Sustentabilidade

ABBA e a turnê dos hologramas

A banda pop sueca, com 500 milhões de discos vendidos e quatro décadas de sucesso, tem muito a ensinar sobre gestão de imagem

Compartilhar:

A estreia do filme _Mamma Mia!_ 2, sequência do musical de sucesso nos palcos e nos cinemas, coloca novamente em destaque uma banda que pode se orgulhar de décadas de êxito e lucros. Criado em 1972, o quarteto sueco Abba ganhou fama internacional dois anos depois, quando venceu o Festival Eurovisão da Canção. Os “arquitetos” do grupo, Benny Andersson e Björn Ulvaeus, sempre foram conhecidos pelo perfeccionismo em composições e arranjos, e talvez isso ajude a explicar a forma como gerenciaram o legado da banda a partir do rompimento em 1982.

“Sempre fomos muito cuidadosos. Nunca permitimos que nossas músicas aparecessem em comerciais, por exemplo. Buscamos sempre algo de qualidade e dissemos não a 90% das propostas que recebemos”, disse Björn Ulvaeus à revista _Fast Company_. Notou como a música do Abba apareceu em poucos filmes? Além de _Mamma Mia!_, dá para lembrar _O casamento de Muriel e Priscilla, a rainha do deserto_.

Nessa trajetória gerenciada com muita cautela, alguns momentos são especialmente significativos. Por exemplo, a banda viveu uma volta ao topo na década de 1990 graças, em grande parte, à reembalagem de seus sucessos no álbum Gold, que vendeu 6 milhões de cópias só nos EUA.

A coletânea foi lançada pela gravadora Polydor, que comprou o catálogo do grupo em 1989. Foi uma sorte. Após os problemas de relacionamento, Stig Anderson, agente da banda, acabou ficando com a gravadora que possuíam e com seu catálogo, “por uma ninharia”. “O Stig vendeu tudo para a Polydor, o que se mostrou uma grande decisão de negócios”, contou Ulvaeus.

**RETORNO SOB CONDIÇÕES**

O grupo recusou os inúmeros convites para novas turnês por causa da imagem: queria ser lembrado pelas imagens da juventude, não como os avôs e avós que se tornaram. Por isso, aceitaram finalmente fazer uma turnê em 2019, proposta por Simon Fuller (empresário renomado da indústria musical) – nela, os quatro vão se apresentar como hologramas. Os avatares terão como base imagens da banda no final dos anos 1970.

Datas e locais da nova turnê ainda não foram definidos, mas espera-se que inclua os países da América do Sul. O retorno será marcado por duas canções inéditas, compostas por Ulvaeus e Andersson. “É como se o tempo tivesse parado”, afirmou o grupo em seu perfil em uma rede social.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Até quando o benchmark é bom?

Inspirar ou limitar? O benchmark pode ser útil – até o momento em que te afasta da sua singularidade. Descubra quando olhar para fora deixa de fazer sentido.

Empreendedorismo
33 mil empresas japonesas ultrapassaram 100 anos com um segredo ignorado no Ocidente: compaixão gera mais longevidade que lucro máximo.

Poliana Abreu

6 min de leitura
Liderança
70% dos líderes não enxergam seus pontos cegos e as empresas pagam o preço. O antídoto? Autenticidade radical e 'Key People Impact' no lugar do controle tóxico

Poliana Abreu

7 min de leitura
Liderança
15 lições de liderança que Simone Biles ensinou no ATD 2025 sobre resiliência, autenticidade e como transformar pressão em excelência.

Caroline Verre

8 min de leitura
Liderança
Conheça 6 abordagens práticas para que sua aprendizagem se reconfigure da melhor forma

Carol Olinda

4 min de leitura
Cultura organizacional, Estratégia e execução
Lembra-se das Leis de Larman? As organizações tendem a se otimizar para não mudar; então, você precisa fazer esforços extras para escapar dessa armadilha. Os exemplos e as boas práticas deste artigo vão ajudar

Norberto Tomasini

4 min de leitura
Carreira, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
A área de gestão de pessoas é uma das mais capacitadas para isso, como mostram suas iniciativas de cuidado. Mas precisam levar em conta quatro tipos de necessidades e assumir ao menos três papéis

Natalia Ubilla

3 min de leitura
Estratégia
Em um mercado onde a reputação é construída (ou desconstruída) em tempo real, não controlar sua própria narrativa é um risco que nenhum executivo pode se dar ao luxo de correr.

Bruna Lopes

7 min de leitura
Liderança
O problema está na literatura comercial rasa, nos wannabe influenciadores de LinkedIn, nos só cursos de final de semana e até nos MBAs. Mas, sobretudo, o problema está em como buscamos aprender sobre a liderança e colocá-la em prática.

Marcelo Santos

8 min de leitura
ESG
Inclua uma nova métrica no seu dashboard: bem-estar. Porque nenhum KPI de entrega importa se o motorista (você) está com o tanque vazio

Lilian Cruz

4 min de leitura
ESG
Flexibilidade não é benefício. É a base de uma cultura que transformou nossa startup em um caso real de inclusão sem imposições, onde mulheres prosperam naturalmente.

Gisele Schafhauser

5 min de leitura