Uncategorized
0 min de leitura

Cérebro apodrecido, empresas estagnadas: o que o brain rot tem a ver com ESG?

Liderança em tempos de brain rot: como priorizar o que realmente importa para moldar um futuro sustentável e inspirador.
CEO da SDW, cientista, empreendedora social e biotecnologista formada pela Universidade Federal da Bahia. Dedica-se a democratizar o acesso à água e saneamento globalmente por meio de tecnologias inovadoras e acessíveis, beneficiando mais de 25 mil pessoas com o desenvolvimento de 6 tecnologias. Reconhecida internacionalmente pela ONU, UNESCO, Forbes e MIT. Foi premiada pelos Jovens Campeões da Terra, pela Forbes Under 30 e finalista do prêmio mundial Green Tech Award. Seu compromisso com a sustentabilidade, impacto social e responsabilidade social é inabalável e continua dedicando sua carreira para resolver os desafios mais prementes da nossa era.

Compartilhar:

ESG empreendedorismo

A palavra do ano, segundo o Dicionário Oxford, é brain rot — uma expressão que significa “cérebro podre” ou “podridão cerebral” em inglês. Só em 2024, o termo foi pesquisado 130 mil vezes, chamando atenção para os efeitos do consumo excessivo de conteúdos superficiais: dificuldade de concentração, pensamento crítico enfraquecido e decisões mal embasadas.

Agora, imagine como isso impacta o mundo corporativo, especialmente em estratégias ESG (ambientais, sociais e de governança). Se líderes estão distraídos e sobrecarregados por informações irrelevantes, o que acontece com decisões que moldam o futuro do planeta — e com o exemplo deixado para a próxima geração de líderes?

O cérebro que decide o futuro

Estratégias ESG não são simples. Elas demandam visão de longo prazo, análise criteriosa e foco absoluto. Contudo, brain rot ameaça essa capacidade, trazendo uma mentalidade imediatista que prioriza soluções de curto prazo e metas superficiais.

Líderes soterrados por e-mails, notificações e reuniões desnecessárias perdem o tempo e a clareza necessários para enfrentar desafios urgentes, como mudanças climáticas ou desigualdades sociais. Assim, ESG corre o risco de ser apenas um “rótulo bonito” ao invés de uma prática transformadora.

O problema vai além do presente. Quando os líderes de hoje sucumbem ao excesso de distrações, eles também falham em inspirar e preparar as próximas gerações. Jovens talentos estão atentos a mais do que salários; eles buscam significado e liderança com propósito. Uma liderança desfocada deixa um legado vazio – e uma herança de hábitos.

Sustentabilidade não vive de checklists

O sucesso de ESG vai além de cumprir metas numéricas. Ele exige integração profunda com a estratégia da empresa. Mas, sob o efeito do brain rot, muitas corporações se limitam a “ticar” ações sem criar impacto real.

Se a liderança não está conectada ao propósito, como traçar estratégias que promovam mudanças concretas? O risco é transformar ESG em uma lista de tarefas sem significado, algo que ilude stakeholders, mas não muda realidades — e tampouco inspira futuros líderes a continuarem o trabalho.

Como combater o brain rot na liderança?

Para empresas que querem liderar com responsabilidade e inovação, o primeiro passo é combater o brain rot. Aqui estão algumas práticas que fazem a diferença:

  1. Escolha informação, não ruído: Incentive a curadoria de dados relevantes para
    decisões estratégicas. Não basta mais; é preciso melhor.
  2. Dê espaço ao pensamento profundo: Crie momentos na agenda para debates
    focados e livres de distrações sobre ESG e sustentabilidade (brainstorms fazem
    bem).
  3. Eduque para o propósito: Ofereça capacitação contínua em ESG e
    sustentabilidade. Quando líderes entendem o impacto de suas ações, estão mais
    preparados para liderar com clareza.
  4. Priorize resultados reais: Metas ESG não podem ser decorativas e nem
    priorizando o marketing para “ficar bem na fita”. Invista em métricas que reflitam
    mudanças tangíveis, como comunidades impactadas ou emissões reduzidas.
  5. Inspire os futuros líderes: Mostre, por meio de ações claras, que liderar com
    propósito é mais do que uma tendência — é um caminho para transformar o mundo.
    Liderança transformadora começa na mente
    O brain rot não é só uma metáfora, é um alerta: liderar no piloto automático não funciona
    mais. Sustentabilidade exige foco, conexão e clareza para transcender metas imediatistas e
    transformar o impacto das empresas no mundo.

Além disso, líderes não são apenas tomadores de decisão; são exemplos vivos para a próxima geração. Jovens que assistem a uma liderança desconectada e superficial podem perpetuar o ciclo. Mas líderes que priorizam a clareza, a empatia e o impacto criam um legado sustentável que transcende gerações.

O futuro será moldado por quem sabe filtrar o que importa é decidir com propósito. A pergunta é: você está liderando com clareza ou está distraído pelo excesso?

Compartilhar:

CEO da SDW, cientista, empreendedora social e biotecnologista formada pela Universidade Federal da Bahia. Dedica-se a democratizar o acesso à água e saneamento globalmente por meio de tecnologias inovadoras e acessíveis, beneficiando mais de 25 mil pessoas com o desenvolvimento de 6 tecnologias. Reconhecida internacionalmente pela ONU, UNESCO, Forbes e MIT. Foi premiada pelos Jovens Campeões da Terra, pela Forbes Under 30 e finalista do prêmio mundial Green Tech Award. Seu compromisso com a sustentabilidade, impacto social e responsabilidade social é inabalável e continua dedicando sua carreira para resolver os desafios mais prementes da nossa era.

Artigos relacionados

Reaprender virou a palavra da vez

Reaprender não é um luxo – é sobrevivência. Em um mundo que muda mais rápido do que nossas certezas, quem não reorganiza seus próprios circuitos mentais fica preso ao passado. A neurociência explica por que essa habilidade é a verdadeira vantagem competitiva do futuro.

Liderança, Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
3 de outubro de 2025
Ser CEO é mais que ocupar o topo - para mulheres, é desafiar estereótipos e transformar a liderança em espaço de pertencimento e impacto.

Giovana Pacini, Country Manager da Merz Aesthetics® Brasil

3 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
3 de outubro de 2025
A IA está redefinindo o trabalho - e cabe ao RH liderar a jornada que equilibra eficiência tecnológica com desenvolvimento humano e cultura organizacional.

Michelle Cascardo, Latam Sr Sales Manager na Deel

5 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Tecnologia & inteligencia artificial
2 de outubro de 2025
Na indústria automotiva, a IA Generativa não é mais tendência - é o motor da próxima revolução em eficiência, personalização e experiência do cliente.

Lorena França - Hub Mobilidade do Learning Village

3 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
2025

Chico Araújo - Diretor-executivo do Instituto Inteligência Artificial de Verdade - IAV e Cofundador do The Long Game

10 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Inovação & estratégia
1º de outubro de 2025
No mundo pós-IA, profissionais 50+ são mais que relevantes - são pontes vivas entre gerações, capazes de transformar conhecimento em vantagem competitiva.

Cris Sabbag - COO da Talento Sênior

4 minutos min de leitura
Inovação
30 de setembro
O Brasil tem talento reconhecido no design - mas sem políticas públicas e apoio estratégico, seguimos premiando ideias sem transformar setores.

Rodrigo Magnago

6 minutos min de leitura
Liderança
29 de setembro de 2025
No topo da liderança, o maior desafio pode ser a solidão - e a resposta está na força do aprendizado entre pares.

Rubens Pimentel - CEO da Trajeto Desenvolvimento Empresarial

4 minutos min de leitura
ESG, Empreendedorismo
29 de setembro de 2025
No Dia Internacional de Conscientização sobre Perdas e Desperdício de Alimentos, conheça negócios de impacto que estão transformando excedentes em soluções reais - gerando valor econômico, social e ambiental.

Priscila Socoloski CEO da Connecting Food e Lucas Infante, CEO da Food To Save

2 minutos min de leitura
Cultura organizacional
25 de setembro de 2025
Transformar uma organização exige mais do que mudar processos - é preciso decifrar os símbolos, narrativas e relações que sustentam sua cultura.

Manoel Pimentel

10 minutos min de leitura
Uncategorized
25 de setembro de 2025
Feedback não é um discurso final - é uma construção contínua que exige escuta, contexto e vínculo para gerar evolução real.

Jacqueline Resch e Vivian Cristina Rio Stella

4 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança