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Neurociência aplicada em treinamentos corporativos pode estimular o bem-estar dos colaboradores

Nos últimos anos, as empresas vêm percebendo vantagens de se aproximar da neurociência para desenvolver modelos de gestão mais eficientes e sustentáveis.
Administrador de empresas com especialização em gestão de conhecimento e storytelling aplicado à educação. Luiz é coautor do livro “Olhares para os Sistemas” e é CEO da NextGen Learning.

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Nos últimos anos vivenciamos o avanço da neurociência e suas mais diferentes aplicações em áreas como [marketing](https://revistahsm.com.br/post/4-elementos-fundamentais-para-ter-sucesso-com-marketing-digital), educação, design, economia, entre tantas outras. O tema, antes desconhecido e de difícil entendimento, ganhou uma atenção expressiva desde que seus resultados começaram a se mostrar relevantes e transformadores em vários aspectos do dia a dia das pessoas.

O mesmo vale para o ambiente corporativo, que nos últimos anos vem percebendo vantagens de se aproximar da neurociência para desenvolver modelos de gestão mais eficientes e sustentáveis.

Afinal, já não é novidade que estamos vivendo um momento de mudanças aceleradas em relação ao ambiente de trabalho. Não apenas as expectativas das pessoas mudaram como também a maneira como desempenhamos nossas atividades.

## Neurociência organizacional

De fato, nunca foi tão importante entender de pessoas e é justamente neste cenário que a neurociência surge como ferramenta importante, capaz de oferecer um novo olhar a respeito de como melhorar a gestão do comportamento humano, nos mais diferentes desafios vividos pelas empresas hoje.

Por isso, cada vez mais a segurança psicológica tem sido pauta no universo corporativo e a neurociência organizacional é uma ótima forma de estimular o bem-estar no trabalho. O aumento do interesse por essa área nada mais é que reflexo da necessidade das companhias em reduzir essa incidência de estresse e síndrome de burnout entre os profissionais, algo que tem aumentado consideravelmente nos últimos anos no país.

No entanto, por mais que o assunto esteja em evidência, sabemos que nem sempre a qualidade e profundidade das informações disponíveis são suficientes, gerando muitas dúvidas a respeito de como a aplicação da neurociência dentro das empresas pode realmente contribuir para melhorar a gestão de pessoas.

## Neurociência aplicada a treinamentos corporativos

A aplicação da neurociência como ferramenta em treinamentos corporativos aliados à tecnologia – cada vez mais avançada – vem alcançando resultados expressivos. O estudo das respostas do cérebro no mundo corporativo acompanha a evolução tecnológica e já incorpora até exames de ressonância magnética que mapeiam as atividades cerebrais e associam as movimentações com situações do dia a dia profissional. 

As diversas técnicas aplicadas nestes casos pela neurociência servem para compreender bases inconscientes que determinam o modo como a pessoa age em situações de pressão ou conflito, por exemplo. A partir dessa informação, é possível criar treinamentos que ajudem a aprendizagem para cada caso específico. Ou seja, os treinamentos com essa abordagem podem acontecer de diferentes formatos, como aulas expositivas, dinâmicas em grupo e até envolverem técnicas de gamificação, vídeos interativos e realidade virtual. 

## Gigantes de tecnologia já fazem uso

Com o avanço da tecnologia, a aplicação da neurociência em educação corporativa acontece de forma cada vez mais interativa, assertiva e qualificada. Grandes empresas como Microsoft, Google e Facebook utilizam em sua rotina práticas e aprendizados oriundos dessa ciência para construção de políticas e estratégias de gestão mais eficientes, que ajudam a melhorar a performance e bem-estar de suas equipes.

O Facebook, por exemplo, realiza um treinamento para seus colaboradores com o uso de óculos de realidade virtual em simulações de gerenciamento de conflitos. Durante a atividade, um personagem tenta persuadir o profissional a esconder seus erros de um chefe virtual. 

As decisões do jogador influenciam o enredo do vídeo e o algoritmo compara o desempenho com a média geral. Embora não existam respostas certas ou erradas, ao identificar como o cérebro reage, por meio da neurociência, é possível compreender certos tipos de comportamento, resolver problemas e alinhar expectativas. Em alguns casos, os colaboradores recebem até a orientação de terapeutas e são realocados internamente – tudo focado para o bem-estar dos funcionários e bom funcionamento das equipes e do fluxo de trabalho.

## Benefícios da neurociência nas organizações

Como vimos até aqui, as vantagens da neurociência na [educação corporativa](https://revistahsm.com.br/post/como-a-cultura-corporativa-e-criada) têm o potencial de fazer com que os profissionais desenvolvam o autoconhecimento e o autocontrole, diminuindo o estresse e ampliando o potencial de aprendizado.

Ao fazer uso deste conhecimento, os gestores ganham não apenas em resultados, mas na formação de uma equipe mais lúcida, [engajada](https://blog.eadskill.com.br/o-que-e-ownership-e-como-ele-ajuda-no-engajamento-da-equipe/) e voltada à melhoria contínua. Logo, aumenta-se a competitividade e a satisfação com as tarefas, tornando melhor a qualidade do que é produzido dentro e fora das empresas.

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