Inovação & estratégia, Marketing & growth
3 minutos min de leitura

Confiança é o novo marketing: o papel dos influenciadores na construção de reputação e resultados 

Na era da creator economy, influência não é mais sobre alcance - é sobre confiança. Você já se deu conta como os influenciadores se tornaram ativos estratégicos no marketing contemporâneo? Eles conectam dados, propósito e performance. Em um cenário cada vez mais automatizado, é a autenticidade que converte.
Formado em Comunicação Digital pela Unip e em Negócios e Marketing pelo Australian Pacific College. Salomão Araújo nasceu no Guarujá, São Paulo, e possui MBA em Gestão de Comunicação de Mercado pela Esamc. Ele concluiu cursos de treinamento executivo em Liderança, Gestão e Negociação pela FGV e Gestão Comercial pelo Insper. Atualmente é VP Comercial da Rakuten Advertising.

Compartilhar:

Oito em cada dez pessoas confiam mais na recomendação de um influenciador do que em um anúncio tradicional. Esse dado recente da pesquisa da Rakuten Advertising não é apenas curioso; é um alerta. Ele escancara uma mudança profunda e estrutural na forma como as pessoas se relacionam com marcas, produtos e decisões de consumo.

Estamos vivendo um ciclo em que a publicidade de massa cede espaço para conexões mais humanas, personalizadas e baseadas em credibilidade real. O influenciador; antes visto apenas como canal; agora assume um papel estratégico na jornada do consumidor: da descoberta à decisão.

A ascensão dos creators não é um acaso. Eles ocupam um espaço que os formatos tradicionais não conseguem preencher: o da confiança construída na recorrência, no estilo de vida compartilhado e na identificação genuína com suas comunidades. Hoje, mais do que audiência, o que vale é a influência real.

Atualmente, a influência move ponteiros. Na lógica do marketing de performance, o foco sempre foi gerar conversão. Mas à medida que os consumidores se tornam mais exigentes, informados e conectados, a performance passa, inevitavelmente, pela confiança. E os influenciadores são hoje os maiores vetores dessa confiança.

Eles não apenas recomendam; validam, contextualizam e humanizam a relação com a marca. Deixaram de ser mídia. Tornaram-se ativos estratégicos. A pergunta que fica é: estamos medindo o que realmente importa? Ainda é comum ver marcas escolhendo influenciadores com base em número de seguidores, curtidas ou alcance. Mas os indicadores tradicionais, isoladamente, já não contam toda a história.

Engajamento é importante. Mas identificação é o que gera conversão. A pergunta que deveríamos nos fazer é: essa pessoa tem real afinidade com meu público? Ela gera influência de fato ou apenas visibilidade temporária?

É hora de ampliarmos a régua: a confiança também precisa ser medida como parte do funil de performance. E ela pode e deve ser combinada com dados, conversão e inteligência.

IA e automação: quanto mais tecnologia, mais valor no fator humano

O avanço da inteligência artificial e da automação vem transformando o marketing em todos os níveis. Ferramentas otimizam campanhas, personalizam mensagens e escalam operações com precisão impressionante.

Mas paradoxalmente, quanto mais a tecnologia avança, mais essencial se torna o fator humano. Porque não é o algoritmo que convence. É a conexão. É o rosto conhecido. É a voz que inspira confiança.

A tecnologia pode distribuir. Mas é a autenticidade que converte. E agora? Como sua marca está se preparando para essa nova era da influência? Esse não é mais um debate sobre escolher entre branding e performance. É sobre integrar. Afinidade, dados e resultado não são caminhos opostos, são alavancas que se complementam.

O futuro pertence às marcas que entenderem que a confiança não é mais um bônus da comunicação. É o novo core do marketing. Quem construir isso com consistência terá algo que anúncio nenhum compra: reputação com lastro.

Compartilhar:

Artigos relacionados

“Womenomics”, a economia movida a equidade de gênero

Imersão de mais de 10 horas em São Paulo oferece conteúdo de alto nível, mentorias com especialistas, oportunidades de networking qualificado e ferramentas práticas para aplicação imediata para mulheres, acelerando oportunidades para um novo paradigma econômico

“Strategy Washing”: quando a estratégia é apenas uma fachada

Estamos entrando na temporada dos planos estratégicos – mas será que o que chamamos de “estratégia” não é só mais uma embalagem bonita para táticas antigas? Entenda o risco do “strategy washing” e por que repensar a forma como construímos estratégia é essencial para navegar futuros possíveis com mais consciência e adaptabilidade.

Saúde mental, Gestão de pessoas
Como as empresas podem usar inteligência artificial e dados para se enquadrar na NR-1, aproveitando o adiamento das punições para 2026
0 min de leitura
ESG
Construímos um universo de possibilidades. Mas a pergunta é: a vida humana está realmente melhor hoje do que 30 anos atrás? Enquanto brasileiros — e guardiões de um dos maiores biomas preservados do planeta — somos chamados a desafiar as retóricas de crescimento e consumo atuais. Se bem endereçados, tais desafios podem nos representar uma vantagem competitiva e um fôlego para o planeta

Filippe Moura

6 min de leitura
Carreira, Diversidade
Ninguém fala disso, mas muitos profissionais mais velhos estão discriminando a si mesmos com a tecnofobia. Eles precisam compreender que a revolução digital não é exclusividade dos jovens

Ricardo Pessoa

4 min de leitura
ESG
Entenda viagens de incentivo só funcionam quando deixam de ser prêmios e viram experiências únicas

Gian Farinelli

6 min de leitura
Liderança
Transições de liderança tem muito mais relação com a cultura e cultura organizacional do que apenas a referência da pessoa naquela função. Como estão estas questões na sua empresa?

Roberto Nascimento

6 min de leitura
Inovação
Estamos entrando na era da Inteligência Viva: sistemas que aprendem, evoluem e tomam decisões como um organismo autônomo. Eles já estão reescrevendo as regras da logística, da medicina e até da criatividade. A pergunta que nenhuma empresa pode ignorar: como liderar equipes quando metade delas não é feita de pessoas?

Átila Persici

6 min de leitura
Gestão de Pessoas
Mais da metade dos jovens trabalhadores já não acredita no valor de um diploma universitário — e esse é só o começo da revolução que está transformando o mercado de trabalho. Com uma relação pragmática com o emprego, a Geração Z encara o trabalho como negócio, não como projeto de vida, desafiando estruturas hierárquicas e modelos de carreira tradicionais. A pergunta que fica: as empresas estão prontas para se adaptar, ou insistirão em um sistema que não conversa mais com a principal força de trabalho do futuro?

Rubens Pimentel

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
US$ 4,4 trilhões anuais. Esse é o prêmio para empresas que souberem integrar agentes de IA autônomos até 2030 (McKinsey). Mas o verdadeiro desafio não é a tecnologia – é reconstruir processos, culturas e lideranças para uma era onde máquinas tomam decisões.

Vitor Maciel

6 min de leitura
ESG
Um ano depois e a chuva escancara desigualdades e nossa relação com o futuro

Anna Luísa Beserra

6 min de leitura
Empreendedorismo
Liderar na era digital: como a ousadia, a IA e a visão além do status quo estão redefinindo o sucesso empresarial

Bruno Padredi

5 min de leitura