ESG
6 min de leitura

Trabalhabilidade: o road map para estender a carreira dos profissionais 45+

Conheça as 8 habilidades necessárias para que o profissional sênior esteja em consonância com o conceito de trabalhabilidade
A Talento Sênior é uma empresa de Talent as a Service, que promove a trabalhabilidade de profissionais 45+ sob demanda. Faz parte do Grupo Talento Incluir e é idealizadora do Hub Sênior para Sênior. Foi finalista do ‘Prêmio Inovação Social da Fundação MAPFRE’, na categoria “Economia Sênior” e é acelerada pela Seniortech Ventures. Foi uma das startups convidadas a participar do Fórum ‘Davos Innovation Week’, sobre inovação em Davos (2024) para apresentar o conceito pioneiro de Talent as a Service (TaaS) na contratação de profissionais maduros.

Compartilhar:

Por Cris Sabbag, CDO da Talento Sênior

A trabalhabilidade é um conceito que tem transformado o mercado de trabalho para os profissionais maduros. Diferentemente da empregabilidade, que se limita à conquista de um emprego, a trabalhabilidade diz respeito à capacidade de uma pessoa de gerar valor e renda, utilizando suas habilidades e competências, em diferentes situações e contextos de trabalho. Vai além da busca por um emprego formal, é reunir um conjunto de habilidades, conhecimentos e atitudes, que permitem ao indivíduo se adaptar, prosperar e gerar valor em diferentes contextos de trabalho.

O conceito de trabalhabilidade está diretamente ligado ao lifelong learning, na busca contínua por conhecimento e desenvolvimento de habilidades para o sucesso profissional em um mundo em constante transformação. Isso gera novas oportunidades para o profissional 45+ se manter nesse mercado. Quem entende a trabalhabilidade está pronto para romper novas barreiras, trazer soluções para novos negócios, além do conhecimento técnico que juntou em toda sua jornada profissional. Isso porque a trabalhabilidade está mais no profissional que na empresa.

Os profissionais mais experientes enfrentam um cenário em que a longevidade no trabalho já não se limita à permanência em um único cargo ou empresa. Modelos tradicionais de carreira, como o plano de ascensão linear, foram substituídos por trajetórias mais flexíveis e multidisciplinares. Isso exige que os profissionais desenvolvam não apenas competências técnicas, mas habilidades emocionais e estratégicas para lidar com desafios como a digitalização, novas formas de trabalho e a cultura da inovação.

A trabalhabilidade também impulsiona o empreendedorismo entre profissionais mais experientes. Muitos têm aproveitado sua expertise para oferecer consultorias, atuar como mentores ou investir em negócios próprios. Com a ascensão da economia do conhecimento, cresce a valorização de quem tem vivências consolidadas e pode oferecer soluções estratégicas para empresas e clientes.

Além disso, o modelo de carreira Y, que antes obrigava os profissionais a optarem entre seguir um caminho técnico ou gerencial, está sendo substituído por um formato mais dinâmico, que valoriza múltiplas habilidades e trajetórias híbridas. Isso significa que profissionais 50+ podem se reposicionar no mercado de forma mais ampla, combinando competências em diferentes áreas e explorando formatos como trabalho autônomo, parcerias estratégicas e novas modalidades de contratação.

Um exemplo disso está na necessidade de ambidestria profissional – a habilidade de transitar entre diferentes áreas e funções. Profissionais 50+ que dominam essa versatilidade conseguem aplicar suas experiências em novos setores ou até empreender em nichos emergentes. Casos como o de dentistas que expandiram sua atuação para a estética facial mostram como a trabalhabilidade permite explorar novas frentes de trabalho sem descartar a bagagem adquirida ao longo dos anos.

A trabalhabilidade também impulsiona o empreendedorismo entre profissionais mais experientes. Muitos têm aproveitado sua expertise para oferecer consultorias, atuar como mentores ou investir em negócios próprios. Com a ascensão da economia do conhecimento, cresce a valorização de quem tem vivências consolidadas e pode oferecer soluções estratégicas para empresas e clientes.

Para atuar no conceito de trabalhabilidade o profissional sênior precisa reunir as seguintes habilidades:

  • Competências Técnicas: domínio de conhecimentos específicos e habilidades práticas relevantes para a área de atuação, mantendo-se atualizado com as novas tecnologias e tendências do mercado;
  • Habilidades Socioemocionais: capacidade de se comunicar com eficácia, trabalhar em equipe, resolver conflitos, liderar, negociar, ter empatia e construir relacionamentos interpessoais positivos;
  • Adaptabilidade e flexibilidade: aptidão para se ajustar a novas situações, aprender continuamente, lidar com mudanças e aceitar novas formas de trabalho;
  • Criatividade e Inovação: habilidade para gerar novas ideias, soluções e abordagens para os desafios profissionais e promover a melhoria contínua;
  • Autoconhecimento e autogestão: compreensão de suas próprias habilidades, valores, objetivos e limitações, e capacidade de gerenciar o tempo, as emoções e o desenvolvimento profissional de forma autônoma.
  • Proatividade: disposição para agir, buscar oportunidades, assumir responsabilidades, propor soluções e contribuir ativamente para o sucesso da equipe e da organização;
  • Visão estratégica e empreendedora: capacidade de identificar oportunidades, planejar e executar projetos, assumir riscos calculados, e ter uma visão de longo prazo para sua carreira;
  • Competências digitais: domínio das ferramentas digitais e tecnologias de informação e comunicação, com capacidade de utilizá-las de forma eficiente para o trabalho, a aprendizagem e a comunicação.

O profissional preparado para a trabalhabilidade também está pronto para atuar em novos conceitos de contrato de trabalho, além do convencional, como o TaaS – Talent as a Service, forma pioneira de contrato de trabalho apresentada pela Talento Sênior e que conecta de forma pioneira profissionais 45+ sob demanda ao mercado de trabalho que tem aberto novas oportunidades para extensão de carreira.

Empresas que reconhecem a importância da diversidade etária e da experiência estão se beneficiando da inclusão de profissionais seniores, que trazem maturidade, visão estratégica e um repertório amplo de soluções para desafios organizacionais. As áreas de Recursos Humanos nas empresas vão precisar aprender de que formar atrair e reconhecer para selecionar esse perfil tão valioso de talento.

A trabalhabilidade refaz a rota do mercado para o profissional sênior. Exige do profissional foco para desenvolver tais habilidades e para ampliar a visão de futuro. Em troca, entrega ao mercado um profissional completo, com capacidade de transformar conhecimento em novas oportunidades e que consegue lidar com problemas com conhecimento técnico, vivência e equilíbrio emocional, seja dentro de empresas ou no empreendedorismo. Um perfil diferente do que o mercado queria no passado, mas muito mais preparado para as novas exigências do futuro.

Compartilhar:

A Talento Sênior é uma empresa de Talent as a Service, que promove a trabalhabilidade de profissionais 45+ sob demanda. Faz parte do Grupo Talento Incluir e é idealizadora do Hub Sênior para Sênior. Foi finalista do ‘Prêmio Inovação Social da Fundação MAPFRE’, na categoria “Economia Sênior” e é acelerada pela Seniortech Ventures. Foi uma das startups convidadas a participar do Fórum ‘Davos Innovation Week’, sobre inovação em Davos (2024) para apresentar o conceito pioneiro de Talent as a Service (TaaS) na contratação de profissionais maduros.

Artigos relacionados

Reputação sólida, ética líquida: o desafio da integridade no mundo corporativo

No mundo corporativo, reputação se constrói com narrativas, mas se sustenta com integridade real – e é justamente aí que muitas empresas tropeçam. É o momento de encarar os dilemas éticos que atravessam culturas organizacionais, revelando os riscos de valores líquidos e o custo invisível da incoerência entre discurso e prática.

Saúde mental, Gestão de pessoas
Como as empresas podem usar inteligência artificial e dados para se enquadrar na NR-1, aproveitando o adiamento das punições para 2026
0 min de leitura
ESG
Construímos um universo de possibilidades. Mas a pergunta é: a vida humana está realmente melhor hoje do que 30 anos atrás? Enquanto brasileiros — e guardiões de um dos maiores biomas preservados do planeta — somos chamados a desafiar as retóricas de crescimento e consumo atuais. Se bem endereçados, tais desafios podem nos representar uma vantagem competitiva e um fôlego para o planeta

Filippe Moura

6 min de leitura
Carreira, Diversidade
Ninguém fala disso, mas muitos profissionais mais velhos estão discriminando a si mesmos com a tecnofobia. Eles precisam compreender que a revolução digital não é exclusividade dos jovens

Ricardo Pessoa

4 min de leitura
ESG
Entenda viagens de incentivo só funcionam quando deixam de ser prêmios e viram experiências únicas

Gian Farinelli

6 min de leitura
Liderança
Transições de liderança tem muito mais relação com a cultura e cultura organizacional do que apenas a referência da pessoa naquela função. Como estão estas questões na sua empresa?

Roberto Nascimento

6 min de leitura
Inovação
Estamos entrando na era da Inteligência Viva: sistemas que aprendem, evoluem e tomam decisões como um organismo autônomo. Eles já estão reescrevendo as regras da logística, da medicina e até da criatividade. A pergunta que nenhuma empresa pode ignorar: como liderar equipes quando metade delas não é feita de pessoas?

Átila Persici

6 min de leitura
Gestão de Pessoas
Mais da metade dos jovens trabalhadores já não acredita no valor de um diploma universitário — e esse é só o começo da revolução que está transformando o mercado de trabalho. Com uma relação pragmática com o emprego, a Geração Z encara o trabalho como negócio, não como projeto de vida, desafiando estruturas hierárquicas e modelos de carreira tradicionais. A pergunta que fica: as empresas estão prontas para se adaptar, ou insistirão em um sistema que não conversa mais com a principal força de trabalho do futuro?

Rubens Pimentel

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
US$ 4,4 trilhões anuais. Esse é o prêmio para empresas que souberem integrar agentes de IA autônomos até 2030 (McKinsey). Mas o verdadeiro desafio não é a tecnologia – é reconstruir processos, culturas e lideranças para uma era onde máquinas tomam decisões.

Vitor Maciel

6 min de leitura
ESG
Um ano depois e a chuva escancara desigualdades e nossa relação com o futuro

Anna Luísa Beserra

6 min de leitura
Empreendedorismo
Liderar na era digital: como a ousadia, a IA e a visão além do status quo estão redefinindo o sucesso empresarial

Bruno Padredi

5 min de leitura