Cobertura de evento
2 min de leitura

Oasis Connection 2025: a ordem é desconectar para aprender

Cobertura HSM Management do “evento de eventos” mostra como o tempo de conexão pode ser mais bem investido para alavancar o aprendizado

Compartilhar:

“Desconectar para aprender.” Achou a ideia inquietante? No mínimo, curiosa, certo? Pois esse foi o tema do Oasis Connection 2025, um encontro voltado ao mercado de eventos e que analisa a importância do aprendizado presencial e coletivo em uma época de constantes transformações e incertezas. HSM e Singularity Brazil estiveram presentes no evento, representadas pelas executivas Poliana Abreu e Glaucia Guarcello, respectivamente diretora de conteúdo e marketing da HSM e diretora de novos negócios da HSM e Singularity Brazil. E compartilhamos a seguir quatro das visões mais importantes sobre como a desconexão da internet pode ser mais bem aproveitada ara aprender:

Olhar para dentro ou para fora? Como a inovação vem de fora para dentro, Glaucia Guarcello não tem dúvida: as empresas devem olhar para fora, enxergando tendências e contextos externos, como mudanças climáticas, cenários geopolíticos, transição energética, comportamento geracional e inteligência artificial, para antecipar movimentos e criar novas oportunidades. Isso significa sentir o lado de fora, o que fica bem mais fácil presencialmente, para percebermos os sinais fracos e mais sutis do ambiente, e nos prepararmos melhor para construir soluções que façam sentido no futuro.

Foresight para os negócios, ambidestria mental para os líderes. Para Guarcello, desenvolver a habilidade do foresight dentro de casa é necessário para os negócios que queiram se destacar. Mais do que prever o futuro (forecasting), trata-se de mapear possibilidades e ter prontidão para atuar em diferentes cenários. Para isso, seus líderes precisarão ampliar a capacidade do que Guarcello chama de “ambidestria mental”, que é a habilidade de analisar situações com um olhar tanto técnico e analítico quanto empático e criativo. Assim como fazemos em uma carteira de investimentos, os líderes precisam diversificar suas apostas e estratégias nos negócios. Essa é a resposta para o desafio aumentado da liderança.. Antes, o caminho de todo líder era mais ou menos como um trilho de trem – linear e previsível. “Hoje, estamos diante de várias trilhas no mato, que exigem escolhas constantes, adaptação e capacidade de encontrar a melhor rota, mesmo sem garantias e sem clareza”, afirma Guarcello.

Múltiplas trilhas de aprendizagem. Poliana Abreu acredita que todos os profissionais precisarão “reinventar-se para continuarem relevantes e ter uma carreira sustentável” e, se essa é a nova premissa, o aprendizado se transforma: a preparação é mais multitrilhas, multi-habilidades e multicarreiras – de novo, cabe a metáfora da carteira de investimentos, e a necessidade de diversificar apostas. “A reinvenção da década é que não teremos mais dez empregos, e sim dez carreiras ao longo da vida”, lembra Abreu.

“Learnability”. Diante do avanço das tecnologias, com destaque para as Inteligências artificiais, nos cabe refletir: “Elas serão nossas assistentes ou nossas chefes?”. Abreu não tem dúvidas de que, mesmo diante de tantos recursos tecnológicos, o elemento humano seguirá sendo indispensável: “Isso contanto que as pessoas consigam gerenciar uma IA”. Como se gerencia uma IA? É algo que requer que as habilidades que o indivíduo tenha sejam sólidas e que ele compreenda de fato a ferramenta, mas também requer que adote uma mentalidade flexível e invista em autoconhecimento. Para a executiva da HSM, a maior das habilidades sólidas deve ser o “learnability”, traduzível no neologismo “aprendabilidade”, ou a capacidade de aprender continuamente. “Não se trata mais de saber de tudo, mas de aprender de tudo”, diz Abreu. Fazer as perguntas certas é o caminho que leva à aprendabilidade.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Reputação sólida, ética líquida: o desafio da integridade no mundo corporativo

No mundo corporativo, reputação se constrói com narrativas, mas se sustenta com integridade real – e é justamente aí que muitas empresas tropeçam. É o momento de encarar os dilemas éticos que atravessam culturas organizacionais, revelando os riscos de valores líquidos e o custo invisível da incoerência entre discurso e prática.

Vivemos a reinvenção do CEO?

Está na hora de entender como o papel de CEO deixou de ser sinônimo de comando isolado para se tornar o epicentro de uma liderança adaptativa, colaborativa e guiada por propósito. A era do “chefão” dá lugar ao maestro estratégico que rege talentos diversos em um cenário de mudanças constantes.

Inovação
Enquanto você lê mais um relatório de tendências, seus concorrentes estão errando rápido, abolindo burocracias e contratando por habilidades. Não é só questão de currículos. Essa é a nova guerra pela inovação.

Alexandre Waclawovsky

8 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A aplicação da inteligência artificial e um novo posicionamento da liderança tornam-se primordiais para uma gestão lean de portfólio

Renata Moreno

4 min de leitura
Finanças
Taxas de juros altas, inovação subfinanciada: o mapa para captar recursos em melhorias que já fazem parte do seu DNA operacional, mas nunca foram formalizadas como inovação.

Eline Casasola

5 min de leitura
Empreendedorismo
Contratar um Chief of Staff pode ser a solução que sua empresa precisa para ganhar agilidade e melhorar a governança

Carolina Santos Laboissiere

7 min de leitura
ESG
Quando 84% dos profissionais com deficiência relatam saúde mental afetada no trabalho, a nova NR-1 chega para transformar obrigação legal em oportunidade estratégica. Inclusão real nunca foi tão urgente

Carolina Ignarra

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 2º no ranking mundial de burnout e 472 mil licenças em 2024 revelam a epidemia silenciosa que também atinge gestores.
5 min de leitura
Inovação
7 anos depois da reforma trabalhista, empresas ainda não entenderam: flexibilidade legal não basta quando a gestão continua presa ao relógio do século XIX. O resultado? Quiet quitting, burnout e talentos 45+ migrando para o modelo Talent as a Service

Juliana Ramalho

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 4º país com mais crises de saúde mental no mundo e 500 mil afastamentos em 2023. As empresas que ignoram esse tsunami pagarão o preço em produtividade e talentos.

Nayara Teixeira

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Empresas que integram IA preditiva e machine learning ao SAP reduzem custos operacionais em até 30% e antecipam crises em 80% dos casos.

Marcelo Korn

7 min de leitura
Empreendedorismo
Reinventar empresas, repensar sucesso. A megamorfose não é mais uma escolha e sim a única saída.

Alain S. Levi

4 min de leitura