Direto ao ponto

Dados e algoritmos contra a falta de água

App da WEGoT pretende tornar as pessoas mais responsáveis pelo consumo de água, como já acontece com a eletricidade

Compartilhar:

O abastecimento de água é um problema gravíssimo no sul da Índia. Isso motivou Abilash Haridass, cofundador e chief of growth & strategy da startup indiana WEGoT Utility, a tentar entender o consumo para conscientizar os consumidores da necessidade de evitar o desperdício. “Não só a preocupação com o acesso à água é constante, como a população também questiona sua qualidade e a intermitência do abastecimento”, afirma.

Em artigo para o site Business India, Haridass diz que costumamos ouvir sobre a necessidade de economizar água, assim como nos dizem para poupar dinheiro. “Mas como podemos economizar água se não sabemos exatamente quanto consumimos?”, questiona.

A partir de uma combinação de dados, percepções e ações gerenciadas remotamente, a WEGoT construiu uma plataforma baseada na Internet das Coisas (IoT) que fornece análises e soluções de consumo para eficiência hídrica.
A plataforma foi inicialmente concebida como uma solução ampla de eficiência de recursos – água, eletricidade e gás – com foco inicial na água. O uso de IoT permite aos usuários rastrear por meio de um app quanta água eles consomem individualmente, bem como a quantidade de água consumida por todo um edifício, por exemplo.

Essa quantidade pode ser mensurada em poços, estações de tratamento de esgoto, sistemas de captação de águas pluviais, tanques e sistemas de água encanada. A tecnologia também identifica locais de vazamento, fornece informações sobre como lidar com a vazão e permite o desligamento remoto do fluxo nas áreas afetadas.

“A solução visa tornar as pessoas mais responsáveis pelo uso da água, pois elas têm de pagar pelo consumo da mesma forma que pagariam por outros recursos, como a eletricidade”, explica o cofundador da startup. A WEGoT diz que sua solução de gerenciamento hídrico viu os edifícios reduzirem o consumo em até 35%.

Criada em 2015, a solução atualmente funciona em 30 mil casas, 3 milhões de metros quadrados de imóveis comerciais, e conta com grandes empresas como Google, ITC e Indian Railways como parceiros principais.

Em março de 2020, o governo indiano anunciou uma política exigindo que todos os edifícios em Bangalore, antigos e novos, com mais de 110 m2, tenham sistemas de gestão de água. Assim que essa política for implementada com sucesso em Bangalore, a WEGoT acredita que será replicada em outros centros urbanos na Índia.

Além disso, este ano a empresa pretende entrar em mercados internacionais, tendo o Oriente Médio como área inicial, devido à sua necessidade de gestão ativa da água.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Quando o colaborador é o problema

Ambientes tóxicos nem sempre vêm da cultura – às vezes, vêm de uma única pessoa. Entenda como identificar e conter comportamentos silenciosos que desestabilizam equipes e ameaçam a saúde organizacional.

Cultura organizacional, ESG, Gestão de pessoas, Liderança, Marketing
5 de agosto de 2025
No mundo corporativo, reputação se constrói com narrativas, mas se sustenta com integridade real - e é justamente aí que muitas empresas tropeçam. É o momento de encarar os dilemas éticos que atravessam culturas organizacionais, revelando os riscos de valores líquidos e o custo invisível da incoerência entre discurso e prática.

Cristiano Zanetta

6 minutos min de leitura
Inteligência artificial e gestão, Estratégia e Execução, Transformação Digital, Gestão de pessoas
29 de julho de 2025
Adotar IA deixou de ser uma aposta e se tornou urgência competitiva - mas transformar intenção em prática exige bem mais do que ambição.

Vitor Maciel

3 minutos min de leitura
Carreira, Aprendizado, Desenvolvimento pessoal, Lifelong learning, Pessoas, Sociedade
27 de julho de 2025
"Tudo parecia perfeito… até que deixou de ser."

Lilian Cruz

5 minutos min de leitura
Inteligência Artificial, Gestão de pessoas, Tecnologia e inovação
28 de julho de 2025
A ascensão dos conselheiros de IA levanta uma pergunta incômoda: quem de fato está tomando as decisões?

Marcelo Murilo

8 minutos min de leitura
Liderança, Cultura organizacional, Liderança
25 de julho de 2025
Está na hora de entender como o papel de CEO deixou de ser sinônimo de comando isolado para se tornar o epicentro de uma liderança adaptativa, colaborativa e guiada por propósito. A era do “chefão” dá lugar ao maestro estratégico que rege talentos diversos em um cenário de mudanças constantes.

Bruno Padredi

2 minutos min de leitura
Desenvolvimento pessoal, Carreira, Carreira, Desenvolvimento pessoal
23 de julho de 2025
Liderar hoje exige muito mais do que seguir um currículo pré-formatado. O que faz sentido para um executivo pode não ressoar em nada para outro. A forma como aprendemos precisa acompanhar a velocidade das mudanças, os contextos individuais e a maturidade de cada trajetória profissional. Chegou a hora de parar de esperar por soluções genéricas - e começar a desenhar, com propósito, o que realmente nos prepara para liderar.

Rubens Pimentel

4 minutos min de leitura
Pessoas, Cultura organizacional, Gestão de pessoas, Liderança, times e cultura, Liderança, Gestão de Pessoas
23 de julho de 2025
Entre idades, estilos e velocidades, o que parece distância pode virar aprendizado. Quando escuta substitui julgamento e curiosidade toma o lugar da resistência, as gerações não competem - colaboram. É nessa troca sincera que nasce o que importa: respeito, inovação e crescimento mútuo.

Ricardo Pessoa

5 minutos min de leitura
Liderança, Marketing e vendas
22 de julho de 2025
Em um mercado saturado de soluções, o que diferencia é a história que você conta - e vive. Quando marcas e líderes investem em narrativas genuínas, construídas com propósito e coerência, não só geram valor: criam conexões reais. E nesse jogo, reputação vale mais que visibilidade.

Anna Luísa Beserra

5 minutos min de leitura
Tecnologia e inovação
15 de julho 2025
Em tempos de aceleração digital e inteligência artificial, este artigo propõe a literacia histórica como chave estratégica para líderes e organizações: compreender o passado torna-se essencial para interpretar o presente e construir futuros com profundidade, propósito e memória.

Anna Flávia Ribeiro

17 min de leitura
Inovação
15 de julho de 2025
Olhar para um MBA como perda de tempo é um ponto cego que tem gerado bastante eco ultimamente. Precisamos entender que, num mundo complexo, cada estudo constrói nossas perspectivas para os desafios cotidianos.

Frederike Mette e Paulo Robilloti

6 min de leitura