Reuniões são um tema polêmico: muitos reclamam do excesso, outros do tempo perdido. E, de fato, muitos encontros poderiam virar um simples e-mail. Mas a verdade é que uma boa reunião é um espaço poderoso de criação, onde ideias, perspectivas e soluções surgem exatamente do encontro entre pessoas diferentes. Não por acaso, o próprio significado da palavra – do latim re-unire, “unir novamente” – já revela sua força: reunir pessoas, pensamentos e possibilidades.
Participar de uma reunião é muito mais do que estar presente fisicamente ou aparecer na tela. É uma chance valiosa de demonstrar preparo, maturidade profissional e capacidade de colaborar de verdade. Quem entende esse potencial amplia seu repertório, acelera seu reconhecimento e contribui para decisões mais bem construídas e melhor executadas.
E tudo começa antes do encontro. Estudar a pauta é o primeiro passo para se destacar. Quando você chega sabendo o que será discutido, evita improvisos, contribui com mais segurança e ajuda o grupo a manter o foco. Reuniões não são momentos para descobrir o que está acontecendo – são momentos para decidir.
Levar informações atualizadas da sua área também transforma a dinâmica. Dados, indicadores e exemplos concretos mostram domínio e responsabilidade. Mais do que isso, dão ao time uma base sólida para escolhas mais inteligentes, evitando achismos.
Em equipes multidisciplinares, um diferencial enorme é saber traduzir o técnico em linguagem simples. Quem domina um tema também precisa torná-lo compreensível. Quando todos entendem, todos contribuem. A discussão flui, o grupo se engaja e o resultado melhora.
Outro comportamento que faz toda a diferença é estar totalmente presente. Em um universo cheio de notificações, desligar distrações e focar no momento é mais do que educação: é respeito. A atenção plena revela detalhes que passam despercebidos quando estamos dispersos – pequenas tensões, oportunidades e insights que podem mudar o rumo da conversa.
Participar também exige equilíbrio entre falar e ouvir. A escuta qualificada é rara e vale ouro. Antes de expor seu ponto de vista, busque entender como aquilo se conecta com outras áreas. Observe não só o que as pessoas dizem, mas também o que seus gestos e expressões comunicam. Isso incentiva contribuições verdadeiras e evita ruídos.
Quando surgem divergências – e elas sempre surgem -, é a inteligência emocional que sustenta o diálogo. Pausar, respirar, perguntar antes de reagir: pequenos gestos que mostram maturidade e abrem espaço para soluções melhores do que qualquer resposta imediata. Rever opiniões também é sinal de força, não de fraqueza.
Por fim, valorize o que os colegas trazem. Perspectivas diferentes enriquecem a discussão, fortalecem o clima e tornam o ambiente mais colaborativo. Mesmo quando o tema não é da sua área, tentar compreender a lógica por trás dele amplia sua visão do negócio e sua capacidade de atuar de forma integrada.
No fundo, tudo se resume a uma ideia simples: não esteja em uma reunião só para cumprir presença – esteja para gerar valor. Contribuir não é falar mais, é falar melhor. Quando nos preparamos, ouvimos, colaboramos e nos engajamos, mostramos quem realmente está pronto para co construir.




