Inteligência artificial e gestão, Estratégia e Execução, Transformação Digital, Gestão de pessoas
3 minutos min de leitura

Por que 70% dos projetos de IA não decolam?

Adotar IA deixou de ser uma aposta e se tornou urgência competitiva - mas transformar intenção em prática exige bem mais do que ambição.

GEP

A GEP é uma empresa global de referência em tecnologia e consultoria para procurement e supply chain. A companhia apoia grandes organizações na transformação de suas operações e gestão de gastos por meio de soluções inovadoras e digitais. Com diversas soluções em plataformas, como a GEP Costdriver, Smart e Quantum, a GEP impulsiona eficiência, inovação e vantagem competitiva nas operações de seus clientes através de soluções digitais práticas.
Senior Manager – Product and Innovation.

Compartilhar:

A Inteligência Artificial se tornou um tema obrigatório nas agendas de negócios, e a pressão pela adoção é real. Embora 80% das empresas globais planejem integrar IA aos seus processos até 2026, de acordo com o Gartner, cerca de 30% não conseguem escalar suas aplicações.

Esse abismo entre intenção e prática revela um desafio central: muitas empresas sabem o que querem fazer, mas não conseguem operacionalizar. Os resultados são PoCs (Proof of Concept) que não saem do papel, dados que não se conversam e expectativas frustradas em torno de uma tecnologia que, quando bem aplicada, tem potencial transformador – especialmente em áreas como compras e supply chain.

Nenhum modelo de IA entrega bons resultados com dados desestruturados. Mais de 77% dos profissionais afirmam ter baixa confiança na qualidade dos dados com que trabalham, de acordo com a pesquisa da Great Expectations. E a consequência disso é a falha de até 42% dos projetos de IA já na fase de treinamento, de acordo com o Instituto de Formação em Tecnologia e Liderança (IFTL).

Quando falamos em cadeias de suprimentos, esse problema se amplia: informações dispersas entre sistemas de sourcing, ERPs, transportadoras e parceiros comprometem a acurácia preditiva e inviabilizam respostas ágeis em cenários críticos – como flutuação cambial, variação de commodities ou tensões geopolíticas.

A fragmentação de sistemas é outra trava frequente. Soluções legadas, muitas ainda com arquitetura baseada em processamento batch, não foram desenhadas para se conectar com IA em tempo real. Isso exige não só modernização técnica, como uma abordagem de integração estruturada, com governança e foco em resultados.

Plataformas low-code e no-code – como GEP SMART™ e GEP COSTDRIVERS™, entre outras ferramentas do mercado – vêm ganhando espaço justamente por resolver esse gargalo. Elas permitem que áreas de negócio construam fluxos e análises com agilidade, mesmo sem apoio técnico constante da TI, distribuindo inteligência estratégica pela organização.

Outro entrave importante é cultural. Em muitas organizações, a IA ainda é vista como ameaça – e não como alavanca. De acordo com o Gartner, cerca de 25% da força de trabalho manifesta resistência por receio de substituição, enquanto mais de 60% das empresas relatam dificuldade em contratar ou formar profissionais para lidar com IA e análise de dados.

A escalabilidade da IA não depende de grandes investimentos iniciais, mas de escopos claros, envolvimento das áreas desde o início e entregas mensuráveis. MVPs bem definidos, que impactam rotinas operacionais e trazem ganhos visíveis em semanas, criam confiança no processo – e abrem caminhos para soluções mais robustas.

Empresas que amadurecem suas cadeias de dados, adotam ferramentas de governança e envolvem compras, finanças e supply chain desde o início têm maior sucesso na adoção de IA. Com os dados certos, no lugar certo, e com as pessoas certas, a tecnologia deixa de ser promessa para virar diferencial.

As empresas que lideram a adoção de IA não são, necessariamente, as que têm mais recursos – mas as que estruturaram uma base sólida: dados confiáveis, integração sistêmica e uma cultura orientada por decisões informadas.

Em supply chain, onde as margens são apertadas e as variáveis mudam a todo instante, ser data-driven deixou de ser opcional. É uma exigência do jogo. E quem tiver coragem de encarar os desafios agora, com clareza e método, estará mais preparado para liderar as cadeias de valor de amanhã.

Compartilhar:

GEP

A GEP é uma empresa global de referência em tecnologia e consultoria para procurement e supply chain. A companhia apoia grandes organizações na transformação de suas operações e gestão de gastos por meio de soluções inovadoras e digitais. Com diversas soluções em plataformas, como a GEP Costdriver, Smart e Quantum, a GEP impulsiona eficiência, inovação e vantagem competitiva nas operações de seus clientes através de soluções digitais práticas.

Artigos relacionados

A aposta calculada que levou o Boticário a ser premiado no iF Awards

Enquanto concorrentes correm para lançar coleções sazonais inspiradas em tendências efêmeras, o Boticário demonstra que compreende um princípio fundamental: o verdadeiro valor do design não está na estética superficial, mas em sua capacidade de gerar impacto social e econômico simultaneamente. A linha Make B., vencedora do iF Design Award 2025, não é um produto de beleza – é um manifesto estratégico.

Tecnologia & inteligencia artificial, Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
5 de setembro de 2025
O maior desafio profissional hoje não é a tecnologia - é o tempo. Descubra como processos claros, IA consciente e disciplina podem transformar sobrecarga em produtividade real.

Diego Nogare

6 minutos min de leitura
Marketing & growth, Cultura organizacional, Inovação & estratégia, Liderança
4 de setembro de 2025
Inspirar ou limitar? O benchmark pode ser útil - até o momento em que te afasta da sua singularidade. Descubra quando olhar para fora deixa de fazer sentido.

Bruna Lopes de Barros

3 minutos min de leitura
Inovação
Em entrevista com Rodrigo Magnago, Fernando Gama nos conta como a Docol tem despontado unindo a cultura do design na organização

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
ESG, Inovação & estratégia, Tecnologia & inteligencia artificial
3 de setembro de 2025
O plástico nasceu como símbolo do progresso - hoje, desafia o futuro do planeta. Entenda como uma invenção de 1907 moldou a sociedade moderna e se tornou um dos maiores dilemas ambientais da nossa era.

Anna Luísa Beserra - CEO da SDW

0 min de leitura
Inovação & estratégia, Empreendedorismo, Tecnologia & inteligencia artificial
2 de setembro de 2025
Como transformar ciência em inovação? O Brasil produz muito conhecimento, mas ainda engatinha na conversão em soluções de mercado. Deep techs podem ser a ponte - e o caminho já começou.

Eline Casasola - CEO da Atitude Inovação

5 minutos min de leitura
Liderança, Empreendedorismo, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Inovação & estratégia
1 de setembro de 2025
Imersão de mais de 10 horas em São Paulo oferece conteúdo de alto nível, mentorias com especialistas, oportunidades de networking qualificado e ferramentas práticas para aplicação imediata para mulheres, acelerando oportunidades para um novo paradigma econômico

Redação HSM Management

0 min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
1 de setembro de 2025
Na era da creator economy, influência não é mais sobre alcance - é sobre confiança. Você já se deu conta como os influenciadores se tornaram ativos estratégicos no marketing contemporâneo? Eles conectam dados, propósito e performance. Em um cenário cada vez mais automatizado, é a autenticidade que converte.

Salomão Araújo - VP Comercial da Rakuten Advertising no Brasil

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Liderança
29 de agosto de 2025
Estamos entrando na temporada dos planos estratégicos - mas será que o que chamamos de “estratégia” não é só mais uma embalagem bonita para táticas antigas? Entenda o risco do "strategy washing" e por que repensar a forma como construímos estratégia é essencial para navegar futuros possíveis com mais consciência e adaptabilidade.

Lilian Cruz, Cofundadora da Ambidestra

4 minutos min de leitura
Empreendedorismo, Inovação & estratégia
28 de agosto de 2025
Startups lideradas por mulheres estão mostrando que inovação não precisa ser complexa - precisa ser relevante. Já se perguntou: por que escutar as necessidades reais do mercado é o primeiro passo para empreender com impacto?

Ana Fontes - Empreendedora social, fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME) e do Instituto RME

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Tecnologia & inteligencia artificial
26 de agosto de 2025
Em um universo do trabalho regido pela tecnologia de ponta, gestores e colaboradores vão obrigatoriamente colocar na dianteira das avaliações as habilidades humanas, uma vez que as tarefas técnicas estarão cada vez mais automatizadas; portanto, comunicação, criatividade, pensamento crítico, persuasão, escuta ativa e curiosidade são exemplos desse rol de conceitos considerados essenciais nesse início de século.

Ivan Cruz, cofundador da Mereo, HR Tech

4 minutos min de leitura