Business content, Gestão de pessoas

Segurança financeira está ligada à saúde mental, motivação e produtividade do colaborador

Experiências e pesquisas mostram que saúde mental e redução de turnover são mais fáceis de alcançar quando a empresa investe no bem-estar financeiro dos funcionários
É colaborador de HSM Management.

Compartilhar:

Empresas que promovem ações de educação financeira e combate ao endividamento do colaborador têm maior probabilidade de elevar os níveis de saúde mental, produtividade e engajamento entre as equipes – além de se diferenciarem na atração e retenção de talentos. É o que concluiu um estudo da fintech Creditas em parceria com o Ibope Inteligência, realizado com 1 mil pessoas das classes sociais A, B e C. No Brasil, onde três em cada quatro famílias estão endividadas, informações como essa valem ouro.

De acordo com o último levantamento da Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC), disponibilizado em novembro, o número de [famílias endividadas é o maior em quase 12 anos no país](https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-11/cnc-endividamento-das-familias-atinge-maior-patamar-em-quase-12-anos). Engana-se quem acha que a causa é unicamente a má gestão dos recursos – isto é, a dificuldade em controlar, poupar e investir. Aqui também entram os impiedosos efeitos econômicos da pandemia.

Recentemente, a agência de classificação de risco Austin Rating constatou que o Brasil tem a [4ª maior taxa de desemprego](https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/11/22/brasil-tem-a-4a-maior-taxa-de-desemprego-do-mundo-aponta-ranking-com-44-paises.ghtml) do mundo. Outra pesquisa da Creditas, que neste ano ouviu trabalhadores de carteira assinada, concluiu que a vida financeira piorou para 44% dos entrevistados desde o surgimento do coronavírus. Eles reduziram e cortaram despesas, mas ainda sofreram com reduções de benefícios oferecidos pelas empresas em que atuam.

Na hora do desespero, a falta de informação costuma levar as pessoas ao endividamento ruim. Isto é, a optarem por crédito com juros abusivos, como os rotativos do cartão de crédito (343,6% ao ano em outubro) e o cheque especial (128% a.a.), criando uma bola de neve em dívidas. “Um dos grandes erros do RH é achar que esse problema generalizado do Brasil não atinge os colaboradores da sua empresa”, explica Viviane Sales, VP da Creditas at Work.

Como se não bastasse, a falta de dinheiro causa impacto direto na [saúde mental](https://www.revistahsm.com.br/dossie/saude-mental-nas-empresas). No estudo realizado em 2021 pela Creditas, 39% dos colaboradores entrevistados disseram ter insônia por causa de contas atrasadas, 27% afirmam que as dívidas impactam na autoestima e 10% acreditam que a falta de crédito atrapalha o sucesso profissional. Dormir bem, demonstram estudos, é um dos pilares essenciais para a boa saúde mental.

E não para por aí. A pessoa endividada costuma se preocupar em arranjar um novo emprego para tentar compensar a falta de capital, seja um trabalho adicional ou outro integral – desde que pague mais. “Essa preocupação contribui para a baixa produtividade, a desmotivação e a falta de bem-estar, além de aumentar o turnover”, reforça Sales.

De acordo com a Creditas, R$ 3.024,98 é o prejuízo médio anual que o absenteísmo de um colaborador endividado causa nas finanças da empresa. A missão da fintech é mitigar esse tipo de risco ao oferecer programas de fomento à educação financeira, além de benefícios múltiplos, como antecipação salarial e empréstimo consignado com garantia real para pessoa física.

## Fortalecendo os colaboradores

Para fugir da falta de oportunidades, especialmente depois que o Haiti foi devastado por um terremoto em 2010, Jean Natan Jose se despediu da família para tentar a sorte no Brasil. Logo começou a trabalhar, tendo condições de se sustentar e ainda enviar dinheiro à esposa e às filhas. Mas a saudade batia forte. Na verdade, Jean queria que elas estivessem com ele, no Brasil.

Em 2019, depois de muitas tentativas, a embaixada brasileira em Porto Príncipe, capital haitiana, finalmente concedeu um visto de reunião familiar aos parentes de Jean. A viagem deveria ser feita em no máximo três meses, a partir da autorização. O problema é que, desde que Jean havia chegado ao Brasil, três anos antes, conseguiu poupar apenas metade do dinheiro para comprar as passagens. Mesmo que aplicasse todo o salário dali em diante, não conseguiria completar o valor necessário antes que o visto expirasse.

Ao compartilhar a situação com os supervisores no trabalho, Jean descobriu que a empresa era parceira da Creditas. E que, por meio dessa parceria, era possível obter um crédito consignado, com desconto em folha e taxas mais baixas do que as praticadas pelo mercado. Foi assim que ele conseguiu emprestado o montante que faltava e, finalmente, [reencontrou sua família](https://www.youtube.com/watch?v=YpID5ERsLlo&t=6s&ab_channel=Creditas).

Promover desfechos assim é uma das razões de existir da Creditas, segundo Viviane Sales. A VP lembra de outra história em que uma trabalhadora negativada queria comprar um fogão. Com o nome sujo, estava impedida de obter um cartão de crédito ou de parcelar em loja. “Isso fazia ela gastar cada vez mais comendo fora.” Por fim, a trabalhadora conseguiu o fogão através da [Creditas Store](https://www.creditas.com/store), loja online de produtos e serviços onde os clientes (funcionários de empresas conveniadas à Creditas) pagam com desconto em folha de pagamento, o que reduz o risco de inadimplência para a fintech.

“Na atual gestão de pessoas, é indispensável oferecer benefícios corporativos para aumentar o nível de satisfação dos colaboradores e de retenção de talentos”, reforça Viviane Sales.

## Bem-estar financeiro e mental em debate

Para se aprofundar nas estratégias de promoção da saúde mental, a motivação e a produtividade dos colaboradores nas organizações, a Creditas realiza o __HR Trends Talks__, no dia 7 de dezembro, às 9h30. No primeiro painel da manhã, Viviane Sales, VP da Creditas @Work, Daniela Kono, gerente de saúde, segurança e bem estar da Creditas, e Rui Brandão, CEO do Zenklub, debaterão a importância de cuidar da saúde financeira e mental dos colaboradores. O segundo painel do dia contará com a presença de Gustavo Pagotto, diretor da Creditas @ Work, Isa Kolesnikovas, head de cultura e desenvolvimento da Creditas e Felipe Sobral, gerente de marketing da Kenoby debatendo o papel dos benefícios flexíveis na atração e retenção de talentos.

O evento é online e gratuito. [Clique aqui](https://www.creditas.com/hr-trends?utm_medium=pr&utm_source=revistahsm&utm_campaign=atwork-hrtrends&utm_term=122021&utm_content=evento) e inscreva-se.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Homo confusus no trabalho: Liderança, negociação e comunicação em tempos de incerteza

Em um mundo sem mapas claros, o profissional do século 21 não precisa ter todas as respostas – mas sim coragem para sustentar as perguntas certas.
Neste artigo, exploramos o surgimento do homo confusus, o novo ser humano do trabalho, e como habilidades como liderança, negociação e comunicação intercultural se tornam condições de sobrevivência em tempos de ambiguidade, sobrecarga informacional e transformações profundas nas relações profissionais.

Desenvolvimento pessoal, Carreira, Carreira, Desenvolvimento pessoal
23 de julho de 2025
Liderar hoje exige muito mais do que seguir um currículo pré-formatado. O que faz sentido para um executivo pode não ressoar em nada para outro. A forma como aprendemos precisa acompanhar a velocidade das mudanças, os contextos individuais e a maturidade de cada trajetória profissional. Chegou a hora de parar de esperar por soluções genéricas - e começar a desenhar, com propósito, o que realmente nos prepara para liderar.

Rubens Pimentel

4 minutos min de leitura
Pessoas, Cultura organizacional, Gestão de pessoas, Liderança, times e cultura, Liderança, Gestão de Pessoas
23 de julho de 2025
Entre idades, estilos e velocidades, o que parece distância pode virar aprendizado. Quando escuta substitui julgamento e curiosidade toma o lugar da resistência, as gerações não competem - colaboram. É nessa troca sincera que nasce o que importa: respeito, inovação e crescimento mútuo.

Ricardo Pessoa

5 minutos min de leitura
Liderança, Marketing e vendas
22 de julho de 2025
Em um mercado saturado de soluções, o que diferencia é a história que você conta - e vive. Quando marcas e líderes investem em narrativas genuínas, construídas com propósito e coerência, não só geram valor: criam conexões reais. E nesse jogo, reputação vale mais que visibilidade.

Anna Luísa Beserra

5 minutos min de leitura
Tecnologia e inovação
15 de julho 2025
Em tempos de aceleração digital e inteligência artificial, este artigo propõe a literacia histórica como chave estratégica para líderes e organizações: compreender o passado torna-se essencial para interpretar o presente e construir futuros com profundidade, propósito e memória.

Anna Flávia Ribeiro

17 min de leitura
Inovação
15 de julho de 2025
Olhar para um MBA como perda de tempo é um ponto cego que tem gerado bastante eco ultimamente. Precisamos entender que, num mundo complexo, cada estudo constrói nossas perspectivas para os desafios cotidianos.

Frederike Mette e Paulo Robilloti

6 min de leitura
User Experience, UX
Na era da indústria 5.0, priorizar as necessidades das pessoas aos objetivos do negócio ganha ainda mais relevância

GEP Worldwide - Manoella Oliveira

9 min de leitura
Tecnologia e inovação, Empreendedorismo
Esse fio tem a ver com a combinação de ciências e humanidades, que aumenta nossa capacidade de compreender o mundo e de resolver os grandes desafios que ele nos impõe

CESAR - Eduardo Peixoto

6 min de leitura
Inovação
Cinco etapas, passo a passo, ajudam você a conseguir o capital para levar seu sonho adiante

Eline Casasola

4 min de leitura
Transformação Digital, Inteligência artificial e gestão
Foco no resultado na era da IA: agilidade como alavanca para a estratégia do negócio acelerada pelo uso da inteligência artificial.

Rafael Ferrari

12 min de leitura
Negociação
Em tempos de transformação acelerada, onde cenários mudam mais rápido do que as estratégias conseguem acompanhar, a negociação se tornou muito mais do que uma habilidade tática. Negociar, hoje, é um ato de consciência.

Angelina Bejgrowicz

6 min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)