Liderança

Como ser um chefe inesquecível

Você precisa ser um líder-coach que, entre outras coisas, observa seus liderados com frequência | Por Daniel Markovitz

Compartilhar:

Você leu o Dossiê sobre coaching na **HSM Management ** nº 130? Nele mencionamos a importante figura do líder-coach. Mesmo em empresas que fazem do coaching uma parte do trabalho de seus gestores, a qualidade e o impacto do coaching corporativo raramente se compara com nossos líderes-coaches da juventude, que são professores-coaches ou treinadores esportivos-coaches dos quais geralmente nos lembramos com carinho.

Se você é um líder e quer ser um líder-coach lembrado com carinho também, vale a pena entender as principais características que eles compartilham. Em geral, sobretudo os treinadores fazem uma observação contínua dos jovens no local onde estão, têm um plano estruturado de longo alcance para cada um e o conectam a um propósito maior. Em contraste, o líder-coach corporativo típico tende a operar com observação não frequente, de modo _ad hoc_ (só quando há necessidade de ação corretiva) e se concentrando quase exclusivamente nos benefícios que resultam para o aluno individual, não para a organização como um todo.

Então, como se tornar líder-coach de que as pessoas vão se lembrar ao longo de suas carreiras?

**1** **Reserve um tempo para fornecer uma observação consistente _in loco_.** Os melhores líderes-coaches observam as pessoas regularmente no escritório, para que possam ver por si mesmos o que a pessoa está fazendo bem – e não tão bem.

**2** **Tenha uma visão de longo alcance do desenvolvimento dos funcionários.** Em vez de treinar para correção, adote uma abordagem proativa. Trate cada pessoa como um funcionário vitalício e considere as habilidades que serão necessárias ao longo de toda a sua carreira.

**3** **Crie um plano de aprendizado de longo prazo que desenvolva habilidades e experiências estrategicamente**. Mesmo que o funcionário não permaneça até a aposentadoria (e hoje, é improvável que ele o faça), você obterá os benefícios de um funcionário mais motivado e capaz.

**4** **Conecte o desenvolvimento do funcionário ao bem-estar de sua organização como um todo.** No caso de um esporte coletivo, o “porquê” é óbvio, mas nem sempre é óbvio para os funcionários de uma empresa. Se o desenvolvimento do indivíduo puder ser conectado ao bem-estar geral, mudanças comportamentais serão mais sustentáveis.

**5** **Saiba que o maior presente que um coach pode dar é desenvolver a capacidade de se adaptar e aprender.** Então, invista em construir a habilidade de resolver problemas, de superar desafios.

© Rotman Management

Editado com autorização da Rotman School of Management, da University of Toronto. Todos os direitos reservados.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Quando o colaborador é o problema

Ambientes tóxicos nem sempre vêm da cultura – às vezes, vêm de uma única pessoa. Entenda como identificar e conter comportamentos silenciosos que desestabilizam equipes e ameaçam a saúde organizacional.

Cultura organizacional, ESG, Gestão de pessoas, Liderança, Marketing
5 de agosto de 2025
No mundo corporativo, reputação se constrói com narrativas, mas se sustenta com integridade real - e é justamente aí que muitas empresas tropeçam. É o momento de encarar os dilemas éticos que atravessam culturas organizacionais, revelando os riscos de valores líquidos e o custo invisível da incoerência entre discurso e prática.

Cristiano Zanetta

6 minutos min de leitura
Inteligência artificial e gestão, Estratégia e Execução, Transformação Digital, Gestão de pessoas
29 de julho de 2025
Adotar IA deixou de ser uma aposta e se tornou urgência competitiva - mas transformar intenção em prática exige bem mais do que ambição.

Vitor Maciel

3 minutos min de leitura
Carreira, Aprendizado, Desenvolvimento pessoal, Lifelong learning, Pessoas, Sociedade
27 de julho de 2025
"Tudo parecia perfeito… até que deixou de ser."

Lilian Cruz

5 minutos min de leitura
Inteligência Artificial, Gestão de pessoas, Tecnologia e inovação
28 de julho de 2025
A ascensão dos conselheiros de IA levanta uma pergunta incômoda: quem de fato está tomando as decisões?

Marcelo Murilo

8 minutos min de leitura
Liderança, Cultura organizacional, Liderança
25 de julho de 2025
Está na hora de entender como o papel de CEO deixou de ser sinônimo de comando isolado para se tornar o epicentro de uma liderança adaptativa, colaborativa e guiada por propósito. A era do “chefão” dá lugar ao maestro estratégico que rege talentos diversos em um cenário de mudanças constantes.

Bruno Padredi

2 minutos min de leitura
Desenvolvimento pessoal, Carreira, Carreira, Desenvolvimento pessoal
23 de julho de 2025
Liderar hoje exige muito mais do que seguir um currículo pré-formatado. O que faz sentido para um executivo pode não ressoar em nada para outro. A forma como aprendemos precisa acompanhar a velocidade das mudanças, os contextos individuais e a maturidade de cada trajetória profissional. Chegou a hora de parar de esperar por soluções genéricas - e começar a desenhar, com propósito, o que realmente nos prepara para liderar.

Rubens Pimentel

4 minutos min de leitura
Pessoas, Cultura organizacional, Gestão de pessoas, Liderança, times e cultura, Liderança, Gestão de Pessoas
23 de julho de 2025
Entre idades, estilos e velocidades, o que parece distância pode virar aprendizado. Quando escuta substitui julgamento e curiosidade toma o lugar da resistência, as gerações não competem - colaboram. É nessa troca sincera que nasce o que importa: respeito, inovação e crescimento mútuo.

Ricardo Pessoa

5 minutos min de leitura
Liderança, Marketing e vendas
22 de julho de 2025
Em um mercado saturado de soluções, o que diferencia é a história que você conta - e vive. Quando marcas e líderes investem em narrativas genuínas, construídas com propósito e coerência, não só geram valor: criam conexões reais. E nesse jogo, reputação vale mais que visibilidade.

Anna Luísa Beserra

5 minutos min de leitura
Tecnologia e inovação
15 de julho 2025
Em tempos de aceleração digital e inteligência artificial, este artigo propõe a literacia histórica como chave estratégica para líderes e organizações: compreender o passado torna-se essencial para interpretar o presente e construir futuros com profundidade, propósito e memória.

Anna Flávia Ribeiro

17 min de leitura
Inovação
15 de julho de 2025
Olhar para um MBA como perda de tempo é um ponto cego que tem gerado bastante eco ultimamente. Precisamos entender que, num mundo complexo, cada estudo constrói nossas perspectivas para os desafios cotidianos.

Frederike Mette e Paulo Robilloti

6 min de leitura