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Networking e Comunidade

Muito além da troca de cartões e da presença em eventos, construir uma boa rede exige trocas genuínas e interesse pelas pessoas
Luciano Bueno é um empreendedor brasileiro radicado nos EUA, com experiências em consultoria, venture capital e empreendedorismo. É cofundador e CEO da Horvath Clothing Co., startup de nanotecnologia têxtil, e está a caminho de ser empreendedor serial. Participou do Shark Tank Brasil e integra a seleta lista Forbes 30 Under 30.

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O networking, junção das palavras em inglês “net” e “work”(rede e trabalho, respectivamente), é uma das principais estratégias adotadas  por quem deseja ampliar suas conexões. Por aqui no Vale, os eventos para fazer networking são supercomuns, mas, depois de frequentar alguns, me dei conta de que eles estavam perdendo o sentido. Até porque todo mundo pergunta sempre as mesmas coisas, depois troca cartões, e aquele contato superficial provavelmente nunca mais será lembrado.

Qual o intuito do networking então? Depois de muitos meses por aqui comecei a usar o networking como uma maneira de me aproximar das pessoas com o interesse genuíno de conhecê-las além de suas atividades profissionais. Busco entender onde nasceram, locais que frequentam, experiências marcantes de vida, lugares preferidos de viagem, esportes, família e afins. Para isso, ter na ponta da língua de 10 a 15 perguntas interessantes pode resultar em conversas que você nem imaginava. E isso cria conexão entre as pessoas.

Com o passar do tempo, meu networking passou a ter um valor real e eu passei a fazer parte de comunidades nas quais, de fato, há trocas e experiências marcantes entre as pessoas. Cito duas como exemplo:

IVY (Master mind): Com o intuito de aproximar artistas, profissionais e empreendedores determinados a criar um impacto positivo no mundo, Beri Merie baseou-se na experiência que teve ao cursar a Ivy League, que reúne as universidades de elite dos EUA, para criar essa comunidade. Um conjunto de eventos, palestras e festas cria uma atmosfera incrível nesse grupo, com destaque para a atividade conhecida como “master mind”, na qual você troca profundas experiências de sua vida com dez pessoas todo mês. Funciona como se fosse uma reunião de conselho, em que você é o CEO de sua vida. Uma experiência simplesmente incrível.

Brazucas no Vale: Iniciada por Rafael Amado, um grande amigo que, após a conclusão de um MBA na University of California em Berkeley, sentiu a necessidade de compartilhar seus conhecimentos com a comunidade brasileira. Além de encontros presenciais aqui no Vale, a ideia resultou no lançamento de um podcast que, a cada episódio, conta histórias de brasileiros que vivem por aqui. Tive a honra de ser convidado para o segundo episódio e deixo aqui o meu convite para quem quiser conhecer o trabalho dele, que está disponível no Spotify e no Google Podcasts.

Por fim, minha dica é que você construa vínculos de qualidade com seu networking,  para que de fato exista colaboração e troca. De gente interesseira, o mundo está cheio. Já pessoas interessadas são poucas. Seja uma e invista em relações interessantes.

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