ESG

A urgência da ação climática: cobrando responsabilidade de governos e empresas

Garantir um futuro sustentável para todos passa por este momento de despertar da urgência climática, trazendo responsabilização, reflexão e propostas para mudanças efetivas a curto prazo.
CEO da SDW, cientista, empreendedora social e biotecnologista formada pela Universidade Federal da Bahia. Dedica-se a democratizar o acesso à água e saneamento globalmente por meio de tecnologias inovadoras e acessíveis, beneficiando mais de 25 mil pessoas com o desenvolvimento de 6 tecnologias. Reconhecida internacionalmente pela ONU, UNESCO, Forbes e MIT. Foi premiada pelos Jovens Campeões da Terra, pela Forbes Under 30 e finalista do prêmio mundial Green Tech Award. Seu compromisso com a sustentabilidade, impacto social e responsabilidade social é inabalável e continua dedicando sua carreira para resolver os desafios mais prementes da nossa era.

Compartilhar:

__A realidade das mudanças climáticas__

Os eventos climáticos extremos que estamos testemunhando, como as recentes inundações devastadoras no Rio Grande do Sul, são claros indicativos da crise climática iminente que enfrentamos.

Tais fenômenos não são meras coincidências ou acidentes isolados; eles são sinais alarmantes e palpáveis do desequilíbrio ambiental que afeta cada aspecto de nossas vidas. Esse desequilíbrio é resultado direto das atividades humanas que têm impactado profundamente a saúde do nosso planeta.

A queima de combustíveis fósseis—carvão, petróleo e gás natural—é um dos principais contribuintes para o acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera, intensificando o efeito estufa e, consequentemente, o aquecimento global.

O desmatamento também desempenha um papel crítico nesse processo, com vastas áreas de florestas sendo derrubadas para agricultura, pecuária ou desenvolvimento urbano. Além disso, práticas industriais insustentáveis contribuem significativamente para a degradação ambiental, afetando a qualidade do ar, da água e do solo, e comprometendo a biodiversidade.

Esses eventos extremos são um reflexo direto das escolhas e ações humanas. Ignorar essa conexão é negligenciar a responsabilidade que temos em buscar soluções sustentáveis que possam mitigar os efeitos adversos de nossas próprias atividades sobre o meio ambiente. É imperativo que reconheçamos esses sinais e respondamos com a urgência e seriedade que a situação exige, pressionando por mudanças significativas nas políticas públicas e nas práticas corporativas para assegurar um futuro sustentável para as próximas gerações.

__A ciência por trás do clima__

Segundo a NASA e o IPCC, atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis, desmatamento e práticas agrícolas intensivas aumentaram significativamente as concentrações de gases de efeito estufa (CO2, CH4, N2O).

Desde a Revolução Industrial, o CO2 atmosférico aumentou mais de 40%, intensificando o efeito estufa e levando ao aquecimento global. Esse aquecimento está associado a eventos climáticos extremos, como secas, enchentes e incêndios florestais. Para evitar uma escalada maior, é essencial reduzir drasticamente as emissões globais através da adoção de energia renovável, práticas agrícolas sustentáveis e proteção de ecossistemas naturais, conforme enfatizado pelo IPCC.

__O impacto humano e a chamada à ação__

Confrontados com essas catástrofes, devemos refletir sobre o impacto direto em nossas próprias vidas. Se não agirmos, seremos nós, ou nossos entes queridos, os próximos a sofrer as consequências dessas transformações climáticas. Não é apenas uma questão de empatia; é uma questão de sobrevivência. É essencial que cada um de nós melhore suas práticas de sustentabilidade e, mais importante, que exijamos mudanças concretas nas políticas públicas e nas práticas corporativas.

__Políticas e Práticas para um Futuro Sustentável__

Para combater as mudanças climáticas de forma efetiva, políticas públicas robustas são essenciais. Isso inclui investimentos em transporte público e energias renováveis, e a implementação de legislação que restrinja práticas ambientalmente nocivas como o desmatamento para expansão agrícola.

Um exemplo notável é a Dinamarca, que estabeleceu metas ambiciosas para tornar-se independente de combustíveis fósseis até 2050. Isso envolve não apenas grandes investimentos em energia eólica e solar, mas também a reformulação de sistemas de transporte para serem mais verdes.

A Dinamarca tem incentivado fortemente o uso de bicicletas e veículos elétricos por meio de subsídios e infraestrutura apropriada, demonstrando como políticas intencionais podem fazer das soluções sustentáveis não apenas uma opção,
mas uma norma. Tais medidas destacam a importância de alinhar incentivos econômicos com metas ambientais, garantindo que o bem-estar ambiental prevaleça sobre interesses de lucro imediato.

__Convite à reflexão__

Esta crise é uma chamada para ação urgente. Não temos um “planeta B”.

Investir bilhões para explorar Marte enquanto a Terra sofre não é uma solução viável. Nós, como cidadãos e como espécie, temos a obrigação de proteger e preservar nosso planeta para as gerações futuras. Se você tem filhos, ou simplesmente se preocupa com o legado que deixaremos, é hora de agir.

Participe de discussões, influencie políticas e pratique a sustentabilidade em
cada ação. Juntos, podemos mudar o curso desta crise e garantir que o
planeta que deixamos seja não apenas habitável, mas florescente.

Compartilhar:

CEO da SDW, cientista, empreendedora social e biotecnologista formada pela Universidade Federal da Bahia. Dedica-se a democratizar o acesso à água e saneamento globalmente por meio de tecnologias inovadoras e acessíveis, beneficiando mais de 25 mil pessoas com o desenvolvimento de 6 tecnologias. Reconhecida internacionalmente pela ONU, UNESCO, Forbes e MIT. Foi premiada pelos Jovens Campeões da Terra, pela Forbes Under 30 e finalista do prêmio mundial Green Tech Award. Seu compromisso com a sustentabilidade, impacto social e responsabilidade social é inabalável e continua dedicando sua carreira para resolver os desafios mais prementes da nossa era.

Artigos relacionados

Reaprender virou a palavra da vez

Reaprender não é um luxo – é sobrevivência. Em um mundo que muda mais rápido do que nossas certezas, quem não reorganiza seus próprios circuitos mentais fica preso ao passado. A neurociência explica por que essa habilidade é a verdadeira vantagem competitiva do futuro.

Inovação & estratégia
12 de novembro de 2025
Modernizar o prazo de validade com o conceito de “best before” é mais do que uma mudança técnica - é um avanço cultural que conecta o Brasil às práticas globais de consumo consciente, combate ao desperdício e construção de uma economia verde.

Lucas Infante - CEO da Food To Save

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, ESG
11 de novembro de 2025
Com a COP30, o turismo sustentável se consolida como vetor estratégico para o Brasil, unindo tecnologia, impacto social e preservação ambiental em uma nova era de desenvolvimento consciente.

André Veneziani - Vice-Presidente Comercial Brasil & América Latina da C-MORE Sustainability

3 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
10 de novembro de 2025
A arquitetura de software deixou de ser apenas técnica: hoje, ela é peça-chave para transformar estratégia em inovação real, conectando visão de negócio à entrega de valor com consistência, escalabilidade e impacto.

Diego Souza - Principal Technical Manager no CESAR, Dayvison Chaves - Gerente do Ambiente de Arquitetura e Inovação e Diego Ivo - Gerente Executivo do Hub de Inovação, ambos do BNB

8 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
7 de novembro de 2025
Investir em bem-estar é estratégico - e mensurável. Com dados, indicadores e integração aos OKRs, empresas transformam cuidado com corpo e mente em performance, retenção e vantagem competitiva.

Luciana Carvalho - CHRO da Blip, e Ricardo Guerra - líder do Wellhub no Brasil

4 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
6 de novembro de 2025
Incluir é mais do que contratar - é construir trajetórias. Sem estratégia, dados e cultura de cuidado, a inclusão de pessoas com deficiência segue sendo apenas discurso.

Carolina Ignarra - CEO da Talento Incluir

5 minutos min de leitura
Liderança
5 de novembro de 2025
Em um mundo sem mapas claros, o profissional do século 21 não precisa ter todas as respostas - mas sim coragem para sustentar as perguntas certas. Neste artigo, exploramos o surgimento do homo confusus, o novo ser humano do trabalho, e como habilidades como liderança, negociação e comunicação intercultural se tornam condições de sobrevivência em tempos de ambiguidade, sobrecarga informacional e transformações profundas nas relações profissionais.

Angelina Bejgrowicz - Fundadora e CEO da AB – Global Connections

12 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
4 de novembro de 2025
Na era da hiperconexão, encerrar o expediente virou um ato estratégico - porque produtividade sustentável exige pausas, limites e líderes que valorizam o tempo como ativo de saúde mental.

Tatiana Pimenta - Fundadora e CEO da Vittude

3 minutos min de leitura
Liderança
3 de novembro de 2025
Em um mundo cada vez mais automatizado, liderar com empatia, propósito e presença é o diferencial que transforma equipes, fortalece culturas e impulsiona resultados sustentáveis.

Carlos Alberto Matrone - Consultor de Projetos e Autor

7 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
1º de novembro de 2025
Aqueles que ignoram os “Agentes de IA” podem descobrir em breve que não foram passivos demais, só despreparados demais.

Atila Persici Filho - COO da Bolder

8 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
31 de outubro de 2025
Entenda como ataques silenciosos, como o ‘data poisoning’, podem comprometer sistemas de IA com apenas alguns dados contaminados - e por que a governança tecnológica precisa estar no centro das decisões de negócios.

Rodrigo Pereira - CEO da A3Data

6 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança