Marketing & growth
4 minutos min de leitura

O tripé de sucesso das vendas B2B: relacionamento, credibilidade e resolução de dores reais

Head de Parcerias e Alianças na Lecom Tecnologia, com mais de 20 anos de experiência no mercado de tecnologia. Empreendedor, Investidor e Mentor de Startups, Especialista em Vendas, Marketing e Gestão orientada a dados, com atuação em mercados SMB e Enterprise.

Compartilhar:


Grandes empresas buscam mais do que ROI. Elas procuram segurança nas decisões, e é esse tripé que aumenta as chances das vendas B2B.

As vendas B2B de alto valor agregado exigem profundo conhecimento de mercado. A crescente personalização das jornadas de compra e a variedade de players transformaram o processo comercial em uma operação cada vez mais complexa. Segundo a Forrester, 86% das compras B2B ficam paralisadas em algum ponto da jornada, e 81% dos compradores relatam frustração com o fornecedor escolhido.

Em outras palavras, vender nunca exigiu tanto preparo, principalmente no contexto business-to-business.

Nesse cenário, improviso não tem espaço. Depois de anos observando de perto a dinâmica das grandes empresas e a tomada de decisão em projetos de alto valor agregado, notei que as vendas B2B se sustentam em um tripé formado por relacionamento, credibilidade e resolução de dores reais. Quando esses três pilares estão bem alinhados, as chances de uma compra avançar e de gerar oportunidades de cross-selling aumentam exponencialmente.


1. Relacionamento: é fundamental construir presença e confiança local

O ponto de partida desse tripé é o relacionamento. No B2B, a venda começa muito antes da proposta. Mais do que vender um produto ou serviço, é sobre estar presente nas discussões, participar de eventos, realizar demonstrações e se tornar parte da rotina do cliente.

O relacionamento é o que abre portas, mas ele precisa ir além da cordialidade. Exige imersão real no negócio do cliente, compreender suas dores e desafios específicos, além de falar a língua dele com contexto, profundidade e respeito à realidade em que ele opera.

2. Credibilidade: a força da marca parceira e o histórico que reduz incertezas

Relacionamento sem credibilidade não se sustenta. A confiança se constrói com histórico, consistência e autoridade. É aqui que entram os cases de sucesso, o lastro de grandes empresas e o apoio em selos e premiações reconhecidas, seja por meio de certificações próprias ou por fazer parte de uma marca consolidada no mercado.

A Forrester evidencia esse cenário com clareza: a maioria das compras B2B emperra justamente pela falta de segurança entre o que é prometido e o que será efetivamente entregue. Em decisões complexas, geralmente envolvendo tecnologia, integração, mudança cultural e alto impacto financeiro, o comprador quer garantias de que o fornecedor não apenas sabe o que está dizendo, mas já entregou aquilo antes, de forma comprovável.

Por isso, marcas com muitos anos de mercado, metodologias maduras e reconhecimento institucional se destacam. Ainda mais para quem está começando, ser um parceiro homologado de uma marca consolidada traz mais credibilidade.

3. Resolução de dores reais: o pilar que sustenta os outros dois

O terceiro pilar é um dos mais decisivos para vendas B2B: a resolução de dores reais.

Muito além de gerar lucro, o cliente busca resolver gargalos, reduzir custos, eliminar retrabalho, acelerar fluxos e ganhar eficiência. Em compras de alto investimento, a comparação não é sobre preço, mas sobre profundidade da entrega, solidez da abordagem e capacidade concreta de transformar a operação.

Aqui entram a especialização e a profundidade: conhecer a fundo o setor do cliente, suas métricas e seus objetivos. Empresas e parceiros que dominam o assunto se tornam consultores de negócio, não apenas fornecedores.

Quem compra por modismo entra e sai rápido. Quem compra para resolver um problema real permanece, e é isso que aumenta o ciclo de vida do cliente. Em uma imersão no Vale do Silício, ouvi uma frase que sintetiza esse pilar com precisão: “dores reais geram resultados reais”.

O tripé das vendas B2B + a força do ecossistema de parceiros

E quando esse tripé está conectado a um ecossistema de parceiros, sua potência se multiplica. O parceiro amplia a capilaridade, entende o contexto regional, acelera o acesso ao cliente e aumenta as chances de venda.

O resultado são ciclos de venda mais curtos, ciclos de vida mais longos e maior penetração de mercado. Mas lembre-se: nenhum desses pilares funciona de forma isolada. Oriente sua equipe e seus parceiros, e sempre garanta consistência entre relacionamento, credibilidade e resolução de dores reais.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Marketing & growth
25 de novembro de 2025

Rafael Silva - Head de Parcerias e Alianças na Lecom Tecnologia

4 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, ESG
24 de novembro de 2025
Quando tratado como ferramenta estratégica, o orçamento deixa de ser controle e passa a ser cultura: um instrumento de alinhamento, aprendizado e coerência entre propósito, capital e execução.

Dárcio Zarpellon - Chief Financial Officer na Hypofarma

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
22 de novembro de 2025
Antes dos agentes, antes da IA. A camada do pensamento analógico

Rodrigo Magnano - CEO da RMagnano

5 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Cultura organizacional
21 de novembro de 2025
O RH deixou de ser apenas operacional e se tornou estratégico - desmistificar ideias sobre cultura, engajamento e processos é essencial para transformar gestão de pessoas em vantagem competitiva.

Giovanna Gregori Pinto - Executiva de RH e fundadora da People Leap

3 minutos min de leitura
Inteligência Artificial, Liderança
20 de novembro de 2025
Na era da inteligência artificial, a verdadeira transformação digital começa pela cultura: liderar com consciência é o novo imperativo para empresas que querem unir tecnologia, propósito e humanidade.

Valéria Oliveira - Especialista em desenvolvimento de líderes e gestão da cultura

3 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
19 de novembro de 2025
Construir uma cultura organizacional autêntica é papel estratégico do RH, que deve traduzir propósito em práticas reais, alinhadas à estratégia e vividas no dia a dia por líderes e equipes.

Rennan Vilar - Diretor de Pessoas e Cultura do Grupo TODOS Internacional

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
18 de novembro de 2025
Com agilidade, baixo risco e cofinanciamento não reembolsável, a Embrapii transforma desafios tecnológicos em inovação real, conectando empresas à ciência de ponta e impulsionando a nova economia industrial brasileira.

Eline Casasola - CEO da Atitude Inovação, Atitude Collab e sócia da Hub89 empresas

4 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
17 de novembro de 2025
A cultura de cocriação só se consolida quando líderes desapegam do comando-controle e constroem ambientes de confiança, autonomia e valorização da experiência - especialmente do talento sênior.

Juliana Ramalho - CEO da Talento Sênior

4 minutos min de leitura
Liderança
14 de novembro de 2025
Como dividir dúvidas, receios e decisões no topo?

Rubens Pimentel - CEO da Trajeto Desenvolvimento Empresarial

2 minutos min de leitura
Sustentabilidade
13 de novembro de 2025
O protagonismo feminino se consolidou no movimento com a Carta das Mulheres para a COP30

Luiza Helena Trajano e Fabiana Peroni

5 min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança