Liderança, Bem-estar & saúde
2 minutos min de leitura

Em tempos de hiperatividade, desacelerar pode ser estratégico

Se sua agenda lotada é motivo de orgulho, cuidado: ela pode ser sinal de falta de estratégia. Em 2026, os CEOs que ousarem desacelerar serão os únicos capazes de enxergar além do ruído.
Fundador e CEO da B2B Match, tem mais de duas décadas de atuação no mercado de eventos corporativos, já promoveu mais de 600 eventos para CEOs e C-Levels das principais organizações brasileiras. Como fundador da B2B Match, está à frente da mais exclusiva plataforma de relacionamento e geração de oportunidades do ecossistema de negócios nacional, desenvolvendo eventos e experiências que já impactaram mais de mil tomadores de decisão.

Compartilhar:


É fato (e não é nada legal) que vivemos uma era em que “fazer mais em menos tempo” virou mantra. Principalmente imerso no ecossistema dos CEOs e C-levels do país, é mais do que comum termos reuniões consecutivas, notificações incessantes e cobranças por decisões rápidas. Tudo parece girar em torno da ideia de que velocidade é sinônimo de eficiência. Mas será que realmente é?

Para termos uma ideia de contexto, dados do Ministério da Previdência Social apontam que, em 2024, foram quase meio milhão de afastamentos do trabalho, maior índice nos últimos dez anos. Além disso, licenças médicas concedidas por conta de transtornos mentais chegaram à impactantes 472.328, representando um aumento de 68%.

Nessa correria atrás de tudo e toda hora, o excesso de movimento pode mascarar a falta de direção, afinal, quando estamos sempre reagindo, raramente conseguimos pensar com profundidade. E é justamente nesse ponto que desacelerar se torna estratégico, pois acredito que é na pausa que conseguimos enxergar o que realmente importa, tomar decisões com mais consciência e identificar o que deve, ou não, ser feito.

Recentemente, foi realizado o Exponential Summit, maior exclusivo eventos para CEOs e C-levels, onde recebemos mais de 200 profissionais desse exigente ecossistema, e logo de início tivemos a presença de Thiago Arruda, da BrotherHood Brasil, que provocou um dos públicos mais acelerados a parar, respirar, preservar o silêncio. Posso dizer que, para muitos, foi algo (de certa forma) perturbadora.

Vale destacar que a desaceleração não significa improdutividade. Pelo contrário, é uma estratégia de foco. Se ampliarmos o olhar para outros ecossistemas e até mesmo países, grandes líderes e empresas inovadoras entenderam que a pausa pode ser um ativo competitivo. Isso porque ela nos força a parar para permitir a oxigenação de ideias, análise de cenários com calma e priorização do que realmente gera valor.

Acho que após essa “Era da corrida desenfreada”, com o mundo corporativo cada vez mais automatizado e movido por dados, estamos entrando em um cenário onde a vantagem está em quem consegue pensar além da velocidade. É no espaço entre uma tarefa e outra que surgem as conexões criativas, as ideias originais e as decisões inteligentes.

Desacelerar é, portanto, mais do que um direito e auxílio para melhorarmos nossa saúde mental. Trata-se de um ato de coragem. É reconhecer que o ritmo frenético nem sempre leva mais longe, às vezes, só nos faz girar mais rápido no mesmo lugar.

Então, talvez a pergunta certa não seja “como posso fazer mais?”, mas sim: “o que realmente precisa ser feito e com que propósito?”.

Pense nisso, com calma!

Compartilhar:

Fundador e CEO da B2B Match, tem mais de duas décadas de atuação no mercado de eventos corporativos, já promoveu mais de 600 eventos para CEOs e C-Levels das principais organizações brasileiras. Como fundador da B2B Match, está à frente da mais exclusiva plataforma de relacionamento e geração de oportunidades do ecossistema de negócios nacional, desenvolvendo eventos e experiências que já impactaram mais de mil tomadores de decisão.

Artigos relacionados

Os sete desafios das equipes inclusivas

Inclusão não acontece com ações pontuais nem apenas com RH preparado. Sem letramento coletivo e combate ao capacitismo em todos os níveis, empresas seguem excluindo – mesmo acreditando que estão incluindo.

Reaprender virou a palavra da vez

Reaprender não é um luxo – é sobrevivência. Em um mundo que muda mais rápido do que nossas certezas, quem não reorganiza seus próprios circuitos mentais fica preso ao passado. A neurociência explica por que essa habilidade é a verdadeira vantagem competitiva do futuro.

Estratégia
10 de dezembro de 2025
Da Coreia à Inglaterra, da China ao Brasil. Como políticas públicas de design moldam competitividade, inovação e identidade econômica.

Rodrigo Magnago - CEO da RMagnago

17 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
9 de dezembro de 2025
Entre liderança e gestação, uma lição essencial: não existe performance sustentável sem energia. Pausar não é fraqueza, é gestão - e admitir limites pode ser o gesto mais poderoso para cuidar de pessoas e negócios.

Tatiana Pimenta - Fundadora e CEO da Vittude,

3 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
8 de dezembro de 2025
Com custos de saúde corporativa em alta, a telemedicina surge como solução estratégica: reduz sinistralidade, amplia acesso e fortalece o bem-estar, transformando a gestão de benefícios em vantagem competitiva.

Loraine Burgard - Cofundadora da h.ai

3 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde, Liderança
5 de dezembro de 2025
Em um mundo exausto, emoção deixa de ser fragilidade e se torna vantagem competitiva: até 2027, lideranças que integram sensibilidade, análise e coragem serão as que sustentam confiança, inovação e resultados.

Lisia Prado - Consultora e sócia da House of Feelings

5 minutos min de leitura
Finanças
4 de dezembro de 2025

Antonio de Pádua Parente Filho - Diretor Jurídico, Compliance, Risco e Operações no Braza Bank S.A.

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
3 de dezembro de 2025
A creators economy deixou de ser tendência para se tornar estratégia: autenticidade, constância e inovação são os pilares que conectam marcas, líderes e comunidades em um mercado digital cada vez mais colaborativo.

Gabriel Andrade - Aluno da Anhembi Morumbi e integrante do LAB Jornalismo e Fernanda Iarossi - Professora da Universidade Anhembi Morumbi e Mestre em Comunicação Midiática pela Unesp

3 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
2 de dezembro de 2025
Modelos generativos são eficazes apenas quando aplicados a demandas claramente estruturadas.

Diego Nogare - Executive Consultant in AI & ML

4 minutos min de leitura
Estratégia
1º de dezembro de 2025
Em ambientes complexos, planos lineares não bastam. O Estuarine Mapping propõe uma abordagem adaptativa para avaliar a viabilidade de mudanças, substituindo o “wishful thinking” por estratégias ancoradas em energia, tempo e contexto.

Manoel Pimentel - Chief Scientific Officer na The Cynefin Co. Brazil

10 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Liderança
29 de novembro de 2025
Por trás das negociações brilhantes e decisões estratégicas, Suits revela algo essencial: liderança é feita de pessoas - com virtudes, vulnerabilidades e escolhas que moldam não só organizações, mas relações de confiança.

Lilian Cruz - Fundadora da Zero Gravity Thinking

3 minutos min de leitura
Estratégia, Marketing & growth
28 de novembro de 2025
De um caos no trânsito na Filadélfia à consolidação como código cultural no Brasil, a Black Friday evoluiu de liquidação para estratégia, transformando descontos em inteligência de precificação e redefinindo a relação entre consumo, margem e reputação

Alexandre Costa - Fundador do grupo Attitude Pricing (Comunidade Brasileira de Profissionais de Pricing)

4 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança