Uncategorized

Otimistas + Pessimistas = A melhor equação

Atenção, empresas familiares: investimentos eficientes de longo prazo requerem uma abordagem otimista aliada a planos de contingência feitos por pessimistas

Compartilhar:

Olhando de fora, percebo que as eleições gerais em dois países dos Brics, recentemente, despertaram reações bem diferentes dos mercados e do mundo dos negócios. Enquanto na Índia uma onda de otimismo toma conta da economia desde maio, quando Narendra Modi foi eleito primeiro-ministro, no Brasil a maior parte dos líderes empresariais se mostra pessimista diante da vitória da presidente Dilma Rousseff. Isso não quer dizer que todos os indianos sejam otimistas ou que o pessimismo caracterize todas as empresas brasileiras; passado o calor das urnas, as pessoas tendem a retomar sua visão tradicional sobre a vida. Traços mais permanentes, o otimismo e o pessimismo refletem a maneira como cada um enfrenta os desafios no horizonte. Diante das incertezas, assume-se uma das seguintes posturas: achar que as coisas vão dar certo ou errado. 

O importante é que ambas as posturas levam as pessoas à ação, mas de modos diferentes. Quem é pessimista tende a se concentrar na proteção e na segurança. Diante das más notícias, o pessimista pode ser o melhor aliado, pois é ele que provavelmente será bem-sucedido consertando os erros. Já o otimista parece mais bem talhado para estimular uma cultura de crescimento, assumindo riscos para criar riquezas. Como isso funciona no âmbito de uma empresa familiar? Segundo nossas pesquisas, para obter o máximo de um pessimista, a família ou a empresa devem lhe dar feedback, indicando o que vai mal ou o que ainda está longe da perfeição. 

Isso o motivará a inovar nos produtos, melhorar o planejamento ou resolver problemas. Assim, os pessimistas serão bons líderes operacionais. No entanto, um pessimista à frente dos negócios da família tende menos a conseguir estimular o crescimento. Para isso, um otimista é melhor, e ele deve ser motivado com feedback positivo, pois um otimista se alimenta de conquistas incrementais e da sensação de movimento permanente para frente. 

Em geral, os líderes empresariais, independentemente de sua visão de mundo, devem aprender a controlar e aproveitar o poder dos pessimistas e dos otimistas. Eu sou otimista determinado, que se tornou um pouco mais pessimista ao longo da vida. Nessa condição, e com 35 anos de pesquisa de campo, fiz a seguinte constatação: o planejamento e os investimentos eficientes de longo prazo requerem uma abordagem otimista aliada a planos de contingência feitos por pessimistas. O fato é que as coisas nunca saem exatamente como queremos, mas elas saem.

Compartilhar:

Artigos relacionados

A aposta calculada que levou o Boticário a ser premiado no iF Awards

Enquanto concorrentes correm para lançar coleções sazonais inspiradas em tendências efêmeras, o Boticário demonstra que compreende um princípio fundamental: o verdadeiro valor do design não está na estética superficial, mas em sua capacidade de gerar impacto social e econômico simultaneamente. A linha Make B., vencedora do iF Design Award 2025, não é um produto de beleza – é um manifesto estratégico.

Quando o colaborador é o problema

Ambientes tóxicos nem sempre vêm da cultura – às vezes, vêm de uma única pessoa. Entenda como identificar e conter comportamentos silenciosos que desestabilizam equipes e ameaçam a saúde organizacional.

Cultura organizacional, Estratégia e execução
Lembra-se das Leis de Larman? As organizações tendem a se otimizar para não mudar; então, você precisa fazer esforços extras para escapar dessa armadilha. Os exemplos e as boas práticas deste artigo vão ajudar

Norberto Tomasini

4 min de leitura
Carreira, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
A área de gestão de pessoas é uma das mais capacitadas para isso, como mostram suas iniciativas de cuidado. Mas precisam levar em conta quatro tipos de necessidades e assumir ao menos três papéis

Natalia Ubilla

3 min de leitura
Estratégia
Em um mercado onde a reputação é construída (ou desconstruída) em tempo real, não controlar sua própria narrativa é um risco que nenhum executivo pode se dar ao luxo de correr.

Bruna Lopes

7 min de leitura
Liderança
O problema está na literatura comercial rasa, nos wannabe influenciadores de LinkedIn, nos só cursos de final de semana e até nos MBAs. Mas, sobretudo, o problema está em como buscamos aprender sobre a liderança e colocá-la em prática.

Marcelo Santos

8 min de leitura
ESG
Inclua uma nova métrica no seu dashboard: bem-estar. Porque nenhum KPI de entrega importa se o motorista (você) está com o tanque vazio

Lilian Cruz

4 min de leitura
ESG
Flexibilidade não é benefício. É a base de uma cultura que transformou nossa startup em um caso real de inclusão sem imposições, onde mulheres prosperam naturalmente.

Gisele Schafhauser

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O futuro da liderança em tempos de IA vai além da tecnologia. Exige preservar o que nos torna humanos em um mundo cada vez mais automatizado.

Manoel Pimentel

7 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Setores que investiram em treinamento interno sobre IA tiveram 57% mais ganhos de produtividade. O segredo está na transição inteligente.

Vitor Maciel

6 min de leitura
Empreendedorismo
Autoconhecimento, mentoria e feedback constante: a nova tríade para formar líderes preparados para os desafios do trabalho moderno

Marcus Vaccari

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Se seu atendimento não é 24/7, personalizado e instantâneo, você já está perdendo cliente para quem investiu em automação. O tempo de resposta agora é o novo preço da fidelização

Edson Alves

4 min de leitura