Startups fundadas por mulheres estão transformando diversos setores, como saúde, educação e fintechs, com inovações que vão muito além da tecnologia tradicional. Muitas dessas empresas jovens, que tem como objetivo criar um modelo de negócios escalável, que busca soluções criativas para problemas do mercado, surgem da observação das reais necessidades do consumidor e dá disposição para testar novas estratégias sem grandes investimentos iniciais.
No Brasil, diversas startups lideradas por mulheres têm se destacado pelo impacto em diferentes mercados. A Nubank, cofundada por Cristina Junqueira, revolucionou o setor bancário com serviços financeiros simplificados e acessíveis. Já a Gupy, criada por Mariana Dias, utiliza inteligência artificial para otimizar processos de recrutamento e seleção. Na área de educação financeira, a Barkus Educacional, fundada por Bia Santos, promove conhecimento acessível para populações menos favorecidas.
Outra startup é a SafeSpace, criada por Giovanna Sasso, Natalie Zarzur, Rafaela Frankenthal e Claudia Farias, que desenvolveu uma plataforma digital para facilitar relatos de má conduta dentro das empresas. No setor de mobilidade, o Lady Driver, fundado por Gabryella Corrêa, tornou-se o maior aplicativo de transporte feminino do mundo, garantindo mais segurança para passageiras e motoristas.
Como inovar?
As pessoas associam inovação a algo extremamente sofisticado, ligado apenas à tecnologia de ponta. No entanto, esse termo também pode acontecer de maneira simples e acessível. Pequenos ajustes na forma de entregar um produto ou serviço podem garantir a sobrevivência e o sucesso de um negócio. Por exemplo, há empreendedoras que mudam seus canais de distribuição, a estrutura do atendimento ao cliente ou até mesmo o formato do próprio produto.
Um exemplo prático disso é uma empreendedora que vendia bolos caseiros e percebeu que a venda de produtos inteiros estava em queda. Ao testar a venda em pedaços menores, conseguiu aumentar significativamente suas vendas. Outro exemplo curioso é um empreendedor que criou um sorvete com sabor de coxinha, oferecendo um item inusitado e conquistando novos clientes.
É essencial que empreendedoras evitem seguir o efeito manada – ou seja, apenas replicar o que está em alta no mercado sem uma análise mais profunda. A verdadeira inovação vem da atenção às necessidades das pessoas e da disposição para testar soluções criativas. Além disso, é fundamental abandonar a ideia de que tudo precisa estar perfeito antes de ser lançado. O importante é testar e validar a ideia o quanto antes. O lema “feito é melhor que perfeito, mas nunca mal feito” deve guiar as empreendedoras para que não percam o timing.
Outro ponto crucial é evitar investimentos altos logo no início. Muitas empreendedoras enfrentam desafios financeiros e precisam equilibrar as contas do dia a dia. Antes de comprar equipamentos novos ou ampliar a estrutura, é mais seguro testar a demanda com os recursos já disponíveis. Se a ideia for validada, aí sim faz sentido expandir. Estar atenta aos movimentos do setor e às reais dificuldades dos consumidores é a chave para o sucesso. As startups lideradas por mulheres têm se destacado justamente por trazerem soluções eficazes para problemas cotidianos. Seja na saúde, na educação ou nas fintechs, essas empreendedoras estão transformando setores inteiros com ideias criativas e acessíveis, provando que inovação não precisa ser complicada – quanto mais simples, mais impactante ela pode ser.