Estratégia e Execução

Amorisco e casamento

Segundo pesquisa feita em Wharton, CEOs solteiros, mais dispostos a ousar, investem 75% mais no negócio

Compartilhar:

Um achado de um professor de finanças da Wharton School pode deixar os headhunters de cabelo em pé. O estudo Status, Marriage and Managers’ Attitudes to Risk, de Nikolai Roussanov em conjunto com Pavel Savor, professor da Fox School of Business, sugere que executivos solteiros, especialmente CEOs, são muito mais agressivos e ousados em suas decisões, dispostos a correr riscos, do que os casados, conservadores. Os pesquisadores chegaram a essa hipótese cruzando as decisões arriscadas de presidentes homens e mulheres de 1,5 mil companhias abertas e seu estado civil. Mais ainda, as empresas lideradas por CEOs solteiros tendem a investir 75% mais e, embora parte da diferença possa ser atribuída ao fato de que líderes solteiros dirigem empresas mais jovens e menores, que crescem mais rápido, isso não explica o resultado inteiramente. Conforme Roussanov afirmou à Knowledge@Wharton, uma explicação para o fenômeno seria a de que, com suas conquistas, os solteiros buscam exibir-se para uma potencial cara-metade. Não se deve mudar a seleção de executivos por isso, claro, mas os conselhos de administração talvez tenham de passar a recompensá-los –especialmente nos bônus por desempenho– levando em conta seu estado civil. 

Com um “contrapeso” para suas decisões, o CEO não arriscará demais. Ou de menos. 

> **Os benefícios da não conformidade**
>
> Vestir-se de maneira não convencional pode passar a mensagem de autonomia se for percebido como proposital
>
> Imagine que, no Brasil, o presidente de uma empresa apareça de bermuda em um evento para investidores que precede a abertura do capital. 
>
> Provavelmente seria um escândalo. Mas algo parecido aconteceu com Mark Zuckerberg, que vestiu um moletom com capuz na reunião pré-IPO de seu Facebook. E, se alguns interpretariam isso como desrespeito, a maioria o leu como sinal de autoconfiança. Por que a não conformidade na aparência é percebida de modo positivo em um caso e negativo em outro? Silvia Bellezza, Francesca Gino e Anat Keinan, respectivamente doutoranda e professoras da Harvard Business School, deram a resposta na revista MIT Sloan Management Review, com base em estudos que fizeram. Segundo elas, a visão positiva depende da percepção de que aquilo foi deliberado –no caso, a mensagem é de autonomia. Já a situação contrária é percebida como ignorância do dress code, falta de dinheiro ou ausência de bom gosto para roupas.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Como o fetiche geracional domina a agenda dos relatórios de tendência

Relatórios de tendências ajudam, mas não explicam tudo. Por exemplo, quando o assunto é comportamento jovem, não dá pra confiar só em categorias genéricas – como “Geração Z”. Por isso, vale refletir sobre como o fetiche geracional pode distorcer decisões estratégicas – e por que entender contextos reais é o que realmente gera valor.

Processo seletivo é a porta de entrada da inclusão

Ainda estamos contratando pessoas com deficiência da mesma forma que há décadas – e isso precisa mudar. Inclusão começa no processo seletivo, e ignorar essa etapa é excluir talentos. Ações afirmativas e comunicação acessível podem transformar sua empresa em um espaço realmente inclusivo.

Você tem repertório para liderar?

Liderar hoje exige mais do que estratégia – exige repertório. É preciso parar e refletir sobre o novo papel das lideranças em um mundo diverso, veloz e hiperconectado. O que você tem feito para acompanhar essa transformação?

Liderança
Por em prática nunca é um trabalho fácil, mas sempre é um reaprendizado. Hora de expor isso e fazer o que realmente importa.

Caroline Verre

5 min de leitura
Inovação
Segundo a Gartner, ferramentas low-code e no-code já respondem por 70% das análises de dados corporativos. Entenda como elas estão democratizando a inteligência estratégica e por que sua empresa não pode ficar de fora dessa revolução.

Lucas Oller

6 min de leitura
ESG
No ATD 2025, Harvard revelou: 95% dos empregadores valorizam microcertificações. Mesmo assim, o reskilling que realmente transforma exige 3 princípios urgentes. Descubra como evitar o 'caos das credenciais' e construir trilhas que movem negócios e carreiras.

Poliana Abreu

6 min de leitura
Empreendedorismo
33 mil empresas japonesas ultrapassaram 100 anos com um segredo ignorado no Ocidente: compaixão gera mais longevidade que lucro máximo.

Poliana Abreu

6 min de leitura
Liderança
70% dos líderes não enxergam seus pontos cegos e as empresas pagam o preço. O antídoto? Autenticidade radical e 'Key People Impact' no lugar do controle tóxico

Poliana Abreu

7 min de leitura
Liderança
15 lições de liderança que Simone Biles ensinou no ATD 2025 sobre resiliência, autenticidade e como transformar pressão em excelência.

Caroline Verre

8 min de leitura
Liderança
Conheça 6 abordagens práticas para que sua aprendizagem se reconfigure da melhor forma

Carol Olinda

4 min de leitura
Cultura organizacional, Estratégia e execução
Lembra-se das Leis de Larman? As organizações tendem a se otimizar para não mudar; então, você precisa fazer esforços extras para escapar dessa armadilha. Os exemplos e as boas práticas deste artigo vão ajudar

Norberto Tomasini

4 min de leitura
Carreira, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
A área de gestão de pessoas é uma das mais capacitadas para isso, como mostram suas iniciativas de cuidado. Mas precisam levar em conta quatro tipos de necessidades e assumir ao menos três papéis

Natalia Ubilla

3 min de leitura
Estratégia
Em um mercado onde a reputação é construída (ou desconstruída) em tempo real, não controlar sua própria narrativa é um risco que nenhum executivo pode se dar ao luxo de correr.

Bruna Lopes

7 min de leitura