Vale oriental

Infraestrutura digital atrai investimentos

De forma inédita, a china foi o foco preferencial dos investimentos estrangeiros dos estados unidos. O investimento em infraestrutura digital mostra seu resultado e gera oportunidades
Edward Tse é fundador e CEO da Gao Feng Advisory Company, uma empresa de consultoria de estratégia e gestão com raízes na China.

Compartilhar:

Pela primeira vez na história, a China foi o principal foco dos investimentos estrangeiros dos Estados Unidos. Segundo a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, os investimentos estrangeiros diretos (FDI, na sigla em inglês) nos EUA caíram 49%, chegando a US$ 134 bilhões no ano passado. Enquanto isso, na China houve um aumento de 4%, o que somou US$ 163 bilhões.
A pandemia impactou fortemente a economia global, e a China foi a única economia a crescer em 2020, expandindo 2,3%. Um dos motivos foi a desregulamentação e a abertura do mercado a empresas estrangeiras, o que sustentou o desenvolvimento positivo da economia global.

Mas a inovação digital também está se desenvolvendo de forma sem precedentes, e por trás disso está a ampla infraestrutura digital que o governo chinês está construindo – uma oportunidade que muitas empresas ainda podem explorar.
Estão emergindo, por exemplo, inovações em modelos de serviço, que melhoram a experiência do cliente, aumentam a utilização de bens, geram mais adesão dos clientes e orientam mudanças nas cadeias de valor.

Nos setores voltados para o consumidor, o e-commerce se manifestou de forma mais proeminente na China. Os principais formadores de opinião conectam-se com seus seguidores por meio do compartilhamento de sua experiência em postagens escritas ou em vídeo, como streaming ao vivo, criando poderosas interações sociais. A partir daí, toda a experiência de compra está sendo revolucionada. Aplicativos como Douyin (versão chinesa do TikTok), Bilibili e Kuaishou se tornaram extremamente populares na China. As empresas, estrangeiras e locais, estão atualizando as inovações envolvidas para gerar mais vendas e construir sua afinidade com a marca.

Até as empresas ocidentais agora estão seguindo o exemplo. A popularidade global do TikTok levou o Facebook a tentar copiá-lo mais de uma vez, com o fracassado Lasso e agora com o novo recurso Instagram Reels.

As multinacionais estrangeiras estão percebendo que a China não é apenas um mercado de onde se tira lucros, mas que é cada vez mais um lugar onde é possível obter novos conhecimentos e vantagens competitivas.

Não importa o que vai acontecer com os investimentos estrangeiros nos Estados Unidos – nunca se sabe quando eventos imprevistos do tipo cisne negro vão surgir. Na China, porém, a tendência é que só aumentem.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Os sete desafios das equipes inclusivas

Inclusão não acontece com ações pontuais nem apenas com RH preparado. Sem letramento coletivo e combate ao capacitismo em todos os níveis, empresas seguem excluindo – mesmo acreditando que estão incluindo.

Reaprender virou a palavra da vez

Reaprender não é um luxo – é sobrevivência. Em um mundo que muda mais rápido do que nossas certezas, quem não reorganiza seus próprios circuitos mentais fica preso ao passado. A neurociência explica por que essa habilidade é a verdadeira vantagem competitiva do futuro.

Cultura organizacional, Inovação & estratégia
12 de dezembro de 2025
Inclusão não é pauta social, é estratégia: entender a neurodiversidade como valor competitivo transforma culturas, impulsiona inovação e constrói empresas mais humanas e sustentáveis.

Marcelo Vitoriano - CEO da Specialisterne Brasil

4 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
11 de dezembro de 2025
Do status à essência: o luxo silencioso redefine valor, trocando ostentação por experiências que unem sofisticação, calma e significado - uma nova inteligência para marcas em tempos pós-excesso.

Daniel Skowronsky - Cofundador e CEO da NIRIN Branding Company

3 minutos min de leitura
Estratégia
10 de dezembro de 2025
Da Coreia à Inglaterra, da China ao Brasil. Como políticas públicas de design moldam competitividade, inovação e identidade econômica.

Rodrigo Magnago - CEO da RMagnago

17 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
9 de dezembro de 2025
Entre liderança e gestação, uma lição essencial: não existe performance sustentável sem energia. Pausar não é fraqueza, é gestão - e admitir limites pode ser o gesto mais poderoso para cuidar de pessoas e negócios.

Tatiana Pimenta - Fundadora e CEO da Vittude,

3 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
8 de dezembro de 2025
Com custos de saúde corporativa em alta, a telemedicina surge como solução estratégica: reduz sinistralidade, amplia acesso e fortalece o bem-estar, transformando a gestão de benefícios em vantagem competitiva.

Loraine Burgard - Cofundadora da h.ai

3 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde, Liderança
5 de dezembro de 2025
Em um mundo exausto, emoção deixa de ser fragilidade e se torna vantagem competitiva: até 2027, lideranças que integram sensibilidade, análise e coragem serão as que sustentam confiança, inovação e resultados.

Lisia Prado - Consultora e sócia da House of Feelings

5 minutos min de leitura
Finanças
4 de dezembro de 2025

Antonio de Pádua Parente Filho - Diretor Jurídico, Compliance, Risco e Operações no Braza Bank S.A.

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
3 de dezembro de 2025
A creators economy deixou de ser tendência para se tornar estratégia: autenticidade, constância e inovação são os pilares que conectam marcas, líderes e comunidades em um mercado digital cada vez mais colaborativo.

Gabriel Andrade - Aluno da Anhembi Morumbi e integrante do LAB Jornalismo e Fernanda Iarossi - Professora da Universidade Anhembi Morumbi e Mestre em Comunicação Midiática pela Unesp

3 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
2 de dezembro de 2025
Modelos generativos são eficazes apenas quando aplicados a demandas claramente estruturadas.

Diego Nogare - Executive Consultant in AI & ML

4 minutos min de leitura
Estratégia
1º de dezembro de 2025
Em ambientes complexos, planos lineares não bastam. O Estuarine Mapping propõe uma abordagem adaptativa para avaliar a viabilidade de mudanças, substituindo o “wishful thinking” por estratégias ancoradas em energia, tempo e contexto.

Manoel Pimentel - Chief Scientific Officer na The Cynefin Co. Brazil

10 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança