Direto ao ponto

O executivo-chefe de motivação entrou na sala

O principal papel de todo gestor hoje é descobrir os motivadores de cada um dos membros da equipe e atender a suas preferências

Compartilhar:

Caso seja pai ou mãe, você já deve ter notado que seus filhos se motivam com coisas distintas, certo? Um se anima com a chance de aprender, a outra quer ganhar status. No escritório, é igual. Como, na epidemia de desengajamento (ou seria pandemia?), ter gente motivada é um diferencial cada vez maior para as empresas, Rachel Pacheco propõe o que crê ser o novo papel do gestor: descobrir os motivadores preferidos pelos funcionários e atender a tais preferências. Pacheco, professora da Wharton School e autora de Bringing Up the Boss, ensina como gerenciar para motivar na Knowledge@Wharton. Basta endereçar a necessidade primária de cada pessoa do time (conforme o livro *Teoria da Motivação Humana*, de David McClelland). Eis o que fazer:

1. __Se a necessidade é de realização.__ Este colaborador é motivado por metas claras. Gosta de ver o progresso no que faz e de receber feedback regular e se sente atraído por ambientes meritocráticos. Use também: promoções (ele precisa saber que isso está no radar), projetos desafiadores (em que os resultados possam ser atribuídos a seus esforços), elogios (a sua contribuição específica).

2. __Se a necessidade é de poder.__ Este perfil é motivado pela competição e pela possibilidade de influenciar os outros. Além disso, gosta de ter controle sobre as situações e de assumir responsabilidades. Com ele funciona: recompensas ao trabalho bem feito, projetos com inclinação competitiva (como meta de vendas), sentimento de dono dos projetos, ganho de responsabilidades de gestão, elogios por uma decisão certa, validação do impacto de suas ideias e trabalho sobre um resultado (ainda mais quando você envia um e-mail elogiando-o a um membro sênior da equipe).

3. __Se a necessidade é de pertencimento.__ Fazer parte da turma, sentindo um forte senso de comunidade no local de trabalho, é tudo que este funcionário quer. Ele adora ajudar os outros e fica na organização por lealdade à equipe. Então, cuide para que seja bem aceito no grupo e que se sinta parte da equipe em todos os momentos. Passe algum tempo construindo um relacionamento pessoal com este indivíduo e criando um espaço (ou uma rotina) para orientá-lo. Fique vigilante quanto a situações em que ele possa se sentir socialmente excluído e evite-as ao máximo.

__Leia mais: [Centauros são os novos unicórnios](https://www.revistahsm.com.br/post/centauros-sao-os-novos-unicornios)__

Compartilhar:

Artigos relacionados

A aposta calculada que levou o Boticário a ser premiado no iF Awards

Enquanto concorrentes correm para lançar coleções sazonais inspiradas em tendências efêmeras, o Boticário demonstra que compreende um princípio fundamental: o verdadeiro valor do design não está na estética superficial, mas em sua capacidade de gerar impacto social e econômico simultaneamente. A linha Make B., vencedora do iF Design Award 2025, não é um produto de beleza – é um manifesto estratégico.

Quando o colaborador é o problema

Ambientes tóxicos nem sempre vêm da cultura – às vezes, vêm de uma única pessoa. Entenda como identificar e conter comportamentos silenciosos que desestabilizam equipes e ameaçam a saúde organizacional.

Inovação
Enquanto você lê mais um relatório de tendências, seus concorrentes estão errando rápido, abolindo burocracias e contratando por habilidades. Não é só questão de currículos. Essa é a nova guerra pela inovação.

Alexandre Waclawovsky

8 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A aplicação da inteligência artificial e um novo posicionamento da liderança tornam-se primordiais para uma gestão lean de portfólio

Renata Moreno

4 min de leitura
Finanças
Taxas de juros altas, inovação subfinanciada: o mapa para captar recursos em melhorias que já fazem parte do seu DNA operacional, mas nunca foram formalizadas como inovação.

Eline Casasola

5 min de leitura
Empreendedorismo
Contratar um Chief of Staff pode ser a solução que sua empresa precisa para ganhar agilidade e melhorar a governança

Carolina Santos Laboissiere

7 min de leitura
ESG
Quando 84% dos profissionais com deficiência relatam saúde mental afetada no trabalho, a nova NR-1 chega para transformar obrigação legal em oportunidade estratégica. Inclusão real nunca foi tão urgente

Carolina Ignarra

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 2º no ranking mundial de burnout e 472 mil licenças em 2024 revelam a epidemia silenciosa que também atinge gestores.
5 min de leitura
Inovação
7 anos depois da reforma trabalhista, empresas ainda não entenderam: flexibilidade legal não basta quando a gestão continua presa ao relógio do século XIX. O resultado? Quiet quitting, burnout e talentos 45+ migrando para o modelo Talent as a Service

Juliana Ramalho

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 4º país com mais crises de saúde mental no mundo e 500 mil afastamentos em 2023. As empresas que ignoram esse tsunami pagarão o preço em produtividade e talentos.

Nayara Teixeira

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Empresas que integram IA preditiva e machine learning ao SAP reduzem custos operacionais em até 30% e antecipam crises em 80% dos casos.

Marcelo Korn

7 min de leitura
Empreendedorismo
Reinventar empresas, repensar sucesso. A megamorfose não é mais uma escolha e sim a única saída.

Alain S. Levi

4 min de leitura