Uncategorized

Algumas palavras sobre Jack Ma, leitura e sucesso

Guilherme Soárez, CEO da HSM

Compartilhar:

Jack Ma,o fundador do gigantesco Alibaba Group, anunciou que vai deixar a presidência do board de sua empresa em 2020.O mercado se agitou achando que ele já renunciaria, ações caíram e tudo mais, porém tudo se acalmou quando ficou claro que seria uma sucessão planejada. Como Ma disse em entrevista, sua paixão é educação – originalmente, era professor de inglês – e ele quer poder se dedicar a isso de modo mais sistemático.

Um ano atrás, quando celebramos os 20 anos de vida desta revista, fizemos um texto em coautoria com nossos assinantes. Entre outras coisas, ele apontava Jack Ma como o líder do futuro, aquele futuro que já se encontra no presente, porém está mal distribuído. (O líder do passado recente era Steve Jobs e o do presente, Paul Polman, da Unilever.) Acho que a decisão de Ma de se afastar do negócio tão jovem (hoje ele tem só 54 anos) tem tudo a ver com essa liderança futurista. Ele não só enxerga os benefícios de seu negócio ter novos líderes e um sistema de liderança mais colaborativo, como vê para si múltiplas carreiras em vez de apenas uma.

Esta edição também tem tudo a ver com Jack Ma. O leitor sentirá isso do pequeno artigo sobre o movimento Open Leaders, logo nas páginas iniciais, ao conceito de grupos “superminds” proposto por Thomas Malone, que foi meu professor no MIT, como eixo do futuro do trabalho. Até o artigo de Eduardo Farah sobre o processo que leva ao estado de presença (ou de fluxo)‚ tem a ver com Jack Ma. Praticante de tai chi chuan ele mesmo, Jack Ma lançou uma academia e cursos para empreendedores associando tai chi e técnicas de meditação, o que ele diz ser muito importante para os negócios.

Porém, o que mais tem a ver com Jack Ma aqui talvez seja o dossiê sobre coaching. A iniciativa dele tem muito a ver com autoconhecimento, algo promovido pelo coaching. A mudança que o coaching promete nos ajudar a fazer é o que Jack Ma está fazendo para si e para todos a sua volta. O empreendedor chinês é o símbolo do sucesso, que é o resultado buscado pelo coaching. E, principalmente, coaching é uma ferramenta de educação cada vez mais relevante, e educação é a paixão de Ma. 

O dossiê sobre o momentum do coaching está imperdível, de fato. Ele explica o boom da atividade e a desorganização decorrente. Deixa claras as opções existentes e faz sugestões de como você pode escolher entre elas – seja você um coach ou um coachee, hoje ou amanhã (guarde a revista!). E detalha como trabalha aquele que é considerado o coach número 1 do mundo executivo atual, o coach dos CEOs, Marshall Goldsmith. Ele concedeu uma entrevista exclusiva a nossa editora, Adriana Salles Gomes, que, segundo ela, foram 90 minutos de prazer e sofrimento. “Ele não me deixava falar, ‘mas’… jornalistas falam ‘mas’ o tempo todo!”, diz Adriana, rindo.

Em 2018, o coaching foi parar na novela de TV e o pop star do coaching, Tony Robbins, esteve pela primeira vez no Brasil. Se não fossem todos os outros dados, isso já confirmaria que o boom da atividade está acontecendo também em nosso País. Mas eu o cito como gancho para mencionar um lição que Robbins deu a sua plateia brasileira: a de ler todos os dias, por pelo menos 30 minutos. Repetição é a mãe da habilidade, afirmou – e ler é uma das principais fontes de habilidades.

Ao acabar esta carta, leia nosso dossiê. Amanhã, dedique mais minutos à reportagem sobre a guerra à complexidade, à mesa-redonda sobre homens e equidade de gênero, e ao artigo de Sérgio Lazzarini, do Insper, sobre o fantástico conceito do capitalismo de laços. No outro dia, mais minutos,que serão bem investidos no report setorial sobre seguro e no artigo sobre IA e comunidades. Descubra seu ritmo de leitura. E eduque-se, como Ma.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Homo confusus no trabalho: Liderança, negociação e comunicação em tempos de incerteza

Em um mundo sem mapas claros, o profissional do século 21 não precisa ter todas as respostas – mas sim coragem para sustentar as perguntas certas.
Neste artigo, exploramos o surgimento do homo confusus, o novo ser humano do trabalho, e como habilidades como liderança, negociação e comunicação intercultural se tornam condições de sobrevivência em tempos de ambiguidade, sobrecarga informacional e transformações profundas nas relações profissionais.

Marketing & growth
14 de outubro de 2025
Se 90% da decisão de compra acontece antes do primeiro contato, por que seu time ainda espera o cliente bater na porta?

Mari Genovez - CEO da Matchez

3 minutos min de leitura
ESG
13 de outubro de 2025
ESG não é tendência nem filantropia - é estratégia de negócios. E quando o impacto social é parte da cultura, empresas crescem junto com a sociedade.

Ana Fontes - Empreendeedora social, fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME) e do Instituto RME

3 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Estratégia
10 de outubro de 2025
Com mais de um século de história, a Drogaria Araujo mostra que longevidade empresarial se constrói com visão estratégica, cultura forte e design como motor de inovação.

Rodrigo Magnago

6 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Liderança
9 de outubro de 2025
Em tempos de alta performance e tecnologia, o verdadeiro diferencial está na empatia: um ativo invisível que transforma vínculos em resultados.

Laís Macedo, Presidente do Future is Now

3 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Bem-estar & saúde, Finanças
8 de outubro de 2025
Aos 40, a estabilidade virou exceção - mas também pode ser o início de um novo roteiro, mais consciente, humano e possível.

Lisia Prado, sócia da House of Feelings

5 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
7 de outubro de 2025
O trabalho flexível deixou de ser tendência - é uma estratégia de RH para atrair talentos, fortalecer a cultura e impulsionar o desempenho em um mundo que já mudou.

Natalia Ubilla, Diretora de RH no iFood Pago e iFood Benefícios

7 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
6 de outubro de 2025
Como a evolução regulatória pode redefinir a gestão de pessoas no Brasil

Tatiana Pimenta, CEO da Vittude

4 minutos min de leitura
Liderança, Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
3 de outubro de 2025
Ser CEO é mais que ocupar o topo - para mulheres, é desafiar estereótipos e transformar a liderança em espaço de pertencimento e impacto.

Giovana Pacini, Country Manager da Merz Aesthetics® Brasil

3 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
3 de outubro de 2025
A IA está redefinindo o trabalho - e cabe ao RH liderar a jornada que equilibra eficiência tecnológica com desenvolvimento humano e cultura organizacional.

Michelle Cascardo, Latam Sr Sales Manager na Deel

5 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Tecnologia & inteligencia artificial
2 de outubro de 2025
Na indústria automotiva, a IA Generativa não é mais tendência - é o motor da próxima revolução em eficiência, personalização e experiência do cliente.

Lorena França - Hub Mobilidade do Learning Village

3 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)