Uncategorized

Construir um legado é compartilhar sua maior riqueza

Dividir seu tempo e conhecimento é uma escolha que pode marcar o mundo e que, com certeza, marcará você
Sócia-fundadora e idealizadora da SoulCode Academy, Carmela Borst, foi vencedora na categoria Educação de Qualidade do prêmio "Rise and Raise Others", um reconhecimento promovido pela ONU Mulheres EUA, que destaca as conquistas que mulheres alcançaram apoiando e inspirando outras mulheres e meninas de todo o mundo. Formada pela FEI em Administração de Empresas e com especializações na ESPM, Stanford, Harvard e IBGC, atuou como CMO América latina em multinacionais por mais de 20 anos. Desde 2020, a executiva se dedica a SoulCode Academy que oferece cursos da área de tecnologia 100% gratuitos, online e Ao Vivo para pessoas de todo Brasil. Além de ser cofundadora e idealizadora do projeto, também atua como empreendedora social, sendo conselheira de ONG's (Casa do

Compartilhar:

O conceito de legado transcende gerações, é sobre deixar uma marca na história, registrando a sua passagem pela humanidade e construindo uma narrativa que ecoa para além das nossas métricas de tempo. Muitas vezes acreditamos que a construção de um legado se restringe a figuras históricas, como líderes políticos ou grandes empresários, mas isso não é verdade.

A construção de um legado está presente em cada ação que tomamos e em como contribuímos com o mundo e com a sociedade, passando por valores pessoais, troca de experiências, impacto profissional e, também, social. O legado não é apenas uma preocupação com o futuro ou passado, mas a inspiração para a mudança no presente.

Construir uma marca pessoal, muitas vezes, trata-se de devolver ao mundo aquilo que temos ou conquistamos. E essa questão não é monetária, não estou falando sobre bens materiais, mas de ativos muito mais valiosos: tempo e conhecimento, por exemplo.

E hoje, o que você faz com seu tempo e conhecimento? Já pensou em compartilhar e deixar seu legado de forma marcante na vida das pessoas? Já pensou que você pode ser o agente de transformação de um indivíduo ou de muitos?

Dia 28 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Educação. E, ao voltarmos os olhos para esse tema crucial, notamos de forma escancarada que ainda vivemos em uma sociedade extremamente desigual que possui grandes mazelas que impossibilitam que pessoas cheguem a oportunidades, enquanto diversas outras desfrutam de inúmeros privilégios. A educação circular – aquela que transita por periferias, minorias e correlatos – é, indiscutivelmente, potente na geração de oportunidades e pontos de partidas iguais para todas as pessoas, indistintamente.

Segundo o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), em 2022, 10,9 milhões de jovens com idade entre 15 e 29 anos não estudavam nem trabalhavam. O dado ainda mostra que quanto menor o rendimento domiciliar, maior a taxa de “jovens nem-nem”. O problema é de base e precisa de medidas de correção imediatas, por outro lado, pessoas, empresas e atores de uma sociedade como essa devem e podem promover a democratização do acesso à informação, colocando-se a si mesmo e as suas empresas, sempre que possível, em um papel atuante de propagar a educação, ofertando-a de forma acessível aos que estão sedentos por ela.

O conceito da educação circular permite que as pessoas retribuam com sua própria comunidade ou fora dela aqueles aprendizados que receberam. É deixar de ser um exemplo distante para se tornar fonte, água para quem tem sede, para informar e transmutar uma condição que impede o ser humano de ter tudo aquilo que ele realmente pode e merece.

Ao compartilhar o que temos, marcamos a história juntos e isso é realmente incrível. Começamos ao nosso entorno, no nosso ciclo de contatos, amigos, e depois rompemos barreiras e envolvemos mais e mais gente.

Qual a sua riqueza? Como você pode compartilhá-la? Depois que essas perguntas forem respondidas, você saberá exatamente como dar o primeiro passo. Que possamos, cada um de nós, deixar um legado que inspire, que transforme e que perdure para as gerações futuras.

Compartilhar:

Artigos relacionados

O que move as mulheres da Geração Z a empreender?

A Geração Z está redefinindo o que significa trabalhar e empreender. Por isso é importante refletir sobre como propósito, impacto social e autonomia estão moldando novas trajetórias profissionais – e por que entender esse movimento é essencial para quem quer acompanhar o futuro do trabalho.

O fim dos chatbots? O próximo passo no futuro conversacional 

O futuro chegou – e está sendo conversado. Como a conversa, uma das tecnologias mais antigas da humanidade, está se reinventando como interface inteligente, inclusiva e estratégica. Enquanto algumas marcas ainda decidem se vão aderir, os consumidores já estão falando. Literalmente.

Como o fetiche geracional domina a agenda dos relatórios de tendência

Relatórios de tendências ajudam, mas não explicam tudo. Por exemplo, quando o assunto é comportamento jovem, não dá pra confiar só em categorias genéricas – como “Geração Z”. Por isso, vale refletir sobre como o fetiche geracional pode distorcer decisões estratégicas – e por que entender contextos reais é o que realmente gera valor.

Processo seletivo é a porta de entrada da inclusão

Ainda estamos contratando pessoas com deficiência da mesma forma que há décadas – e isso precisa mudar. Inclusão começa no processo seletivo, e ignorar essa etapa é excluir talentos. Ações afirmativas e comunicação acessível podem transformar sua empresa em um espaço realmente inclusivo.

ESG
Construímos um universo de possibilidades. Mas a pergunta é: a vida humana está realmente melhor hoje do que 30 anos atrás? Enquanto brasileiros — e guardiões de um dos maiores biomas preservados do planeta — somos chamados a desafiar as retóricas de crescimento e consumo atuais. Se bem endereçados, tais desafios podem nos representar uma vantagem competitiva e um fôlego para o planeta

Filippe Moura

6 min de leitura
Carreira, Diversidade
Ninguém fala disso, mas muitos profissionais mais velhos estão discriminando a si mesmos com a tecnofobia. Eles precisam compreender que a revolução digital não é exclusividade dos jovens

Ricardo Pessoa

4 min de leitura
ESG
Entenda viagens de incentivo só funcionam quando deixam de ser prêmios e viram experiências únicas

Gian Farinelli

6 min de leitura
Liderança
Transições de liderança tem muito mais relação com a cultura e cultura organizacional do que apenas a referência da pessoa naquela função. Como estão estas questões na sua empresa?

Roberto Nascimento

6 min de leitura
Inovação
Estamos entrando na era da Inteligência Viva: sistemas que aprendem, evoluem e tomam decisões como um organismo autônomo. Eles já estão reescrevendo as regras da logística, da medicina e até da criatividade. A pergunta que nenhuma empresa pode ignorar: como liderar equipes quando metade delas não é feita de pessoas?

Átila Persici

6 min de leitura
Gestão de Pessoas
Mais da metade dos jovens trabalhadores já não acredita no valor de um diploma universitário — e esse é só o começo da revolução que está transformando o mercado de trabalho. Com uma relação pragmática com o emprego, a Geração Z encara o trabalho como negócio, não como projeto de vida, desafiando estruturas hierárquicas e modelos de carreira tradicionais. A pergunta que fica: as empresas estão prontas para se adaptar, ou insistirão em um sistema que não conversa mais com a principal força de trabalho do futuro?

Rubens Pimentel

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
US$ 4,4 trilhões anuais. Esse é o prêmio para empresas que souberem integrar agentes de IA autônomos até 2030 (McKinsey). Mas o verdadeiro desafio não é a tecnologia – é reconstruir processos, culturas e lideranças para uma era onde máquinas tomam decisões.

Vitor Maciel

6 min de leitura
ESG
Um ano depois e a chuva escancara desigualdades e nossa relação com o futuro

Anna Luísa Beserra

6 min de leitura
Empreendedorismo
Liderar na era digital: como a ousadia, a IA e a visão além do status quo estão redefinindo o sucesso empresarial

Bruno Padredi

5 min de leitura
Liderança
Conheça os 4 pilares de uma gestão eficaz propostos pelo Vice-Presidente da BossaBox

João Zanocelo

6 min de leitura