Uncategorized

Saúde emocional, benefícios flexíveis, gestão humana: caminhos para implementar o híbrido

O trabalho híbrido é inevitável, mas pode ser que não funcione para todos. Conheça alguns desafios – e as estratégias possíveis para adotar o novo formato

Compartilhar:

Com a imunização contra a covid-19 a galope, é de se esperar que empresas em todo mundo retomem o trabalho presencial. Voltariam, então, o foco das reuniões presenciais – folga bem-vinda depois de uma eternidade no zoom –, do olho no olho, dos happy hours às sextas-feiras? Não é bem por aí.

Tudo indica que o futuro combine dias de trabalho presencial com outros de trabalho remoto. Parece ser o melhor de dois mundos, mas também requer flexibilidade em sua implantação: o [modelo híbrido](https://blog.vee.digital/trabalho-hibrido/) apresenta um novo leque de desafios para organizações e RH.

## A armadilha do hell office
“Para muitos, trabalhar de casa sempre pareceu um grande sonho. Mas os desafios constrangedores de habitar, conviver, trabalhar e dormir no mesmo espaço podem fazer desse sonho um pesadelo. O mundo do remotismo não é tão maravilhoso, pois costuma-se trabalhar mais intensamente, sem intervalos e por mais horas – e não se percebe mais que o excesso de trabalho está tomando conta da vida.”

A conclusão é do relatório [Vibes do Trabalho](https://floatwithus.wetransfer.com/downloads/ae7a1a68dde47ca59f2355bfc48a3ac420210812131136/bcce8f), do hub de pesquisa em tendências Float. O aumento referido na jornada de trabalho remoto ainda se mostra um desafio para trabalhadores, que perderam a possibilidade de “deixar” o trabalho no escritório. Parece que a premissa de viver conectado tende a se manter no modelo híbrido – a não ser que o alinhamento entre organização e colaboradores esteja em dia.

Como, então, separar esses ambientes e tornar o híbrido um sistema de trabalho equilibrado?

Para o studio de RH The Grid, o maior desafio mora em ajudar as empresas a construir uma cultura virtual, adaptando a gestão para que acompanhe a fragmentação do espaço de trabalho e a mudança no jeito de produzir.

## Know your people
A transição para alguns dias de trabalho presencial e outros remotos deve ser guiada pelo desejo de tirar o melhor de cada modalidade – pelo preparo e mentoria das lideranças para que essas possibilidades sejam implementadas com qualidade e de forma realista. Pergunte-se: além de cargos e promoções, o que mais dá para oferecer às pessoas?

Em primeiro lugar, deve-se levar em consideração que, assim como tudo na vida, o híbrido não funciona para todos. Se há o time dos empolgados com o [retorno ao presencial](https://blog.vee.digital/volta-ao-escritorio-veja-como-se-preparar-para-esse-momento/), para muitos a volta ao escritório está longe de ser bem vista. É por isso que, antes de chegar com uma política pronta de trabalho híbrido, é importante conhecer as expectativas e as necessidades de cada colaborador e oferecer flexibilidade.

O escritório, afinal de contas, continua importante. “Aquela questão da espontaneidade que, muitas vezes, não se tem no digital, se mantém no físico” diz Marcelo Ramos, co-general manager da worktech de benefícios e vida no trabalho Swile. E ainda: “Tem muita gente que sente a necessidade de sair de casa, muitas vezes nem por questão de infra. Pode até ter o auxílio para melhorar o home office, mas às vezes não tem espaço, ou tem mais de uma pessoas trabalhando no mesmo lugar”.

Ramos aconselha não fechar questão sobre a política de trabalho híbrido ou full remoto sem perguntar a opinião dos colaboradores. “Hoje, o papel do RH é levantar a bandeira de falar: eu tomo decisões com base naquilo que escuto vindo do meu usuário interno”, sugere o executivo.

## Considere no-meeting days
Entre as principais reclamações em relação à dinâmica do home office estão as reuniões frequentes e a dificuldade em trabalhar sem interrupções. Mas esses problemas podem ser resolvidos com um equilíbrio inteligente entre presencial e remoto.

Uma das soluções é implementar dias sem reuniões entre as equipes, com foco na produtividade – algo que reforça a autonomia do colaborador e pode ser decisivo para aliviar a sensação de sobrecarga, evitando burnout.

Com o retorno, mesmo que gradual, ao escritório, a tendência é que o expediente volte a acabar quando termina, digamos assim – iniciativas como o projeto de lei Trabalhando de Casa, na Irlanda, incluem o direito legal de se desconectar das comunicações fora do horário de trabalho. Dos benefícios intangíveis de uma [gestão humana](https://www.revistahsm.com.br/post/cinco-pilares-da-gestao-de-pessoas-no-trabalho-hibrido), um expediente menos interrompido tornou-se algo básico para [a saúde mental. ](https://www.revistahsm.com.br/post/com-atencao-a-saude-mental-empresas-podem-evitar-depressao-burnout-e)

## Flexibilidade em benefícios
Que é essencial colocar as pessoas no centro da gestão é algo que a pandemia deixou mais do que claro. Mas e os benefícios tangíveis? Com o retorno ao presencial, modifica-se o padrão de gastos com alimentação, mobilidade e assim por diante.

A tendência é a adoção de um saldo único para tais despesas – que pode ser gerido por [aplicativos](https://www.swile.co/pt-br/swile-app) como o da Swile, onde a grana pode ser deslocada para a categoria que o colaborador preferir.

“Isso traz uma flexibilidade e um poder de consumo muito maior para o funcionário”, afirma Marcelo Ramos. “Se estou em casa, tenho a tendência de consumir muito mais em mercado do que em refeições fora e fico com aquele saldo acumulando, sendo que poderia aproveitar melhor em uma compra até em atacado.”
No caso das plataformas de benefícios corporativos, que ascenderam depois da pandemia, essa flexibilidade é visível: a pessoa pode ficar em casa no trabalho remoto, receber um saldo de alimentação e refeição e movimentar o montante da maneira que quiser.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Relacionamentos geram resultados

Em tempos de alta performance e tecnologia, o verdadeiro diferencial está na empatia: um ativo invisível que transforma vínculos em resultados.

Liderança, Empreendedorismo, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Inovação & estratégia
1 de setembro de 2025
Imersão de mais de 10 horas em São Paulo oferece conteúdo de alto nível, mentorias com especialistas, oportunidades de networking qualificado e ferramentas práticas para aplicação imediata para mulheres, acelerando oportunidades para um novo paradigma econômico

Redação HSM Management

0 min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
1 de setembro de 2025
Na era da creator economy, influência não é mais sobre alcance - é sobre confiança. Você já se deu conta como os influenciadores se tornaram ativos estratégicos no marketing contemporâneo? Eles conectam dados, propósito e performance. Em um cenário cada vez mais automatizado, é a autenticidade que converte.

Salomão Araújo - VP Comercial da Rakuten Advertising no Brasil

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Liderança
29 de agosto de 2025
Estamos entrando na temporada dos planos estratégicos - mas será que o que chamamos de “estratégia” não é só mais uma embalagem bonita para táticas antigas? Entenda o risco do "strategy washing" e por que repensar a forma como construímos estratégia é essencial para navegar futuros possíveis com mais consciência e adaptabilidade.

Lilian Cruz, Cofundadora da Ambidestra

4 minutos min de leitura
Empreendedorismo, Inovação & estratégia
28 de agosto de 2025
Startups lideradas por mulheres estão mostrando que inovação não precisa ser complexa - precisa ser relevante. Já se perguntou: por que escutar as necessidades reais do mercado é o primeiro passo para empreender com impacto?

Ana Fontes - Empreendedora social, fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME) e do Instituto RME

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Tecnologia & inteligencia artificial
26 de agosto de 2025
Em um universo do trabalho regido pela tecnologia de ponta, gestores e colaboradores vão obrigatoriamente colocar na dianteira das avaliações as habilidades humanas, uma vez que as tarefas técnicas estarão cada vez mais automatizadas; portanto, comunicação, criatividade, pensamento crítico, persuasão, escuta ativa e curiosidade são exemplos desse rol de conceitos considerados essenciais nesse início de século.

Ivan Cruz, cofundador da Mereo, HR Tech

4 minutos min de leitura
Inovação
25 de agosto de 2025
A importância de entender como o design estratégico, apoiado por políticas públicas e gestão moderna, impulsiona o valor real das empresas e a competitividade de nações como China e Brasil.

Rodrigo Magnago

9 min de leitura
Cultura organizacional, ESG, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
25 de agosto de 2025
Assédio é sintoma. Cultura é causa. Como ambientes de trabalho ainda normalizam comportamentos abusivos - e por que RHs, líderes e áreas jurídicas precisam deixar a neutralidade de lado e assumir o papel de agentes de transformação. Respeito não pode ser negociável!

Viviane Gago, Facilitadora em desenvolvimento humano

5 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Estratégia, Inovação & estratégia, Tecnologia e inovação
22 de agosto de 2025
Em tempos de alta complexidade, líderes precisam de mais do que planos lineares - precisam de mapas adaptativos. Conheça o framework AIMS, ferramenta prática para navegar ambientes incertos e promover mudanças sustentáveis sem sufocar a emergência dos sistemas humanos.

Manoel Pimentel - Chief Scientific Officer na The Cynefin Co. Brazil

8 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Finanças, Marketing & growth
21 de agosto de 2025
Em tempos de tarifas, volta de impostos e tensão global, marcas que traduzem o cenário com clareza e reforçam sua presença local saem na frente na disputa pela confiança do consumidor.

Carolina Fernandes, CEO do hub Cubo Comunicação e host do podcast A Tecla SAP do Marketês

4 minutos min de leitura
Uncategorized, Empreendedorismo, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
20 de agosto de 2025
A Geração Z está redefinindo o que significa trabalhar e empreender. Por isso é importante refletir sobre como propósito, impacto social e autonomia estão moldando novas trajetórias profissionais - e por que entender esse movimento é essencial para quem quer acompanhar o futuro do trabalho.

Ana Fontes

4 minutos min de leitura