ESG

Sabin aposta em inovação e ESG como pilares de sustentação do negócio

Da criação de uma spin off, passando por hackatons para healthtechs e investimento em inteligência artificial, o espírito do tempo está presente na estratégia da empresa e sustenta resultados em diferentes áreas do negócio

Compartilhar:

Criado em 1984 por duas mulheres – as bioquímicas Sandra Costa e Janete Vaz – o Grupo Sabin – um dos maiores do País – se diferenciou por apostar, desde o princípio, em uma gestão humanizada. Agora, soma esse diferencial a uma ação focada em inovação e transformação digital. Foi a primeira empresa do segmento de análises clínicas a estruturar um hub de inovação. Criado em 2020, o Skyhub conta com nove empresas residentes e é responsável pelo Inova Sabin, hackaton voltado a healthtechs.

O foco na transformação digital abriu espaço para novos negócios. Em 2021, o Sabin anunciou a criação da [Rita Saúde](https://ritasaude.com.br/), plataforma integradora de serviços e cuidados coordenados, que tem como propósito ampliar o acesso à saúde a um número maior de pessoas, a preços mais acessíveis. Não por acaso, a Amparo Saúde, especializada em atenção primária, foi incorporada ao portfólio do grupo. Segundo Lídia Abdalla, presidente do Grupo Sabin, a escolha do nome da plataforma é uma homenagem à primeira médica formada no Brasil, a gaúcha Rita Lobato (1866-1954).

Mais recentemente, em junho de 2022, o grupo fez um aporte equivalente a 6% do capital da healthtech Pickcells, que aplica inteligência artificial em análises clínicas. A startup foi a primeira a participar do programa de incubação do laboratório. “Mais do que investimento financeiro, nós oferecemos parceria às startups, atuamos como uma plataforma de validação da inovação, fazendo com que o produto seja desenvolvido a partir da interação com nossas equipes técnicas e científicas”, diz Abdalla.

## Respeito à agenda ESG
Em sintonia com o atual espírito do tempo, além da transformação digital, o Grupo Sabin tem fortalecido a agenda ESG, com avanços claros nos últimos quatro anos. “Antes mesmo do conceito ESG ser conhecido, o grupo já adotava como pilar estratégico o crescimento sustentável, buscando reduzir os impactos das suas atividades no meio ambiente”, diz Abdalla. O Sabin foi pioneiro em diferentes ações da agenda ESG. Com a ajuda da Fundação Dom Cabral, a partir de 2010, as sócias trouxeram os pilares da governança para o laboratório.

Signatário do Pacto Global da ONU, o Sabin trabalha com a agenda ESG em todas as áreas como parte da cultura corporativa. No campo da diversidade, equidade e inclusão (DEI), desde 2018 o Sabin conta com um programa embasado em cinco pilares: gênero, raça, LGBTI+, pessoas com deficiência e multigerações. O objetivo é fortalecer a cultura participativa, garantindo a promoção de ações que estimulem a diversidade e a inclusão, além de acompanhar metas e evoluções relacionadas à integração da representatividade de diferentes grupos sociais dentro da companhia. “Somos uma empresa orientada a pessoas e para refletirmos e entendermos as demandas da sociedade precisamos que todos os estratos estejam representados entre os nossos colaboradores”, explica a presidente do grupo.

Outra iniciativa, mais antiga, é o Instituto Sabin, criado há 17 anos e que apresenta números relevantes: 485 entidades sociais assistidas, 718 mil exames concedidos à comunidade, instalação de 115 ludotecas e 1,2 milhão de pessoas impactadas. Uma conquista da área ambiental foi a certificação de Neutralização das Emissões de Gases do Efeito Estufa, com a redução de 1.910 toneladas de gases, recebida no último mês de abril. Segundo Abdalla, os programas ambientais integram as diversas ilhas de treinamento e capacitação oferecidas aos colaboradores por meio da plataforma UniSabin, a universidade corporativa do Grupo Sabin. “Como líderes, temos o compromisso de sermos protagonistas dessa transformação e sabemos que temos uma grande jornada pela frente para deixar um legado positivo às futuras gerações”.

## Presença feminina
Fundadora do grupo, Sandra Costa ressalta a presença das mulheres no dna do grupo com uma máxima: “somos uma empresa com alma feminina”. Quando Costa e Vaz decidiram abrir seu próprio laboratório, em Brasília há 38 anos, elas eram a exceção em uma área majoritariamente masculina.

Hoje a empresa conta com 324 unidades distribuídas por 70 cidades, em 12 estados e no Distrito Federal, e mais de 7,3 mil produtos e serviços no portfólio nas áreas de análises clínicas, diagnóstico por imagem, vacinação e check-up executivo. Para não ficar intangível, a citada “alma feminina” se traduz em números. Dos cerca de 6,5 mil funcionários, 77% são mulheres. Elas ainda ocupam 74% dos postos de liderança, superando de longe a média nacional, na faixa dos 40%.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Até quando o benchmark é bom?

Inspirar ou limitar? O benchmark pode ser útil – até o momento em que te afasta da sua singularidade. Descubra quando olhar para fora deixa de fazer sentido.

Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Inovação & estratégia
9 de setembro de 2025
Experiência também é capital. O ROEx propõe uma nova métrica para valorizar o repertório acumulado de profissionais em times multigeracionais - e transforma diversidade etária em vantagem estratégica.

Fran Winandy e Martin Henkel

10 minutos min de leitura
Inovação
8 de setembro de 2025
No segundo episódio da série de entrevistas sobre o iF Awards, Clarissa Biolchini, Head de Design & Consumer Insights da Electrolux nos conta a estratégia por trás de produtos que vendem, encantam e reinventam o cuidado doméstico.

Rodrigo Magnago

2 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial, Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
5 de setembro de 2025
O maior desafio profissional hoje não é a tecnologia - é o tempo. Descubra como processos claros, IA consciente e disciplina podem transformar sobrecarga em produtividade real.

Diego Nogare

6 minutos min de leitura
Marketing & growth, Cultura organizacional, Inovação & estratégia, Liderança
4 de setembro de 2025
Inspirar ou limitar? O benchmark pode ser útil - até o momento em que te afasta da sua singularidade. Descubra quando olhar para fora deixa de fazer sentido.

Bruna Lopes de Barros

3 minutos min de leitura
Inovação
Em entrevista com Rodrigo Magnago, Fernando Gama nos conta como a Docol tem despontado unindo a cultura do design na organização

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
ESG, Inovação & estratégia, Tecnologia & inteligencia artificial
3 de setembro de 2025
O plástico nasceu como símbolo do progresso - hoje, desafia o futuro do planeta. Entenda como uma invenção de 1907 moldou a sociedade moderna e se tornou um dos maiores dilemas ambientais da nossa era.

Anna Luísa Beserra - CEO da SDW

0 min de leitura
Inovação & estratégia, Empreendedorismo, Tecnologia & inteligencia artificial
2 de setembro de 2025
Como transformar ciência em inovação? O Brasil produz muito conhecimento, mas ainda engatinha na conversão em soluções de mercado. Deep techs podem ser a ponte - e o caminho já começou.

Eline Casasola - CEO da Atitude Inovação

5 minutos min de leitura
Liderança, Empreendedorismo, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Inovação & estratégia
1 de setembro de 2025
Imersão de mais de 10 horas em São Paulo oferece conteúdo de alto nível, mentorias com especialistas, oportunidades de networking qualificado e ferramentas práticas para aplicação imediata para mulheres, acelerando oportunidades para um novo paradigma econômico

Redação HSM Management

0 min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
1 de setembro de 2025
Na era da creator economy, influência não é mais sobre alcance - é sobre confiança. Você já se deu conta como os influenciadores se tornaram ativos estratégicos no marketing contemporâneo? Eles conectam dados, propósito e performance. Em um cenário cada vez mais automatizado, é a autenticidade que converte.

Salomão Araújo - VP Comercial da Rakuten Advertising no Brasil

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Liderança
29 de agosto de 2025
Estamos entrando na temporada dos planos estratégicos - mas será que o que chamamos de “estratégia” não é só mais uma embalagem bonita para táticas antigas? Entenda o risco do "strategy washing" e por que repensar a forma como construímos estratégia é essencial para navegar futuros possíveis com mais consciência e adaptabilidade.

Lilian Cruz, Cofundadora da Ambidestra

4 minutos min de leitura