Uncategorized

Como promover o reconhecimento de colaboradores em meio ao trabalho híbrido

Co-general manager do primeiro unicórnio de benefícios do Brasil, Marcelo Ramos comenta como gerar sinergia, engajamento e espírito de equipe independentemente do modelo de trabalho
Jornalista na República – Agência de Conteúdo e colaborador da HSM Management

Compartilhar:

O [modelo híbrido de trabalho](https://www.revistahsm.com.br/post/cinco-pilares-da-gestao-de-pessoas-no-trabalho-hibrido) tem uma vantagem importante: ao adotar o formato, é possível individualizar a experiência do colaborador. Isso significa oferecer condições personalizadas para que cada funcionário entregue o seu melhor. Ainda assim, essa transição organizacional não está livre de obstáculos.

Na maioria das vezes, as mesmas pessoas que pedem por autonomia e flexibilidade expressam o desejo de ter mais contato com os colegas. Essa aparente contradição levou o CEO da Microsoft, Satya Nadella, a cunhar o termo “[hybrid paradox](https://www.linkedin.com/pulse/hybrid-work-paradox-satya-nadella/)”. Em linhas gerais, a mudança de paradigma requer um novo modelo operacional, abrangendo pessoas, lugares e processos.

A recomendação é estabelecer uma comunicação clara e assertiva. Dessa forma, o senso de reciprocidade estabelecido entre empregador e trabalhador continuará presente. É o que aponta Marcelo Ramos, co-general manager da [Swile](https://www.swile.co/pt-br), empresa internacional de worklife experience que acaba de chegar ao Brasil com [benefícios flexíveis.](https://blog.vee.digital/beneficios-flexiveis/)

“Muitas vezes, a falta de comunicação resulta na perda de talentos. O desafio é ainda maior quando há distinções de tratamento geradas pelo formato de trabalho adotado pela empresa. Cabe ao gestor ouvir o colaborador, além de acompanhar as pesquisas de clima e o eNPS (employee Net Promoter Score) da organização”, afirma Ramos.

De certa maneira, depois da adaptação forçada dos funcionários ao home office, foi definido um novo padrão na experiência de trabalho. Com o retorno ao escritório, no entanto, é preciso preparar as lideranças para engajar o colaborador independentemente do modelo adotado. “A experiência deve ser personalizada de acordo com o estilo de vida e a necessidade de cada integrante da equipe”, ressalta.

## Do balaio de vantagens à necessidade particular
Na análise de Ramos, desde que atenda à singularidade dos funcionários, os [benefícios flexíveis](https://www.swile.co/pt-br/solutions/beneficios-flexiveis) são uma forma de aprimorar a cultura interna. “A entrega de um benefício personalizado comprova o cuidado com o colaborador. A pessoa entende que pode se movimentar e aproveitar suas vantagens como preferir. A partir desse momento, você individualiza o sentimento”, acrescenta.

A flexibilização de benefícios também significa uma melhora em termos de [engajamento](https://blog.vee.digital/desafios-familiares-engajamento-produtividade-e-o-home-office/). Ao tratar o serviço como um ativo para a individualização da jornada, é mais fácil tornar tangível a importância de cada colaborador para a organização. Essa mentalidade precisa estar presente em todas as áreas da empresa, além de ser reforçada de modo constante.

Para tanto, Ramos indica uma série de medidas complementares. Entre elas, a criação de enquetes, premiações e comemorações — exemplos de recursos utilizados pela própria Swile. Segundo o executivo, essas medidas convidam o colaborador a participar da tomada de decisão e a se sentirem reconhecidos. Por mais simbólico que o ato possa parecer.

O porta-voz da empresa afirma que a pandemia foi um fator determinante para evoluir seus serviços de employee experience da Swile. E essas mudanças também transformaram o cotidiano das equipes da própria organização. “Aqui na Swile, por exemplo, realizamos um bate-papo semanal. Trabalhamos enquetes e quizzes, convidando todos os departamentos a participarem. Essa é uma maneira de conectar pessoas independente da forma de trabalho”, diz Ramos.

## A cultura janta a estratégia
A aceitação ao modelo híbrido é fruto de uma característica específica. Coloca nas mãos do colaborador a escolha do que faz mais sentido para o seu momento de vida. Autonomia para conciliar compromissos pessoais e profissionais, assim como a redução de custos em virtude da estrutura reduzida são outros benefícios do formato.

Na verdade, essa é a tendência que se desenha para o futuro pós-pandêmico. Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria de RH Adecco, 40% dos profissionais preferem o sistema híbrido e 33% o home office. A volta ao regime presencial é preferência de apenas 16%.

Por outro lado, desenvolver a cultura organizacional quando a equipe não está no mesmo ambiente é um grande desafio. Por isso, promover encontros (virtuais e presenciais) que aproximem colaboradores que estão atuando na empresa àqueles que trabalham de casa é uma necessidade.

Um verdadeiro local de trabalho híbrido é mais do que um ponto de encontro. É um espaço dedicado ao esforço coletivo, capaz de consolidar os valores praticados pela empresa. Como nunca, o propósito e a troca de experiências precisa marcar presença em todos os pontos de contato entre a marca e o seu público interno.

O conceito de bem-estar das pessoas é outra preocupação dos gestores. Promover atividades presenciais que gerem valor para os colaboradores é uma das ações que promete renovar a cultura. No entanto, é preciso ouvir o que a equipe entende como necessidade para que o espaço de trabalho possa ser desenvolvido da melhor forma.

“Se você tem uma política de escuta ativa, o colaborador remoto não vai se importar em participar de atividades presenciais. Essa mentalidade é sazonal. As empresas precisam garantir a possibilidade e o direito de mudar de ideia”, conclui Ramos.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Os sete desafios das equipes inclusivas

Inclusão não acontece com ações pontuais nem apenas com RH preparado. Sem letramento coletivo e combate ao capacitismo em todos os níveis, empresas seguem excluindo – mesmo acreditando que estão incluindo.

Reaprender virou a palavra da vez

Reaprender não é um luxo – é sobrevivência. Em um mundo que muda mais rápido do que nossas certezas, quem não reorganiza seus próprios circuitos mentais fica preso ao passado. A neurociência explica por que essa habilidade é a verdadeira vantagem competitiva do futuro.

Tecnologia & inteligencia artificial
31 de outubro de 2025
Entenda como ataques silenciosos, como o ‘data poisoning’, podem comprometer sistemas de IA com apenas alguns dados contaminados - e por que a governança tecnológica precisa estar no centro das decisões de negócios.

Rodrigo Pereira - CEO da A3Data

6 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
30 de ouutubro de 2025
Abandonando o papel de “caçador de bugs” e se tornando um “arquiteto de testes”: o teste como uma função estratégica que molda o futuro do software

Eric Araújo - QA Engineer do CESAR

7 minutos min de leitura
Liderança
29 de outubro de 2025
O futuro da liderança não está no controle, mas na coragem de se autoconhecer - porque liderar os outros começa por liderar a si mesmo.

José Ricardo Claro Miranda - Diretor de Operações da Paschoalotto

2 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
28 de outubro 2025
A verdadeira virada digital não começa com tecnologia, mas com a coragem de abandonar velhos modelos mentais e repensar o papel das empresas como orquestradoras de ecossistemas.

Lilian Cruz - Fundadora da Zero Gravity Thinking

4 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
27 de outubro de 2025
Programas corporativos de idiomas oferecem alto valor percebido com baixo custo real - uma estratégia inteligente que impulsiona engajamento, reduz turnover e acelera resultados.

Diogo Aguilar - Fundador e Diretor Executivo da Fluencypass

4 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Inovação & estratégia
25 de outubro de 2025
Em empresas de capital intensivo, inovar exige mais do que orçamento - exige uma cultura que valorize a ambidestria e desafie o culto ao curto prazo.

Atila Persici Filho e Tabatha Fonseca

17 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
24 de outubro de 2025
Grandes ideias não falham por falta de potencial - falham por falta de método. Inovar é transformar o acaso em oportunidade com observação, ação e escala.

Priscila Alcântara e Diego Souza

6 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
23 de outubro de 2025
Alta performance não nasce do excesso - nasce do equilíbrio entre metas desafiadoras e respeito à saúde de quem entrega os resultados.

Rennan Vilar - Diretor de Pessoas e Cultura do Grupo TODOS Internacional.

4 minutos min de leitura
Uncategorized
22 de outubro de 2025
No setor de telecom, crescer sozinho tem limite - o futuro está nas parcerias que respeitam o legado e ampliam o potencial dos empreendedores locais.

Ana Flavia Martins - Diretora executiva de franquias da Algar

4 minutos min de leitura
Marketing & growth
21 de outubro de 2025
O maior risco do seu negócio pode estar no preço que você mesmo definiu. E copiar o preço do concorrente pode ser o atalho mais rápido para o prejuízo.

Alexandre Costa - Fundador do grupo Attitude Pricing (Comunidade Brasileira de Profissionais de Pricing)

5 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança