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Sobre futuros incertos

O mundo como o conhecemos nunca mais será o mesmo. Mas que mundo será esse?
Jornalista com ampla experiência nas áreas de negócios, inovação e tecnologia. Especializado em produção de conteúdo para veículos de mídia, branded content e gestão de projetos multiplataforma (online, impresso e eventos). Vencedor dos prêmios Citi Journalistic Excellence Award e Editora Globo de Jornalismo. Também é gerente de conteúdo da HSM Management.

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Períodos de crise nada mais são do que pontos de inflexão na História. De tempos em tempos, surge um agente de mudança para nos lembrar que nenhum sistema – econômico, social e cultural – é perfeito. E que precisamos respeitar os limites dos nossos acordos coletivos e da nossa relação com o meio ambiente. Nas últimas décadas, o recado foi dado por guerras, bolhas, desastres naturais e pandemias como a que estamos vivendo agora. A mensagem às vezes chega de uma maneira incrivelmente cruel.

O mundo como o conhecemos nunca mais será o mesmo. Nas últimas semanas, ouvi essa frase de médicos, economistas, executivos e empresários. Mas será que esse mundo estava tão bom assim? Temos pela frente um desafio sem precedentes na saúde e na economia. Mas precisamos começar a pensar no futuro que criaremos a partir de agora. De bate-pronto, acho que já saímos com uma enorme lição sobre a importância da ciência e da informação no debate público.  

Em meio a essa crise de ansiedade coletiva que estamos vivendo, encontro inspiração nas minhas duas filhas: Alice, de 8 anos, e Nina, prestes a completar seus primeiros 4 meses enquanto escrevo esta coluna. Fico pensando em como isso tudo está mudando a relação que a Alice tem com a escola, com os amigos e com a nossa família – e em como ela está feliz de ter a gente mais perto. E também em como este novo mundo que nos causa tanto medo vai ser o único mundo que a Nina vai conhecer. São questões de quem tem o privilégio de trabalhar em home office e obter algum conforto financeiro com isso. Reconheço e sou grato por isso. 

Gostaria de terminar esta coluna com algum tipo de conselho ou conclusão mais incisiva. Mas é difícil encontrar as palavras certas quando estamos balançando na rede da incerteza. Só consigo pensar que uma coluna sobre lifelong learning talvez nunca tenha feito tanto sentido. Mais do que nunca, precisaremos continuar a nos reinventar – como pessoas, empresas e sociedade – para atravessar esse momento. Assim como acontece em qualquer crise, 

o futuro será definido por nossa capacidade de encontrar novas respostas para novos problemas.

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