Desenvolvimento pessoal

Tecnologia, Educação e o Futuro

Artigo publicado na revista Fast Company destaca as transformações no mercado de trabalho e questiona o preparo do sistema educacional

Compartilhar:

O anúncio da Amazon, de que investirá US$ 700 milhões para retreinar 100 mil funcionários em novas tecnologias, enviou um sinal claro: os empregos do futuro exigirão competências nos campos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês). 

“As fronteiras menos marcadas entres empregos técnicos e não técnicos indicam uma mudança significativa para todo o mercado e transformará a estrutura e a natureza do trabalho”, destaca Scott F. Latham, professor de Gestão Estratégica na University of Massachusetts Lowell, em artigo publicado na revista Fast Company.

Na avaliação do especialista, nas próximas décadas, será raro encontrar trabalho que não envolva um robô ou uma ferramenta de inteligência artificial. “Um dos campos de mais rápido crescimento é o da interação entre robôs e seres humanos e o desenvolvimento de robôs colaborativos, conhecidos como ‘co-bots’. Os humanos que tiverem sorte e não forem substituídos pela inteligência artificial deverão, de qualquer maneira, ser capazes de trabalhar com alguma forma de IA”, escreve Latham.  

**IMPACTO NA EDUCAÇÃO**

Além de alertar para as mudanças significativas das posições de trabalho no futuro, o professor levanta uma questão: quem garantirá que a mão de obra esteja preparada para esse desafio?

Ele destaca que a Amazon, a exemplo do que ocorre em outras companhias, planeja utilizar apenas sua própria estrutura e seus programas internos para o treinamento que anunciou. Outras empresas, como o Google, seguem no mesmo caminho.

“As universidades não fazem parte do plano. Acredito, porém, que o mercado de trabalho que vem surgindo demanda uma educação de nível superior”, argumenta Latham. O problema, admite, é que as universidades estão desenhadas para uma a revolução industrial do passado. “O tempo médio de uma graduação é de cinco anos. Isso é muito lento”, acrescenta. 

Em outras palavras, alerta o especialista, o ensino superior precisa se tornar mais adaptativo e inovador. Se isso não acontecer, as empresas vão continuar a assumir a dianteira do processo de formação do mercado de trabalho do futuro.

Compartilhar:

Artigos relacionados

A aposta calculada que levou o Boticário a ser premiado no iF Awards

Enquanto concorrentes correm para lançar coleções sazonais inspiradas em tendências efêmeras, o Boticário demonstra que compreende um princípio fundamental: o verdadeiro valor do design não está na estética superficial, mas em sua capacidade de gerar impacto social e econômico simultaneamente. A linha Make B., vencedora do iF Design Award 2025, não é um produto de beleza – é um manifesto estratégico.

Quando o colaborador é o problema

Ambientes tóxicos nem sempre vêm da cultura – às vezes, vêm de uma única pessoa. Entenda como identificar e conter comportamentos silenciosos que desestabilizam equipes e ameaçam a saúde organizacional.

Inovação
15 de julho de 2025
Olhar para um MBA como perda de tempo é um ponto cego que tem gerado bastante eco ultimamente. Precisamos entender que, num mundo complexo, cada estudo constrói nossas perspectivas para os desafios cotidianos.

Frederike Mette e Paulo Robilloti

6 min de leitura
User Experience, UX
Na era da indústria 5.0, priorizar as necessidades das pessoas aos objetivos do negócio ganha ainda mais relevância

GEP Worldwide - Manoella Oliveira

9 min de leitura
Tecnologia e inovação, Empreendedorismo
Esse fio tem a ver com a combinação de ciências e humanidades, que aumenta nossa capacidade de compreender o mundo e de resolver os grandes desafios que ele nos impõe

CESAR - Eduardo Peixoto

6 min de leitura
Inovação
Cinco etapas, passo a passo, ajudam você a conseguir o capital para levar seu sonho adiante

Eline Casasola

4 min de leitura
Transformação Digital, Inteligência artificial e gestão
Foco no resultado na era da IA: agilidade como alavanca para a estratégia do negócio acelerada pelo uso da inteligência artificial.

Rafael Ferrari

12 min de leitura
Negociação
Em tempos de transformação acelerada, onde cenários mudam mais rápido do que as estratégias conseguem acompanhar, a negociação se tornou muito mais do que uma habilidade tática. Negociar, hoje, é um ato de consciência.

Angelina Bejgrowicz

6 min de leitura
Inclusão
Imagine estar ao lado de fora de uma casa com dezenas de portas, mas todas trancadas. Você tem as chaves certas — seu talento, sua formação, sua vontade de crescer — mas do outro lado, ninguém gira a maçaneta. É assim que muitas pessoas com deficiência se sentem ao tentar acessar o mercado de trabalho.

Carolina Ignarra

4 min de leitura
Saúde Mental
Desenvolver lideranças e ter ferramentas de suporte são dois dos melhores para caminhos para as empresas lidarem com o desafio que, agora, é também uma obrigação legal

Natalia Ubilla

4 min min de leitura
Carreira, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
Cris Sabbag, COO da Talento Sênior, e Marcos Inocêncio, então vice-presidente da epharma, discutem o modelo de contratação “talent as a service”, que permite às empresas aproveitar as habilidades de gestores experientes

Coluna Talento Sênior

4 min de leitura
Uncategorized, Inteligência Artificial

Coluna GEP

5 min de leitura