Uncategorized

Learnability: modo de usar

O desenvolvimento de novas habilidades de aprendizado passa pela curiosidade, pela diversidade e pela capacidade de assumir riscos
__Poliana Abreu__ é Diretora de conteúdo da HSM e SingularityU Brazil. Graduada em relações internacionais e com MBA em gestão de negócios, se especializou em ESG, cultura organizacional e liderança. Tem mais de 12 anos no mercado de educação executiva. É mãe da Clara, apaixonada por conhecer e viver em culturas diferentes e compra mais livros do que consegue ler.

Compartilhar:

Há alguns meses, estava revendo um álbum de fotografias da minha infância e, com as fotos da formatura da pré-escola, tinha uma cartinha do meu pai que dizia: “Filha, lembre-se de que na vida é tudo uma questão de treino e garra”. Como é de se esperar de uma criança de 7 anos, não compreendi a profundidade daquele ensinamento. Mas hoje, depois de tantas experiências, além de fazer muito sentido, o lembrete do meu pai me desperta novas questões: como manter a garra de aprender sempre? Como devemos treinar para aprender novas habilidades?

Não existem respostas prontas, mas, considerando que “o iletrado do século 21 não será quem não sabe ler e escrever, e sim aquele que não sabe aprender, desaprender e reaprender”, como profetizou o futurista Alvin Toffler, listo algumas ideias que podem ajudar você a desenvolver sua habilidade de aprendizado:

**1.**   Resgate e alimente a sua curiosidade: é tudo uma questão de interesse. Pessoas curiosas e interessadas em aprender têm um olhar diferente que permite a elas acessar novas informações de uma maneira muito mais conectada e consistente. Resgate a curiosidade que você tinha na infância, esteja aberto ao novo, alimente sua vontade de aprender e fazer conexões não óbvias, mas que podem levar você a outro patamar de aprendizado.

**2.  ** Descubra o seu jeito de aprender: e você perceberá que captar novas ideias se tornará uma atividade muito mais prazerosa em seu dia a dia. Há pessoas que aprendem melhor na prática e outras que não se arriscam antes de ler o manual. Descubra qual o seu jeito e torne o aprendizado um hábito.

**3.**   Abrace a diversidade: sabe aquela história de “como são inteligentes aqueles que pensam como eu”? Quase ninguém assume, mas, na prática, muitos pensam assim. Temos dificuldade de assumir nossas próprias limitações e dar razão a quem tem outra perspectiva. Portanto, conviva com pessoas e ambientes diferentes e diga sim para ideias contrárias às suas. Não existe aprendizado num contexto de homogeneidade. A inovação se dá na diversidade. 

**4.**   Não confunda movimento com evolução: a frase é atribuída a Peter Drucker, um dos principais pensadores de gestão do mundo. Claro que estar em movimento é importante, mas para que haja evolução é preciso abrir e encerrar ciclos, de forma consistente e corajosa. Aprender, desaprender e reaprender, como disse Toffler.

Compartilhar:

__Poliana Abreu__ é Diretora de conteúdo da HSM e SingularityU Brazil. Graduada em relações internacionais e com MBA em gestão de negócios, se especializou em ESG, cultura organizacional e liderança. Tem mais de 12 anos no mercado de educação executiva. É mãe da Clara, apaixonada por conhecer e viver em culturas diferentes e compra mais livros do que consegue ler.

Artigos relacionados

Reputação sólida, ética líquida: o desafio da integridade no mundo corporativo

No mundo corporativo, reputação se constrói com narrativas, mas se sustenta com integridade real – e é justamente aí que muitas empresas tropeçam. É o momento de encarar os dilemas éticos que atravessam culturas organizacionais, revelando os riscos de valores líquidos e o custo invisível da incoerência entre discurso e prática.

Tecnologia e inovação
15 de julho 2025
Em tempos de aceleração digital e inteligência artificial, este artigo propõe a literacia histórica como chave estratégica para líderes e organizações: compreender o passado torna-se essencial para interpretar o presente e construir futuros com profundidade, propósito e memória.

Anna Flávia Ribeiro

17 min de leitura
Inovação
15 de julho de 2025
Olhar para um MBA como perda de tempo é um ponto cego que tem gerado bastante eco ultimamente. Precisamos entender que, num mundo complexo, cada estudo constrói nossas perspectivas para os desafios cotidianos.

Frederike Mette e Paulo Robilloti

6 min de leitura
User Experience, UX
Na era da indústria 5.0, priorizar as necessidades das pessoas aos objetivos do negócio ganha ainda mais relevância

GEP Worldwide - Manoella Oliveira

9 min de leitura
Tecnologia e inovação, Empreendedorismo
Esse fio tem a ver com a combinação de ciências e humanidades, que aumenta nossa capacidade de compreender o mundo e de resolver os grandes desafios que ele nos impõe

CESAR - Eduardo Peixoto

6 min de leitura
Inovação
Cinco etapas, passo a passo, ajudam você a conseguir o capital para levar seu sonho adiante

Eline Casasola

4 min de leitura
Transformação Digital, Inteligência artificial e gestão
Foco no resultado na era da IA: agilidade como alavanca para a estratégia do negócio acelerada pelo uso da inteligência artificial.

Rafael Ferrari

12 min de leitura
Negociação
Em tempos de transformação acelerada, onde cenários mudam mais rápido do que as estratégias conseguem acompanhar, a negociação se tornou muito mais do que uma habilidade tática. Negociar, hoje, é um ato de consciência.

Angelina Bejgrowicz

6 min de leitura
Inclusão
Imagine estar ao lado de fora de uma casa com dezenas de portas, mas todas trancadas. Você tem as chaves certas — seu talento, sua formação, sua vontade de crescer — mas do outro lado, ninguém gira a maçaneta. É assim que muitas pessoas com deficiência se sentem ao tentar acessar o mercado de trabalho.

Carolina Ignarra

4 min de leitura
Saúde Mental
Desenvolver lideranças e ter ferramentas de suporte são dois dos melhores para caminhos para as empresas lidarem com o desafio que, agora, é também uma obrigação legal

Natalia Ubilla

4 min min de leitura
Carreira, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
Cris Sabbag, COO da Talento Sênior, e Marcos Inocêncio, então vice-presidente da epharma, discutem o modelo de contratação “talent as a service”, que permite às empresas aproveitar as habilidades de gestores experientes

Coluna Talento Sênior

4 min de leitura