Inovação & estratégia
4 minutos min de leitura

O novo “benefício com ROI”: idioma como ferramenta para atrair e reter talentos

Programas corporativos de idiomas oferecem alto valor percebido com baixo custo real - uma estratégia inteligente que impulsiona engajamento, reduz turnover e acelera resultados.
Fundador e Diretor Executivo da Fluencypass, edtech brasileira que oferece o único método do mundo com o ciclo completo da fluência em inglês - com aulas digitais, conversação, professor particular e intercâmbio, sem taxas de agência. O executivo possui mais de 20 anos de experiência em tecnologia e gestão de produtos para a internet, sendo que empreende no ambiente digital desde os 13 anos. Ele já fundou empresas no Brasil e na República Dominicana antes de criar a Fluencypass em 2016.

Compartilhar:

Devido à competitividade do mercado, empresas que investem em seus colaboradores e, consequentemente, na retenção de talentos, costumam aumentar a produtividade e se destacar em seu setor de atuação. Sendo assim, a estruturação de programas corporativos é uma estratégia de negócio com retorno sobre investimento (ROI) já comprovada, impactando diretamente no desempenho comercial. 

Segundo o relatório feito pela consultora de RH Gallup, o baixo engajamento custa à economia global US$8,9 trilhões, o equivalente a 9% do PIB mundial. Programas educacionais estratégicos, como os de idiomas, atuam como uma solução eficaz para trazer mais motivação aos colaboradores e reduzir a alta rotatividade, ao conectar o crescimento pessoal às metas organizacionais. 

Além de atacar o problema do engajamento, o modelo também é financeiramente mais inteligente. Na prática, é um benefício de alto valor percebido com baixo custo real. Para a empresa, um programa estruturado de idiomas costuma sair por cerca de 1/10 do valor percebido pelo colaborador – e é muito mais vantajoso que o reembolso individual (tickets médios de ~R$ 300/mês), que gera fricção operacional e ainda entrega menos líquido ao colaborador, com parte relevante virando tributo. Em modelos corporativos, há escala, governança e potencial de dedução, reduzindo o custo efetivo por colaborador e maximizando o retorno financeiro. Com o custo sob controle e alta percepção de valor, a empresa consegue ampliar o acesso ao desenvolvimento – e é aí que os efeitos de cultura e carreira aparecem.

Dessa forma, ao oferecer chances de desenvolvimento profissional, a empresa irá mostrar que valoriza os funcionários e deseja prepará-los para construir uma carreira cada vez mais sólida. Por si só, isso cria um ambiente de trabalho mais motivador e inclusivo. Como resultado, ao enxergarem um futuro dentro da companhia, o colaborador estará mais satisfeito, reduzindo a vontade de buscar outras colocações no mercado. Além disso, quando essa possibilidade de crescimento está vinculada também a oportunidades de promoção e de aumento de salário, o trabalhador é estimulado a se dedicar e ir além somente do aprendizado. 

O investimento em treinamento de idiomas atua também como um importante diferencial na atração de novos talentos. Assim, profissionais em início de carreira ou aqueles que buscam recolocação no mercado valorizam intensamente benefícios que impactam diretamente no seu desenvolvimento e na empregabilidade futura. Além disso, a proficiência linguística se torna um critério de seleção mais amplo e menos restritivo para as vagas de trabalho, ampliando o pool de candidatos e favorecendo a diversidade.

No caso de companhias multinacionais ou com equipes geograficamente distribuídas, que trabalham remotamente, por exemplo, a fluência de uma língua em comum melhora a comunicação. Com isso, a empresa promove uma cultura mais inclusiva e colaborativa, dando voz a cada um dos colaboradores, independentemente de sua origem. A capacidade de se comunicar com segurança em reuniões, e-mails e negociações com parceiros internacionais aumenta a autoestima e a eficácia do profissional. Esse senso de domínio sobre suas responsabilidades gera maior satisfação no trabalho e contribui diretamente para a fidelização do talento.

Além disso, fornecer um curso de idiomas permite a expansão para novos mercados, uma vez que as equipes de vendas e marketing com proficiência linguística conseguem dialogar diretamente com clientes e parceiros estrangeiros, além de realizar pesquisas de mercado mais apuradas, superando concorrentes que dependem apenas de terceiros ou canais limitados. Com isso, a companhia consegue prospectar clientes e fechar acordos em diferentes países. Assim, são capazes também de eliminar os ruídos de comunicação, que costumam ser as principais causas de atrasos e erros. Dessa forma, as negociações são conduzidas de forma mais direta e persuasiva. O que reduz o ciclo de vendas e melhora as taxas de conversão, já que a confiança do cliente aumenta ao ser atendido sem se preocupar com a barreira linguística. 

Muito além de diminuir o turnover, ter colaboradores que sejam fluentes em inglês, por exemplo, possibilita o acesso a documentações técnicas, artigos, benchmarks internacionais e insights da concorrência e do mercado global mais rapidamente. Essa facilidade garante que a empresa opere com as metodologias e tecnologias mais atualizadas, elevando o nível de suas estratégias. Assim, haverá uma maior produtividade e soluções mais inovadoras que, em última análise, impulsionam o crescimento da receita.

Por fim, o programa de idiomas estruturado é um investimento de longevidade. Ele atende a uma necessidade interna (engajamento e retenção) e externa (expansão e vendas) simultaneamente. Ao capacitar os colaboradores com a fluência necessária para operar em um mundo sem fronteiras, as organizações não apenas evitam os custos do turnover e da má comunicação, mas também constroem uma força de trabalho mais confiante, competente e pronta para inovar. Em suma, esse investimento impulsiona a capacidade da empresa de competir, crescer e reter os melhores talentos no complexo tabuleiro do mercado global.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Inovação & estratégia, Liderança
29 de agosto de 2025
Estamos entrando na temporada dos planos estratégicos - mas será que o que chamamos de “estratégia” não é só mais uma embalagem bonita para táticas antigas? Entenda o risco do "strategy washing" e por que repensar a forma como construímos estratégia é essencial para navegar futuros possíveis com mais consciência e adaptabilidade.

Lilian Cruz, Cofundadora da Ambidestra

4 minutos min de leitura
Empreendedorismo, Inovação & estratégia
28 de agosto de 2025
Startups lideradas por mulheres estão mostrando que inovação não precisa ser complexa - precisa ser relevante. Já se perguntou: por que escutar as necessidades reais do mercado é o primeiro passo para empreender com impacto?

Ana Fontes - Empreendedora social, fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME) e do Instituto RME

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Tecnologia & inteligencia artificial
26 de agosto de 2025
Em um universo do trabalho regido pela tecnologia de ponta, gestores e colaboradores vão obrigatoriamente colocar na dianteira das avaliações as habilidades humanas, uma vez que as tarefas técnicas estarão cada vez mais automatizadas; portanto, comunicação, criatividade, pensamento crítico, persuasão, escuta ativa e curiosidade são exemplos desse rol de conceitos considerados essenciais nesse início de século.

Ivan Cruz, cofundador da Mereo, HR Tech

4 minutos min de leitura
Inovação
25 de agosto de 2025
A importância de entender como o design estratégico, apoiado por políticas públicas e gestão moderna, impulsiona o valor real das empresas e a competitividade de nações como China e Brasil.

Rodrigo Magnago

9 min de leitura
Cultura organizacional, ESG, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
25 de agosto de 2025
Assédio é sintoma. Cultura é causa. Como ambientes de trabalho ainda normalizam comportamentos abusivos - e por que RHs, líderes e áreas jurídicas precisam deixar a neutralidade de lado e assumir o papel de agentes de transformação. Respeito não pode ser negociável!

Viviane Gago, Facilitadora em desenvolvimento humano

5 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Estratégia, Inovação & estratégia, Tecnologia e inovação
22 de agosto de 2025
Em tempos de alta complexidade, líderes precisam de mais do que planos lineares - precisam de mapas adaptativos. Conheça o framework AIMS, ferramenta prática para navegar ambientes incertos e promover mudanças sustentáveis sem sufocar a emergência dos sistemas humanos.

Manoel Pimentel - Chief Scientific Officer na The Cynefin Co. Brazil

8 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Finanças, Marketing & growth
21 de agosto de 2025
Em tempos de tarifas, volta de impostos e tensão global, marcas que traduzem o cenário com clareza e reforçam sua presença local saem na frente na disputa pela confiança do consumidor.

Carolina Fernandes, CEO do hub Cubo Comunicação e host do podcast A Tecla SAP do Marketês

4 minutos min de leitura
Uncategorized, Empreendedorismo, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
20 de agosto de 2025
A Geração Z está redefinindo o que significa trabalhar e empreender. Por isso é importante refletir sobre como propósito, impacto social e autonomia estão moldando novas trajetórias profissionais - e por que entender esse movimento é essencial para quem quer acompanhar o futuro do trabalho.

Ana Fontes

4 minutos min de leitura
Inteligência artificial e gestão, Transformação Digital, Cultura organizacional, Inovação & estratégia
18 de agosto de 2025
O futuro chegou - e está sendo conversado. Como a conversa, uma das tecnologias mais antigas da humanidade, está se reinventando como interface inteligente, inclusiva e estratégica. Enquanto algumas marcas ainda decidem se vão aderir, os consumidores já estão falando. Literalmente.

Bruno Pedra, Gerente de estratégia de marca na Blip

3 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
15 de agosto de 2025
Relatórios de tendências ajudam, mas não explicam tudo. Por exemplo, quando o assunto é comportamento jovem, não dá pra confiar só em categorias genéricas - como “Geração Z”. Por isso, vale refletir sobre como o fetiche geracional pode distorcer decisões estratégicas - e por que entender contextos reais é o que realmente gera valor.

Carol Zatorre, sócia e CO-CEO da Kyvo. Antropóloga e coordenadora regional do Epic Latin America

4 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)