Estratégia e Execução

O ranking da diversidade

Em 2014, mudaram as métricas do DiversityInc., vencido pela farma Novartis, com um departamento de diversidade e inclusão especialmente ativo

Compartilhar:

Como anda a diversidade em sua empresa? Todas as minorias estão representadas? Nos Estados Unidos, cerca de 1,2 mil companhias se submetem periodicamente à avaliação do ranking DiversityInc., com mais de 15 anos de existência, para responder como negros, latinos, asiáticos, mulheres executivas, LGBT e outras minorias fazem carreira ali. A novidade, este ano, é a mudança das métricas. 

As atividades avaliadas foram sintetizadas em quatro, consideradas chave: o tratamento da diversidade na captação de talentos, em seu desenvolvimento, na cadeia de fornecimento e o compromisso do CEO e da liderança com o tema. No caso dos líderes, isso inclui responsabilidade por resultados na área, comunicação pessoal e exemplo dado. E, se antes os sub-rankings destacavam onde havia as melhores oportunidades para negros, latinos, asiáticos e mulheres executivas, agora apontam as empresas pródigas em recursos para os grupos diversos, fortes em mentoria para eles, as que têm conselhos executivos de diversidade. 

A líder do ranking de 2014 é a farmacêutica suíça Novartis, destacando-se o papel de seu presidente, André Wyss, que, apoiado por Rhonda Crichlow, vice-presidente da empresa e líder de diversidade e inclusão nos EUA, levanta constantemente a bandeira por um ambiente de trabalho mais inclusivo. Entre os diferenciais da Novartis está o fato de 20% dos bônus por desempenho do time executivo estarem atrelados a objetivos relativos a pessoas, entre os quais aqueles em prol da diversidade. 

Além disso, em 2013, o departamento e o conselho executivo de diversidade e inclusão implementaram um processo de avaliação da organização nesses quesitos, analisando-a dentro e fora de suas fronteiras, e isso significou um novo paradigma corporativo –o de integrar a diversidade em todos os processos de negócios. Por fim, a Novartis introduziu iniciativas para atrair e monitorar talentos veteranos, portadores de deficiência e LGBT. 

> **As 10 empresas + diversificadas**
>
> 1. Novartis Pharmaceuticals Corporation 
>
> 2. Sodexo 
>
> 3. EY 
>
> 4. Kaiser Permanente 
>
> 5. PwC 
>
> 6. MasterCard Worldwide 
>
> 7. P&G 
>
> 8. Prudential Financial 
>
> 9. Johnson & Johnson 
>
> 10. AT&T

> **De onde vêm os narcisos**
>
> Em 2014, mudaram as métricas do DiversityInc., vencido pela farma Novartis, com um departamento de diversidade e inclusão especialmente ativo Estudo revela relação impensada entre gestores narcisistas e a economia 
>
> O leitor está rodeado de egocêntricos? A explicação pode ser econômica. Estudo de Emily Bianchi, da Emory University, sugere que profissionais que viveram períodos de boom econômico quando tinham entre 18 e 25 anos de idade tendem a ser mais narcisistas do que a média, enquanto quem viu recessão nessa faixa etária se mostra mais humilde. Isso apareceu na primeira amostra pesquisada, de 1.572 pessoas nascidas entre 1947 e 1994 –e a segunda, de 30 mil, gerou resultados similares. Bianchi também entrevistou mais de 2 mil CEOs de companhias dos EUA listadas em bolsa e descobriu que a remuneração de quem ingressou na idade adulta em momentos econômicos ruins apresenta menor diferença em relação ao segundo salário mais alto da empresa. Narcisistas são mais convincentes para conseguir recursos.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Reputação sólida, ética líquida: o desafio da integridade no mundo corporativo

No mundo corporativo, reputação se constrói com narrativas, mas se sustenta com integridade real – e é justamente aí que muitas empresas tropeçam. É o momento de encarar os dilemas éticos que atravessam culturas organizacionais, revelando os riscos de valores líquidos e o custo invisível da incoerência entre discurso e prática.

Tecnologia e inovação
15 de julho 2025
Em tempos de aceleração digital e inteligência artificial, este artigo propõe a literacia histórica como chave estratégica para líderes e organizações: compreender o passado torna-se essencial para interpretar o presente e construir futuros com profundidade, propósito e memória.

Anna Flávia Ribeiro

17 min de leitura
Inovação
15 de julho de 2025
Olhar para um MBA como perda de tempo é um ponto cego que tem gerado bastante eco ultimamente. Precisamos entender que, num mundo complexo, cada estudo constrói nossas perspectivas para os desafios cotidianos.

Frederike Mette e Paulo Robilloti

6 min de leitura
User Experience, UX
Na era da indústria 5.0, priorizar as necessidades das pessoas aos objetivos do negócio ganha ainda mais relevância

GEP Worldwide - Manoella Oliveira

9 min de leitura
Tecnologia e inovação, Empreendedorismo
Esse fio tem a ver com a combinação de ciências e humanidades, que aumenta nossa capacidade de compreender o mundo e de resolver os grandes desafios que ele nos impõe

CESAR - Eduardo Peixoto

6 min de leitura
Inovação
Cinco etapas, passo a passo, ajudam você a conseguir o capital para levar seu sonho adiante

Eline Casasola

4 min de leitura
Transformação Digital, Inteligência artificial e gestão
Foco no resultado na era da IA: agilidade como alavanca para a estratégia do negócio acelerada pelo uso da inteligência artificial.

Rafael Ferrari

12 min de leitura
Negociação
Em tempos de transformação acelerada, onde cenários mudam mais rápido do que as estratégias conseguem acompanhar, a negociação se tornou muito mais do que uma habilidade tática. Negociar, hoje, é um ato de consciência.

Angelina Bejgrowicz

6 min de leitura
Inclusão
Imagine estar ao lado de fora de uma casa com dezenas de portas, mas todas trancadas. Você tem as chaves certas — seu talento, sua formação, sua vontade de crescer — mas do outro lado, ninguém gira a maçaneta. É assim que muitas pessoas com deficiência se sentem ao tentar acessar o mercado de trabalho.

Carolina Ignarra

4 min de leitura
Saúde Mental
Desenvolver lideranças e ter ferramentas de suporte são dois dos melhores para caminhos para as empresas lidarem com o desafio que, agora, é também uma obrigação legal

Natalia Ubilla

4 min min de leitura
Carreira, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
Cris Sabbag, COO da Talento Sênior, e Marcos Inocêncio, então vice-presidente da epharma, discutem o modelo de contratação “talent as a service”, que permite às empresas aproveitar as habilidades de gestores experientes

Coluna Talento Sênior

4 min de leitura