ESG
5 min de leitura

Redução da burocracia e sustentabilidade são pilares fundamentais para saúde suplementar no Brasil em 2025

Eficiência, inovação e equilíbrio regulatório serão determinantes para a sustentabilidade e expansão da saúde suplementar no Brasil em 2025.
CEO e fundador do Plano Brasil Saúde

Compartilhar:

Organização

O setor de saúde suplementar no Brasil enfrenta um momento crucial, moldado pelos desafios remanescentes da pandemia de COVID-19 e por transformações estruturais significativas. Em 2024, o mercado diminuiu por altos custos operacionais, aumento na demanda por serviços e pela necessidade de adaptação às novas regulamentações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Essas mudanças devem continuar em 2025, com impactos para operadoras, consumidores e para o Sistema Único de Saúde (SUS).

O mercado caminha para uma maior concentração, com grandes grupos consolidando suas operações e diminuindo a oferta de novas operadoras. Embora essa concentração possa aumentar a eficiência de alguns players, ela também eleva a sobrecarga sobre o SUS, ao limitar a concorrência e reduzir as opções disponíveis para os consumidores. Além disso, regulamentações e inflação médica dificultam a sustentabilidade das operadoras menores, limitando sua capacidade de inovação e expansão.

Uma das tendências esperadas para 2025 é o fortalecimento do segmento de planos empresariais, que oferece custos mais controlados e menor índice de judicialização. Em contrapartida, os planos coletivos de adesão estão perdendo atratividade devido a mudanças regulatórias que aproximam suas características dos planos individuais. Essa transição, embora promissora em termos de proteção ao consumidor, apresenta desafios importantes para as operadoras, que precisam equilibrar custos crescentes e rentabilidade.

A inflação médica, historicamente superior à inflação geral, continua a ser um obstáculo crítico para a saúde suplementar. Em 2025, o reajuste dos planos de saúde individuais deverá variar entre 5,6% e 6,8%, conforme projeções de instituições financeiras como BTG Pactual e Bradesco BBI. Apesar de parecerem moderados, esses percentuais refletem apenas parcialmente os custos crescentes, especialmente com a ampliação do rol de procedimentos obrigatórios definidos pela ANS.

Diante desse cenário, as operadoras que combinam inovação, eficiência operacional e foco na experiência do cliente tendem a se destacar. Modelos de negócio que priorizam a prevenção, a gestão eficiente de recursos e parcerias estratégicas são essenciais para garantir a sustentabilidade do sistema. Para o consumidor, a transparência e a busca por alternativas mais acessíveis são elementos indispensáveis ​​na escolha de um plano de saúde.

Crescimento em 2025

Mesmo com os desafios, o setor de saúde suplementar apresenta potencial de crescimento. Estima-se uma expansão de 10,9% em 2024 e 2025, segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Esse crescimento reflete tanto a recuperação econômica quanto o aumento da demanda por serviços de saúde suplementares, impulsionado pela percepção de valor em relação à qualidade de vida e ao acesso rápido aos serviços médicos.

O futuro da saúde suplementar no Brasil dependerá de um equilíbrio delicado entre custos, acessibilidade e inovação. Flexibilizar regulamentações, reduzir a burocracia e adotar modelos mais sustentáveis ​​são passos fundamentais para o fortalecimento do setor. Em 2025, a busca por soluções que unam eficiência, transparência e atendimento de qualidade serão determinantes para superar os desafios e transformar a saúde suplementar em um pilar mais acessível para a população brasileira.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Os sete desafios das equipes inclusivas

Inclusão não acontece com ações pontuais nem apenas com RH preparado. Sem letramento coletivo e combate ao capacitismo em todos os níveis, empresas seguem excluindo – mesmo acreditando que estão incluindo.

Reaprender virou a palavra da vez

Reaprender não é um luxo – é sobrevivência. Em um mundo que muda mais rápido do que nossas certezas, quem não reorganiza seus próprios circuitos mentais fica preso ao passado. A neurociência explica por que essa habilidade é a verdadeira vantagem competitiva do futuro.

Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Cultura organizacional
23 de dezembro de 2025
Marcela Zaidem, especialista em cultura nas empresas, aponta cinco dicas para empreendedores que querem reduzir turnover e garantir equipes mais qualificadas

Marcela Zaidem, Fundadora da Cultura na Prática

5 minutos min de leitura
Uncategorized, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
22 de dezembro de 2025
Inclusão não acontece com ações pontuais nem apenas com RH preparado. Sem letramento coletivo e combate ao capacitismo em todos os níveis, empresas seguem excluindo - mesmo acreditando que estão incluindo.

Carolina Ignarra - CEO da Talento Incluir

4 minutos min de leitura
Lifelong learning
19 de dezembro de 2025
Reaprender não é um luxo - é sobrevivência. Em um mundo que muda mais rápido do que nossas certezas, quem não reorganiza seus próprios circuitos mentais fica preso ao passado. A neurociência explica por que essa habilidade é a verdadeira vantagem competitiva do futuro.

Isabela Corrêa - Cofundadora da People Strat

8 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial, Inovação & estratégia
18 de dezembro de 2025
Como a presença invisível da IA traz ganhos enormes de eficiência, mas também um risco de confiarmos em sistemas que ainda cometem erros e "alucinações"?

Rodrigo Cerveira - CMO da Vórtx e Cofundador do Strategy Studio

3 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
17 de dezembro de 2025
Discurso de ownership transfere o peso do sucesso e do fracasso ao colaborador, sem oferecer as condições adequadas de estrutura, escuta e suporte emocional.

Rennan Vilar - Diretor de Pessoas e Cultura do Grupo TODOS Internacional

4 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
16 de dezembro de 2025
A economia prateada deixou de ser nicho e se tornou força estratégica: consumidores 50+ movimentam trilhões e exigem experiências centradas em respeito, confiança e personalização.

Eric Garmes é CEO da Paschoalotto

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
15 de dezembro de 2025
Este artigo traz insights de um estudo global da Sodexo Brasil e fala sobre o poder de engajamento que traz a hospitalidade corporativa e como a falta dela pode impactar financeiramente empresas no mundo todo.

Hamilton Quirino - Vice-presidente de Operações da Sodexo

2 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Inovação & estratégia
12 de dezembro de 2025
Inclusão não é pauta social, é estratégia: entender a neurodiversidade como valor competitivo transforma culturas, impulsiona inovação e constrói empresas mais humanas e sustentáveis.

Marcelo Vitoriano - CEO da Specialisterne Brasil

4 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
11 de dezembro de 2025
Do status à essência: o luxo silencioso redefine valor, trocando ostentação por experiências que unem sofisticação, calma e significado - uma nova inteligência para marcas em tempos pós-excesso.

Daniel Skowronsky - Cofundador e CEO da NIRIN Branding Company

3 minutos min de leitura
Estratégia
10 de dezembro de 2025
Da Coreia à Inglaterra, da China ao Brasil. Como políticas públicas de design moldam competitividade, inovação e identidade econômica.

Rodrigo Magnago - CEO da RMagnago

17 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança