Uncategorized

Você é construtor? De que tipo?

Guilherme Soárez, CEO da HSM

Compartilhar:

Sabemos que qualquer um que esteja lançando um novo empreendimento enfrentará obstáculos e dificuldades sem igual, seja uma startup independente, seja uma nova divisão dentro de uma empresa madura. Na visão do venture capitalist Chris Kuenne e do professor John Danner, especialistas em inovação e empreendedorismo, o sucesso dessa empreitada pode ser explicado pelo envolvimento de um tipo específico de pessoa: o líder com personalidade construtora. Gente com personalidade construtora, dizem eles, consegue lidar bem melhor com os empecilhos. Essa personalidade resulta de um conjunto de crenças e preferências, e se manifesta na motivação, no processo decisório, na abordagem gerencial e no estilo de liderança de um indivíduo.

A tese de Kuenne e Danner pode suscitar debates inflamados, eu sei. Ainda mais em um Brasil que hoje pega fogo por quase qualquer coisa. Porém, a pesquisa séria que os dois autores realizaram, somada a suas relevantes experiências de negócios, faz com que mereçam a atenção dos executivos brasileiros. Afinal, neste momento, precisamos muito de empurrões para crescer. Built for growth, o livro da dupla, está sendo publicado no Brasil pela HSM com o título _Feitas para crescer_, e esta revista faz um recorte de seu conteúdo, discorrendo sobre os quatro tipos de personalidade construtora e a equipe que melhor complementa cada um deles. 

Vou incluir um spoiler aqui: o construtor condutor é implacável, focado em vendas e extremamente confiante, e um exemplo óbvio dele é Steve Jobs, da Apple. O construtor explorador é curioso, centrado em sistemas e impassível, como Mark Zuckerberg, do Facebook. O construtor expedicionário é intrépido, inspirado por uma missão e cheio de compaixão, nos moldes de Jessica Alba, cuja empresa The Honest foi recentemente retratada por nós. Já o construtor capitão é pragmático, empoderador de equipes e objetivo, como eram os fundadores da HP, Bill Hewlett e Dave Packard. Pergunte-se agora: você se parece com algum deles? Leia o artigo todo. E aprofunde-se na teoria de Kuenne e Danner.

Peço licença aos autores, no entanto, para dizer que a personalidade construtora ajuda, mas não garante sozinha o crescimento. No mínimo, é preciso ter uma estratégia – e, nesta edição, trazemos o modelo SBB, que facilita a formulação e a execução estratégica – e uma liderança do tipo empatia assertiva, que começa por três conversas-chave com os colaboradores. Boa leitura!

Compartilhar:

Artigos relacionados

Reputação sólida, ética líquida: o desafio da integridade no mundo corporativo

No mundo corporativo, reputação se constrói com narrativas, mas se sustenta com integridade real – e é justamente aí que muitas empresas tropeçam. É o momento de encarar os dilemas éticos que atravessam culturas organizacionais, revelando os riscos de valores líquidos e o custo invisível da incoerência entre discurso e prática.

Vivemos a reinvenção do CEO?

Está na hora de entender como o papel de CEO deixou de ser sinônimo de comando isolado para se tornar o epicentro de uma liderança adaptativa, colaborativa e guiada por propósito. A era do “chefão” dá lugar ao maestro estratégico que rege talentos diversos em um cenário de mudanças constantes.

Tecnologias exponenciais
A Inteligência Artificial deixou de ser uma promessa futurista para se tornar o cérebro operacional de organizações inteligentes. Mas, se os algoritmos assumem decisões, qual será o papel dos líderes no comando das empresas? Bem-vindos à era da gestão cognitiva.

Marcelo Murilo

12 min de leitura
ESG
Por que a capacidade de expressar o que sentimos e precisamos pode ser o diferencial mais subestimado das lideranças que realmente transformam.

Eduardo Freire

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A IA não é só para tech giants: um plano passo a passo para líderes transformarem colaboradores comuns em cientistas de dados — usando ChatGPT, SQL e 360 horas de aprendizado aplicado

Rodrigo Magnago

21 min de leitura
ESG
No lugar de fechar as portas para os jovens, cerque-os de mentores e, por que não, ofereça um exemplar do clássico americano para cada um – eles sentirão que não fazem apenas parte de um grupo estereotipado, mas que são apenas jovens

Daniela Diniz

05 min de leitura
Empreendedorismo
O Brasil já tem 408 startups de impacto – 79% focadas em soluções ambientais. Mas o verdadeiro potencial está na combinação entre propósito e tecnologia: ferramentas digitais não só ampliam o alcance dessas iniciativas, como criam um ecossistema de inovação sustentável e escalável

Bruno Padredi

7 min de leitura
Finanças
Enquanto mulheres recebem migalhas do venture capital, fundos como Moon Capital e redes como Sororitê mostram o caminho: investir em empreendedoras não é ‘caridade’ — é fechar a torneira do vazamento de talentos e ideias que movem a economia

Ana Fontes

5 min de leitura
Empreendedorismo
Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Ivan Cruz

7 min de leitura
ESG
Resgatar nossas bases pode ser a resposta para enfrentar esta epidemia

Lilian Cruz

5 min de leitura
Liderança
Como a promessa de autonomia virou um sistema de controle digital – e o que podemos fazer para resgatar a confiança no ambiente híbrido.

Átila Persici

0 min de leitura