e sustentá-las no longo prazo, ainda mais. Não é só isso, contudo, que torna especial a presente edição: trazemos uma reportagem de leitura obrigatória sobre o futuro. 

Com base no que acontece em uma cidade dos Estados Unidos onde a inexistência de trabalho virou a regra, desenham-se três cenários (que possivelmente vão sobrepor-se) para um mundo em que as máquinas substituirão a maior parte da mão de obra humana. Trata-se de um assunto muitas vezes abstrato, mas indicadores diversos comprovam que esse futuro está em curso, ainda que lentamente, e o debate do Fórum Econômico Mundial de janeiro deixou isso cristalino. Curiosamente, publicamos na mesma edição o estudo Melhores Empresas para Trabalhar na América Latina 2016, do Great Place to Work. 

Empresas com excelência em gestão de pessoas são um alento e um contraponto fundamental. Aliás, sinto orgulho em dizer que a Unimonte, empresa-irmã da HSM controlada pelo grupo Ânima, aparece entre as cem campeãs. Outro conteúdo que faz esta revista única é o utilíssimo artigo do cofundador da HSM José Salibi Neto, sobre a nova visão das empresas como plataformas de negócios. Traduz bem o foco de HSM Management na gestão a um só tempo avançada e prática. Por fim, os textos sobre a revolução do blockchain/bitcoin (não é o que você pensa), o Airbnb, o Tinder e a Samarco não podem faltar em minhas sugestões de leitura. Com café.

Compartilhar:

Artigos relacionados

“Strategy Washing”: quando a estratégia é apenas uma fachada

Estamos entrando na temporada dos planos estratégicos – mas será que o que chamamos de “estratégia” não é só mais uma embalagem bonita para táticas antigas? Entenda o risco do “strategy washing” e por que repensar a forma como construímos estratégia é essencial para navegar futuros possíveis com mais consciência e adaptabilidade.

Como a inteligência artificial impulsiona as power skills

Em um universo do trabalho regido pela tecnologia de ponta, gestores e colaboradores vão obrigatoriamente colocar na dianteira das avaliações as habilidades humanas, uma vez que as tarefas técnicas estarão cada vez mais automatizadas; portanto, comunicação, criatividade, pensamento crítico, persuasão, escuta ativa e curiosidade são exemplos desse rol de conceitos considerados essenciais nesse início de século.

iF Design Awards, Brasil e criação de riqueza

A importância de entender como o design estratégico, apoiado por políticas públicas e gestão moderna, impulsiona o valor real das empresas e a competitividade de nações como China e Brasil.

Transformando complexidade em terreno navegável com o framework AIMS

Em tempos de alta complexidade, líderes precisam de mais do que planos lineares – precisam de mapas adaptativos. Conheça o framework AIMS, ferramenta prática para navegar ambientes incertos e promover mudanças sustentáveis sem sufocar a emergência dos sistemas humanos.

Inovação
Segundo a Gartner, ferramentas low-code e no-code já respondem por 70% das análises de dados corporativos. Entenda como elas estão democratizando a inteligência estratégica e por que sua empresa não pode ficar de fora dessa revolução.

Lucas Oller

6 min de leitura
ESG
No ATD 2025, Harvard revelou: 95% dos empregadores valorizam microcertificações. Mesmo assim, o reskilling que realmente transforma exige 3 princípios urgentes. Descubra como evitar o 'caos das credenciais' e construir trilhas que movem negócios e carreiras.

Poliana Abreu

6 min de leitura
Empreendedorismo
33 mil empresas japonesas ultrapassaram 100 anos com um segredo ignorado no Ocidente: compaixão gera mais longevidade que lucro máximo.

Poliana Abreu

6 min de leitura
Liderança
70% dos líderes não enxergam seus pontos cegos e as empresas pagam o preço. O antídoto? Autenticidade radical e 'Key People Impact' no lugar do controle tóxico

Poliana Abreu

7 min de leitura
Liderança
15 lições de liderança que Simone Biles ensinou no ATD 2025 sobre resiliência, autenticidade e como transformar pressão em excelência.

Caroline Verre

8 min de leitura
Liderança
Conheça 6 abordagens práticas para que sua aprendizagem se reconfigure da melhor forma

Carol Olinda

4 min de leitura
Cultura organizacional, Estratégia e execução
Lembra-se das Leis de Larman? As organizações tendem a se otimizar para não mudar; então, você precisa fazer esforços extras para escapar dessa armadilha. Os exemplos e as boas práticas deste artigo vão ajudar

Norberto Tomasini

4 min de leitura
Carreira, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
A área de gestão de pessoas é uma das mais capacitadas para isso, como mostram suas iniciativas de cuidado. Mas precisam levar em conta quatro tipos de necessidades e assumir ao menos três papéis

Natalia Ubilla

3 min de leitura
Estratégia
Em um mercado onde a reputação é construída (ou desconstruída) em tempo real, não controlar sua própria narrativa é um risco que nenhum executivo pode se dar ao luxo de correr.

Bruna Lopes

7 min de leitura
Liderança
O problema está na literatura comercial rasa, nos wannabe influenciadores de LinkedIn, nos só cursos de final de semana e até nos MBAs. Mas, sobretudo, o problema está em como buscamos aprender sobre a liderança e colocá-la em prática.

Marcelo Santos

8 min de leitura