Uncategorized

Darwin esteve aqui

__José Salibi Neto__ é cofundador da empresa de educação executiva HSM, palestrante, mentor de líderes e coautor dos livros Gestão do Amanhã, Código da Cultura, Estratégia Adaptativa e O Algoritmo da Vitória, entre outros. Lançará em maio pela editora Gente, em parceria com Sandro Magaldi, um livro sobre o motor do crescimento, que tem o JTBD como espinha dorsal.

Compartilhar:

Quando ouço o canto dos sabiás-laranjeira ao amanhecer, quase não lembro que esses pequenos pássaros descendem dos dinossauros. Em 1860, pouco depois de Charles Darwin publicar sua teoria sobre a evolução das espécies, um fóssil que representava a transição entre os répteis e os pássaros foi encontrado na Alemanha, comprovando perfeitamente sua teoria (batizaram-no de Archaeopteryx, se você tiver curiosidade de pesquisar mais). Na visão da HSM, a educação executiva está vivendo o mesmo tipo de evolução darwiniana. 

Os programas concentrados no saber gerencial e que tratam os gestores como alunos de faculdade corresponderiam aos dinossauros, possivelmente prestes a ser extintos, enquanto aqueles que, em suas metodologias, conjugam o saber, o fazer e o ser, convertendo gestores em líderes e empreendedores e virando uma parte do negócio, seriam os sabiás. Esta edição, que circula em nossa HSM ExpoManagement, dedica-se especialmente ao tema. Um provocativo Dossiê tem como ponto de partida as empresas contratantes da educação continuada –seus executivos de RH relatam os problemas que encontram na oferta atual– e é complementado pelas várias soluções propostas. Transparentes, abrimos também o posicionamento da HSM como provedora de educação executiva, nas palavras de nossa diretora da área, Angela Fleury, e de nosso presidente, Rivadávia Drummond. 

A esse respeito também publicamos uma entrevista exclusiva com o especialista em estratégia Roger Martin, ligado à Rotman School of Management e reconhecido como uma das vozes de vanguarda da área por executivos do calibre de A.G. Lafley, o CEO da P&G. Seu desânimo com o atraso das escolas de negócios em relação à necessidade de mudança deixa claro o momento jurássico que a área vive. O rico conteúdo inclui ainda três matérias sobre varejo que evidenciam a diferença entre a inovadora Zappos, de Tony Hsieh (em sua nova fase da holocracia), e a agressiva Máquina de Vendas, de Ricardo Nunes. Uma esclarecedora análise da consultoria PwC compara o momento do varejo nos EUA e no Brasil e completa o quadro. Destaco também a entrevista de Jan Koum, do WhatsApp, que me fez finalmente entender por que Mark Zuckerberg desembolsou US$ 22 bilhões pelo aplicativo. E acho fundamental ler a reportagem sobre a função vital da música na Apple. Aliás, a incorporação do executivo Jimmy Iovine, da Beats, confirma (assim como a recente contratação de Angela Ahrendts, ex-Burberry) que a companhia mais valiosa do mundo vê seus gestores como vantagem competitiva, o que reforça a importância da educação executiva para as empresas. 

Não quero encerrar esta mensagem, contudo, sem cumprimentar nossa equipe pelo prêmio IBGC-Itaú de melhor cobertura da governança corporativa pela imprensa. A matéria agraciada –Os cinco erros dos conselhos, publicada na edição 105– também tem Darwin; mostra a evolução do board. Parabéns a nossa editora Adriana Salles Gomes e à repórter Sandra Regina da Silva.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Homo confusus no trabalho: Liderança, negociação e comunicação em tempos de incerteza

Em um mundo sem mapas claros, o profissional do século 21 não precisa ter todas as respostas – mas sim coragem para sustentar as perguntas certas.
Neste artigo, exploramos o surgimento do homo confusus, o novo ser humano do trabalho, e como habilidades como liderança, negociação e comunicação intercultural se tornam condições de sobrevivência em tempos de ambiguidade, sobrecarga informacional e transformações profundas nas relações profissionais.

Inteligência Artificial, Gestão de pessoas, Tecnologia e inovação
28 de julho de 2025
A ascensão dos conselheiros de IA levanta uma pergunta incômoda: quem de fato está tomando as decisões?

Marcelo Murilo

8 minutos min de leitura
Liderança, Cultura organizacional, Liderança
25 de julho de 2025
Está na hora de entender como o papel de CEO deixou de ser sinônimo de comando isolado para se tornar o epicentro de uma liderança adaptativa, colaborativa e guiada por propósito. A era do “chefão” dá lugar ao maestro estratégico que rege talentos diversos em um cenário de mudanças constantes.

Bruno Padredi

2 minutos min de leitura
Desenvolvimento pessoal, Carreira, Carreira, Desenvolvimento pessoal
23 de julho de 2025
Liderar hoje exige muito mais do que seguir um currículo pré-formatado. O que faz sentido para um executivo pode não ressoar em nada para outro. A forma como aprendemos precisa acompanhar a velocidade das mudanças, os contextos individuais e a maturidade de cada trajetória profissional. Chegou a hora de parar de esperar por soluções genéricas - e começar a desenhar, com propósito, o que realmente nos prepara para liderar.

Rubens Pimentel

4 minutos min de leitura
Pessoas, Cultura organizacional, Gestão de pessoas, Liderança, times e cultura, Liderança, Gestão de Pessoas
23 de julho de 2025
Entre idades, estilos e velocidades, o que parece distância pode virar aprendizado. Quando escuta substitui julgamento e curiosidade toma o lugar da resistência, as gerações não competem - colaboram. É nessa troca sincera que nasce o que importa: respeito, inovação e crescimento mútuo.

Ricardo Pessoa

5 minutos min de leitura
Liderança, Marketing e vendas
22 de julho de 2025
Em um mercado saturado de soluções, o que diferencia é a história que você conta - e vive. Quando marcas e líderes investem em narrativas genuínas, construídas com propósito e coerência, não só geram valor: criam conexões reais. E nesse jogo, reputação vale mais que visibilidade.

Anna Luísa Beserra

5 minutos min de leitura
Tecnologia e inovação
15 de julho 2025
Em tempos de aceleração digital e inteligência artificial, este artigo propõe a literacia histórica como chave estratégica para líderes e organizações: compreender o passado torna-se essencial para interpretar o presente e construir futuros com profundidade, propósito e memória.

Anna Flávia Ribeiro

17 min de leitura
Inovação
15 de julho de 2025
Olhar para um MBA como perda de tempo é um ponto cego que tem gerado bastante eco ultimamente. Precisamos entender que, num mundo complexo, cada estudo constrói nossas perspectivas para os desafios cotidianos.

Frederike Mette e Paulo Robilloti

6 min de leitura
User Experience, UX
Na era da indústria 5.0, priorizar as necessidades das pessoas aos objetivos do negócio ganha ainda mais relevância

GEP Worldwide - Manoella Oliveira

9 min de leitura
Tecnologia e inovação, Empreendedorismo
Esse fio tem a ver com a combinação de ciências e humanidades, que aumenta nossa capacidade de compreender o mundo e de resolver os grandes desafios que ele nos impõe

CESAR - Eduardo Peixoto

6 min de leitura
Inovação
Cinco etapas, passo a passo, ajudam você a conseguir o capital para levar seu sonho adiante

Eline Casasola

4 min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)