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Quando grandes e pequenas colaboram

Movimento 100 Open Startups registrou número recorde de contratos firmados entre startups e grandes empresas em 2018; a inovação aberta avança

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Pássaro na mão (bird in hand), perda tolerável (affordable loss), colcha de retalhos (patchwork quilt), limonada (lemonade) e piloto no avião (pilot in the plane). Quem está familiarizado com o mundo do empreendedorismo inovador talvez reconheça esses cinco conceitos. São as peças-chave da engrenagem da efetuação. Uma das pesquisadoras da área de empreendedorismo mais influentes do mundo, a professora Saras  Sarasvathy, ligada à Darden School of Business, da University of Virginia, dos EUA, propôs a efetuação como o melhor processo para uma startup ter sucesso. Pois Sarasvathy veio recentemente ao Brasil para conhecer de perto o movimento 100 Open Startups, participando da cerimônia de premiação das 100 startups mais atraentes na visão do mercado e prontas para receber investimentos. E ela viu efetuação.

O movimento Open Startups se baseia em uma plataforma digital  que conecta startups a grandes empresas, ajudando a fomentar um ambiente de colaboração que seja ganha-ganha – de um lado, ganham as grandes empresas que são revitalizadas pela inovação; de outro, ganham as pequenas novatas, que recebem ajuda e recursos das grandes como investidoras e clientes. Ele materializa dois dos cinco pilares da efetuação: a colcha de retalhos (que consiste em formar parcerias) e o piloto no avião (que tem a ver com cocriar o futuro com outros players). 

O movimento é materializado todos os anos durante o anúncio do ranking 100 Open Startups, que mede o relacionamento de empresas ainda consideradas iniciantes com grandes corporações. Na cerimônia, também são premiadas as startups destacadas em categorias específicas – recursos humanos, marketing, indústria, produtividade, healthcare etc. – e celebradas as grandes empresas que mais praticam inovação aberta. 

Em 2018, 275 startups obtiveram pontuação para integrar o ranking, o que evidencia a maior naturalidade que esses relacionamentos vêm ganhando. “Há três anos, quando lançamos o primeiro ranking, era ousado pensar em encontrar 100 startups qualificadas para esse tipo de relacionamento”, comenta Bruno Rondani, fundador e CEO da 100 Open Startups. 

Apesar de continuar havendo, da parte das startups, queixas sobre os processos de contratação e de pagamento das maiores, os números comprovam que a open innovation já é uma realidade no Brasil: 

**MOVIMENTO OPEN STARTUPS 2018**

• 4.600 startups ativas

• 9.000 executivos avaliadores

• 800 grandes empresas conectadas

• 32 mil avaliações registradas

• Mais de 1.500 relacionamentos  estabelecidos entre 275 startups  e 243 grandes empresas

**SETORES**

Entre os setores em que esses relacionamentos do tipo davi e golias se destacaram estão: varejo, agricultura, construção, serviços financeiros, alimentação, além de ações com PMEs.

**TECNOLOGIAS**

Foram identificadas também as tecnologias que mais têm gerado novas startups B2B. São elas: marketplace, big bata, biotech, visão computacional, IoT, realidade virtual e realidade aumentada.

**CORPORAÇÕES**

 Os cinco primeiros lugares do ranking das 50 empresas mais abertas a relacionamentos com startups têm duas multinacionais de origem norte-americana (Accenture e Dow), uma de origem latino-americana (ISA CTEEP) e duas brasileiras (Natura e Algar Telecom).

A seguir… entrevistamos os fundadores das dez startups que encabeçam o ranking.

![](https://revista-hsm-public.s3.amazonaws.com/uploads/ea59de34-ef10-4b57-aba8-b9dbd3da09fd.png)

![](https://revista-hsm-public.s3.amazonaws.com/uploads/feb46a6c-cf9c-407e-ab28-cc3203c0931a.png)

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