Assunto pessoal

Uma nanoferramenta de equipe contra o burnout

Seis recursos intangíveis podem aumentar a resiliência dos colaboradores, como propõe a especialista em estresse Paula Davis na Knowledge@Wharton

Compartilhar:

A área de educação executiva da Wharton School criou, em parceria com o centro para a liderança e a gestão da mudança da instituição, um programa chamado “NanoTools for Leaders”. Consiste em lições rápidas, de 15 minutos, sobre ferramentas de liderança fáceis de aplicar e que podem impactar o sucesso do líder sobre a produtividade e o engajamento de sua equipe.

Selecionamos para este espaço a nanoferramenta da Paula Davis, fundadora e CEO do Stress & Resilience Institute: a ferramenta da resiliência em equipe. Muito se fala sobre resiliência individual, mas, na visão de Davis, tão ou mais importante é garantir a resiliência das equipes, tanto para o desempenho como para evitar episódios de burnout.

Como todos sabemos, existem muitos fatores fora de nosso controle que afetam a resiliência de uma equipe e, por sua vez, o desempenho: não conseguir contratar mais membros mesmo havendo acúmulo de tarefas, não ter um orçamento maior, não ter melhores equipamentos, não ter a tecnologia ou a carga de trabalho mais adequada. “Equipes resilientes e de alto desempenho usam muitos recursos intangíveis”, escreve Paula Davis na Knowledge@Wharton.

A especialista propõe criar mais recursos de trabalho, em vez de tentar diminuir as demandas de trabalho – segundo ela, mais recursos aumentam as chances de prevenir o esgotamento. Se for possível, trata-se também de recursos tangíveis – finanças, pessoal, tecnologia e/ou equipamentos, mas ela propõe recursos intangíveis e menos óbvios “e não menos importantes”, como estes:

1. Eliminar a repetição. Algum processo ou tarefa pode ser automatizado ou transformado em template compartilhável e reutilizável? Não precisar reinventar a roda vale ouro, porque economiza tempo.
2. Aprender lições de desafios anteriores. Considere reservar alguns minutos durante as reuniões regulares para que os membros da equipe compartilhem suas histórias.
3. Identificar quem pode ajudar. Às vezes, a equipe tem um profissional bom de texto ou de design que pode criar apresentações. Pensar que é preciso “fazer tudo sozinho” aumenta a carga e o estresse de sua equipe.
4. Promover cultura de aprendizado. Apoie a experimentação, o pensamento inovador e a tomada de riscos.
5. Ser vigilante. Coloque alguém encarregado de monitorar o setor – a concorrência – para evitar sustos estressantes.
6. Predefinir o que será feito se houver algum caso de burnout. Como todos são afetados, faz sentido ter um plano para alguém que mostre sinais de esgotamento.

__Leia mais: [MVPs para ganhar coragem](https://www.revistahsm.com.br/post/mvps-para-ganhar-coragem)__

Compartilhar:

Artigos relacionados

Homo confusus no trabalho: Liderança, negociação e comunicação em tempos de incerteza

Em um mundo sem mapas claros, o profissional do século 21 não precisa ter todas as respostas – mas sim coragem para sustentar as perguntas certas.
Neste artigo, exploramos o surgimento do homo confusus, o novo ser humano do trabalho, e como habilidades como liderança, negociação e comunicação intercultural se tornam condições de sobrevivência em tempos de ambiguidade, sobrecarga informacional e transformações profundas nas relações profissionais.

Transformação Digital, Inteligência artificial e gestão
Foco no resultado na era da IA: agilidade como alavanca para a estratégia do negócio acelerada pelo uso da inteligência artificial.

Rafael Ferrari

12 min de leitura
Negociação
Em tempos de transformação acelerada, onde cenários mudam mais rápido do que as estratégias conseguem acompanhar, a negociação se tornou muito mais do que uma habilidade tática. Negociar, hoje, é um ato de consciência.

Angelina Bejgrowicz

6 min de leitura
Inclusão
Imagine estar ao lado de fora de uma casa com dezenas de portas, mas todas trancadas. Você tem as chaves certas — seu talento, sua formação, sua vontade de crescer — mas do outro lado, ninguém gira a maçaneta. É assim que muitas pessoas com deficiência se sentem ao tentar acessar o mercado de trabalho.

Carolina Ignarra

4 min de leitura
Saúde Mental
Desenvolver lideranças e ter ferramentas de suporte são dois dos melhores para caminhos para as empresas lidarem com o desafio que, agora, é também uma obrigação legal

Natalia Ubilla

4 min min de leitura
Carreira, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
Cris Sabbag, COO da Talento Sênior, e Marcos Inocêncio, então vice-presidente da epharma, discutem o modelo de contratação “talent as a service”, que permite às empresas aproveitar as habilidades de gestores experientes

Coluna Talento Sênior

4 min de leitura
Uncategorized, Inteligência Artificial

Coluna GEP

5 min de leitura
Cobertura de evento
Cobertura HSM Management do “evento de eventos” mostra como o tempo de conexão pode ser mais bem investido para alavancar o aprendizado

Redação HSM Management

2 min de leitura
Empreendedorismo
Embora talvez estejamos longe de ver essa habilidade presente nos currículos formais, é ela que faz líderes conscientes e empreendedores inquietos

Lilian Cruz

3 min de leitura
Marketing Business Driven
Leia esta crônica e se conscientize do espaço cada vez maior que as big techs ocupam em nossas vidas

Rafael Mayrink

3 min de leitura
Empreendedorismo
Falta de governança, nepotismo e desvios: como as empresas familiares repetem os erros da vilã de 'Vale Tudo'

Sergio Simões

7 min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)