Inovação
4 min de leitura

Entenda como a Docol integra sua área de design com o pensamento econômico em sua alta administração

Em entrevista com Rodrigo Magnago, Fernando Gama nos conta como a Docol tem despontado unindo a cultura do design na organização
Rodrigo Magnago é um executivo global com 12 anos de experiência na Ásia, onde atuou em países como Paquistão, Índia, China, Coreia do Sul e Taiwan, liderando operações e negócios internacionais. Com passagens por Estados Unidos, América Latina e Europa, desenvolveu expertise em transações cross-border, legislações tributárias e regulatórias, além de modelos organizacionais industriais e pós-modernos — desde técnicas como 5S, Lean e Six Sigma até ESG e dinâmicas de cultura corporativa. Atua como executivo temporário e conselheiro para empresas em cenários de transformação estratégica, apoiando diretores e acionistas na racionalização de decisões econômicas e na eficiência operacional. É membro do comitê global de Inovação da Fast Company, ao lado de líderes de Universal Studios, Microsoft, Coca-Cola e United Airlines,

Compartilhar:

Depois de uma grande presença do Brasil no iF Awards 2025, onde nosso país foi representado por mais de 50 equipes de desenvolvimento, que acumularam 85 troféus em diferentes categorias, o país mostrou que não é coadjuvante no cenário global. E é extremamente ativo em pontos críticos, afinal, dados da McKinsey revelam que empresas que elevam o design ao nível estratégico duplicam o retorno para acionistas — mas menos de 5% dos executivos se sentem aptos a tomar decisões objetivas nessa área.

Por conta do eco que este evento proporcionou, nesta série exclusiva, mergulhamos nas mentes por trás dos projetos premiados. Conversamos com os estrategistas e diretores que estão redesenhando seus produtos e o próprio valor da indústria brasileira. Nesta primeira conversa, trouxemos Fernando Gama, CMO da Docol.

Fernando nos contou que a Docol tem mais de 50 prêmios de design. Só em 2025 foram 6 projetos inscritos no iF Design Awards e todos premiados, o que leva a empresa ao posto de organização mais presente e vencedora em premiações de design na América Latina.

Para ele, embora seja uma empresa nacional de capital fechado, a Docol tem cabeça de multinacional e uma governança efetiva, que está presente em todas as áreas da empresa.

“Eu e o Fábio Campanha, que é Head de Inovação e Design, estamos no board, o que mostra que a Docol entendeu há muito tempo que o consumidor e suas necessidades precisam estar presentes nas decisões da empresa. Além disso, sou diretor estatutário, o que demonstra a presença efetiva dessa disciplina na gestão da Docol.”

Fernando conta que a comunicação sobre o tema no board é feita com assistência direta do CFO, Sérgio Freire, afinal todos os projetos têm modelagem de capital definidos, e que é perceptível que todos os diretores e o CEO, Guilherme Bertani, apoiam a cultura e as iniciativas.

Além disso, na Docol os feedbacks e loopings de desenvolvimento dos projetos seguem um rito formal, com agenda e métodos sempre bem observados.

O design também está integrado a valores da cultura de negócios da Docol, diretamente ligado à marca e ao propósito da empresa, e fundamenta os pilares estratégicos, que são funcionalidade, experiência e sustentabilidade. Fernando acredita que sem o rito formalíssimo do design como disciplina, provavelmente essa estrutura estratégica não conseguiria se materializar.

“Quanto ao consumidor, tentamos olhar o domicílio Brasileiro de forma sistêmica, contando com o trabalho de diversos institutos de pesquisa, e combinando essas informações com nossas áreas de inteligência de mercado e nossos times de campo, que nos retroalimentam com informações dos canais de distribuição.”

Ou seja, a área de design é integrada com o pensamento econômico que permeia a gestão da Docol quando se trata de alta administração.

Outro aspecto importante é a penetração do design da Docol nos diferentes segmentos de consumidores, e isso se dá pela cultura de design que está incorporada na organização.

Se os investimentos em projetos com alta carga de design começam pelos produtos de alto ticket, que recebem maiores orçamentos pelas exigências técnicas, os produtos econômicos se apropriam das mesmas condições ao longo do tempo, fenômeno explicado pela transferência natural de conhecimento entre os times e a alavancagem operacional das técnicas desenvolvidas e dos recursos utilizados.

Um exemplo claro dessa penetração da cultura do design na organização é que a linha Presmatic, torneiras que tem acionamento simplificado e fechamento automático, estão presentes em obras do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.

Segundo Fernando, a Docol segue firme em seu programa de investimentos em Design, que já mostrou efetividade em manutenção de mercados, performance corporativa e ganhos para todos os stakeholders.

Fernando Gama ocupa o cargo de CMO na Docol e tem uma carreira sólida em empresas com marcas de consumo relevante, tomando como exemplo a Reckitt, onde esteve à frente de marcas como Veja e Vanish.

Projetos da Docol premiados no iF Design Awards em 2025:

Docol Twist – design por Ana Neute, SP.

Stand Docol Revestir 2024 – design por Ana Neute, SP.

Linha Benefit – design por Docol.

Linha Pressmatic Ômega – design por Docol.

Docol Flow – design por Marcelo Alves, Docol.

Linha Mantis – design por Marcelo Alvarenga e Juliana Figueiró, MG.

Compartilhar:

Rodrigo Magnago é um executivo global com 12 anos de experiência na Ásia, onde atuou em países como Paquistão, Índia, China, Coreia do Sul e Taiwan, liderando operações e negócios internacionais. Com passagens por Estados Unidos, América Latina e Europa, desenvolveu expertise em transações cross-border, legislações tributárias e regulatórias, além de modelos organizacionais industriais e pós-modernos — desde técnicas como 5S, Lean e Six Sigma até ESG e dinâmicas de cultura corporativa. Atua como executivo temporário e conselheiro para empresas em cenários de transformação estratégica, apoiando diretores e acionistas na racionalização de decisões econômicas e na eficiência operacional. É membro do comitê global de Inovação da Fast Company, ao lado de líderes de Universal Studios, Microsoft, Coca-Cola e United Airlines,

Artigos relacionados

Até quando o benchmark é bom?

Inspirar ou limitar? O benchmark pode ser útil – até o momento em que te afasta da sua singularidade. Descubra quando olhar para fora deixa de fazer sentido.

“Womenomics”, a economia movida a equidade de gênero

Imersão de mais de 10 horas em São Paulo oferece conteúdo de alto nível, mentorias com especialistas, oportunidades de networking qualificado e ferramentas práticas para aplicação imediata para mulheres, acelerando oportunidades para um novo paradigma econômico

Liderança, Gestão de Pessoas, Lifelong learning
11 de agosto de 2025
Liderar hoje exige mais do que estratégia - exige repertório. É preciso parar e refletir sobre o novo papel das lideranças em um mundo diverso, veloz e hiperconectado. O que você tem feito para acompanhar essa transformação?

Bruno Padredi

3 minutos min de leitura
Diversidade, Estratégia, Gestão de Pessoas
8 de agosto de 2025
Já parou pra pensar se a diversidade na sua empresa é prática ou só discurso? Ser uma empresa plural é mais do que levantar a bandeira da representatividade - é estratégia para inovar, crescer e transformar.

Natalia Ubilla

5 minutos min de leitura
ESG, Cultura organizacional, Inovação
6 de agosto de 2025
Inovar exige enxergar além do óbvio - e é aí que a diversidade se torna protagonista. A B&Partners.co transformou esse conceito em estratégia, conectando inclusão, cultura organizacional e metas globais e impactou 17 empresas da network!

Dilma Campos, Gisele Rosa e Gustavo Alonso Pereira

9 minutos min de leitura
Cultura organizacional, ESG, Gestão de pessoas, Liderança, Marketing
5 de agosto de 2025
No mundo corporativo, reputação se constrói com narrativas, mas se sustenta com integridade real - e é justamente aí que muitas empresas tropeçam. É o momento de encarar os dilemas éticos que atravessam culturas organizacionais, revelando os riscos de valores líquidos e o custo invisível da incoerência entre discurso e prática.

Cristiano Zanetta

6 minutos min de leitura
Inteligência artificial e gestão, Estratégia e Execução, Transformação Digital, Gestão de pessoas
29 de julho de 2025
Adotar IA deixou de ser uma aposta e se tornou urgência competitiva - mas transformar intenção em prática exige bem mais do que ambição.

Vitor Maciel

3 minutos min de leitura
Carreira, Aprendizado, Desenvolvimento pessoal, Lifelong learning, Pessoas, Sociedade
27 de julho de 2025
"Tudo parecia perfeito… até que deixou de ser."

Lilian Cruz

5 minutos min de leitura
Inteligência Artificial, Gestão de pessoas, Tecnologia e inovação
28 de julho de 2025
A ascensão dos conselheiros de IA levanta uma pergunta incômoda: quem de fato está tomando as decisões?

Marcelo Murilo

8 minutos min de leitura
Liderança, Cultura organizacional, Liderança
25 de julho de 2025
Está na hora de entender como o papel de CEO deixou de ser sinônimo de comando isolado para se tornar o epicentro de uma liderança adaptativa, colaborativa e guiada por propósito. A era do “chefão” dá lugar ao maestro estratégico que rege talentos diversos em um cenário de mudanças constantes.

Bruno Padredi

2 minutos min de leitura
Desenvolvimento pessoal, Carreira, Carreira, Desenvolvimento pessoal
23 de julho de 2025
Liderar hoje exige muito mais do que seguir um currículo pré-formatado. O que faz sentido para um executivo pode não ressoar em nada para outro. A forma como aprendemos precisa acompanhar a velocidade das mudanças, os contextos individuais e a maturidade de cada trajetória profissional. Chegou a hora de parar de esperar por soluções genéricas - e começar a desenhar, com propósito, o que realmente nos prepara para liderar.

Rubens Pimentel

4 minutos min de leitura
Pessoas, Cultura organizacional, Gestão de pessoas, Liderança, times e cultura, Liderança, Gestão de Pessoas
23 de julho de 2025
Entre idades, estilos e velocidades, o que parece distância pode virar aprendizado. Quando escuta substitui julgamento e curiosidade toma o lugar da resistência, as gerações não competem - colaboram. É nessa troca sincera que nasce o que importa: respeito, inovação e crescimento mútuo.

Ricardo Pessoa

5 minutos min de leitura