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Confiança é o novo marketing: o papel dos influenciadores na construção de reputação e resultados 

Na era da creator economy, influência não é mais sobre alcance - é sobre confiança. Você já se deu conta como os influenciadores se tornaram ativos estratégicos no marketing contemporâneo? Eles conectam dados, propósito e performance. Em um cenário cada vez mais automatizado, é a autenticidade que converte.
Formado em Comunicação Digital pela Unip e em Negócios e Marketing pelo Australian Pacific College. Salomão Araújo nasceu no Guarujá, São Paulo, e possui MBA em Gestão de Comunicação de Mercado pela Esamc. Ele concluiu cursos de treinamento executivo em Liderança, Gestão e Negociação pela FGV e Gestão Comercial pelo Insper. Atualmente é VP Comercial da Rakuten Advertising.

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Oito em cada dez pessoas confiam mais na recomendação de um influenciador do que em um anúncio tradicional. Esse dado recente da pesquisa da Rakuten Advertising não é apenas curioso; é um alerta. Ele escancara uma mudança profunda e estrutural na forma como as pessoas se relacionam com marcas, produtos e decisões de consumo.

Estamos vivendo um ciclo em que a publicidade de massa cede espaço para conexões mais humanas, personalizadas e baseadas em credibilidade real. O influenciador; antes visto apenas como canal; agora assume um papel estratégico na jornada do consumidor: da descoberta à decisão.

A ascensão dos creators não é um acaso. Eles ocupam um espaço que os formatos tradicionais não conseguem preencher: o da confiança construída na recorrência, no estilo de vida compartilhado e na identificação genuína com suas comunidades. Hoje, mais do que audiência, o que vale é a influência real.

Atualmente, a influência move ponteiros. Na lógica do marketing de performance, o foco sempre foi gerar conversão. Mas à medida que os consumidores se tornam mais exigentes, informados e conectados, a performance passa, inevitavelmente, pela confiança. E os influenciadores são hoje os maiores vetores dessa confiança.

Eles não apenas recomendam; validam, contextualizam e humanizam a relação com a marca. Deixaram de ser mídia. Tornaram-se ativos estratégicos. A pergunta que fica é: estamos medindo o que realmente importa? Ainda é comum ver marcas escolhendo influenciadores com base em número de seguidores, curtidas ou alcance. Mas os indicadores tradicionais, isoladamente, já não contam toda a história.

Engajamento é importante. Mas identificação é o que gera conversão. A pergunta que deveríamos nos fazer é: essa pessoa tem real afinidade com meu público? Ela gera influência de fato ou apenas visibilidade temporária?

É hora de ampliarmos a régua: a confiança também precisa ser medida como parte do funil de performance. E ela pode e deve ser combinada com dados, conversão e inteligência.

IA e automação: quanto mais tecnologia, mais valor no fator humano

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Mas paradoxalmente, quanto mais a tecnologia avança, mais essencial se torna o fator humano. Porque não é o algoritmo que convence. É a conexão. É o rosto conhecido. É a voz que inspira confiança.

A tecnologia pode distribuir. Mas é a autenticidade que converte. E agora? Como sua marca está se preparando para essa nova era da influência? Esse não é mais um debate sobre escolher entre branding e performance. É sobre integrar. Afinidade, dados e resultado não são caminhos opostos, são alavancas que se complementam.

O futuro pertence às marcas que entenderem que a confiança não é mais um bônus da comunicação. É o novo core do marketing. Quem construir isso com consistência terá algo que anúncio nenhum compra: reputação com lastro.

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