Uncategorized

Você está pensando no curto, no médio e no longo prazo

Hoje, as empresas esperam isso de seus gestores, o que requer liderança de curto prazo e de projetos, foco em execução, senso de propriedade, vontade de aprender e de ensinar e simplicidade
Consultor especializado em mudança organizacional, é professor da Fundação Dom Cabral em áreas como desenvolvimento de pessoas e liderança e autor, entre outros livros, de Muito Além da Hierarquia.

Compartilhar:

Algum tempo atrás, o médio e o longo prazo aos deuses pertenciam; todo o nosso foco estava no curto prazo. Sempre que ouvíamos falar em longo prazo, nosso modelo mental nos soprava: “O longo prazo é pensado no longo prazo”. A mesma coisa acontecia com o médio prazo. Nas organizações, também havia áreas orientadas para o curto, para o médio e para o longo prazo. Tudo isso mudou, embora alguns ainda ajam como se tudo estivesse igual. As empresas enxutas de hoje esperam de todas as pessoas que lidem com as três dimensões simultaneamente. Todos os horizontes de tempo têm de ser pensados no curto prazo, para que gerem resultados hoje, amanhã e depois de amanhã. 

Agora, um gestor precisa ter três olhos, um para cada horizonte de tempo, praticando liderança de curto prazo, liderança de projetos, foco em execução, senso de propriedade, vontade de aprender, vontade de ensinar, e tudo isso agindo com simplicidade, preferencialmente retendo as pessoas e mantendo-as motivadas. Sim, estamos com muito mais trabalho e responsabilidade. Quem se saiu bem nessa transformação? Todos os profissionais de qualquer idade que conseguiram antecipar-se ao movimento e foram chamados de agentes de mudança. 

Quem tem do que reclamar? Em primeiro lugar, os profissionais reativos, aqueles que até foram se adaptando ao ambiente, mas perderam oportunidades valiosas e a vontade de fazer a diferença. Eles continuam nas empresas, porém são vistos como carregadores de piano – e, sempre que o cinto apertar, serão o custo a ser cortado. Em segundo lugar, deram-se mal os desistentes, que não enxergaram nem acreditaram nesse mundo novo e, portanto, não fizeram esforços para integrá-lo. Podem estar empregados neste momento, mas estão definitivamente fora do jogo competitivo. 

As empresas de hoje devem ser entendidas como mecanismos de produção de resultados crescente e continuamente. Portanto, elas são essencialmente seletivas. Acredite ou não, estamos sendo selecionados todos os dias – nunca mais teremos o status de empregados; estaremos sempre em seleção. 

A crueldade dessa seleção é agravada por uma economia de dificílima previsão, que, em ciclos inconstantes, transforma as organizações despreparadas em verdadeiras marionetes, fazendo-as crescerem, estagnarem ou minguarem de uma hora para a outra. Reativos e desistentes têm de rezar pelos momentos em que a economia faz as organizações crescerem. Já para os agentes de mudança de três olhos, há espaço em qualquer circunstância.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Quando o corpo pede pausa e o negócio pede pressa

Entre liderança e gestação, uma lição essencial: não existe performance sustentável sem energia. Pausar não é fraqueza, é gestão – e admitir limites pode ser o gesto mais poderoso para cuidar de pessoas e negócios.

Inovação e comunidades na presença digital

A creators economy deixou de ser tendência para se tornar estratégia: autenticidade, constância e inovação são os pilares que conectam marcas, líderes e comunidades em um mercado digital cada vez mais colaborativo.

Marketing & growth
21 de outubro de 2025
O maior risco do seu negócio pode estar no preço que você mesmo definiu. E copiar o preço do concorrente pode ser o atalho mais rápido para o prejuízo.

Alexandre Costa - Fundador do grupo Attitude Pricing (Comunidade Brasileira de Profissionais de Pricing)

5 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
20 de outubro de 2025
Nenhuma equipe se torna de alta performance sem segurança psicológica. Por isso, estabelecer segurança psicológica não significa evitar conflitos ou suavizar conversas difíceis, mas sim criar uma cultura em que o debate seja aberto e respeitoso.

Marília Tosetto - Diretora de Talent Management na Blip

4 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
17 de outubro de 2025
No Brasil, quem não regionaliza a inovação está falando com o país certo na língua errada - e perdendo mercado para quem entende o jogo das parcerias.

Rafael Silva - Head de Parcerias e Alianças na Lecom

3 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde, Tecnologia & inteligencia artificial
16 de outubro de 2025
A saúde corporativa está em colapso silencioso - e quem não usar dados para antecipar vai continuar apagando incêndios.

Murilo Wadt - Cofundador e diretor geral da HealthBit

3 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
15 de outubro de 2025
Cuidar da saúde mental virou pauta urgente - nas empresas, nas escolas, nas nossas casas. Em um mundo acelerado e hiperexposto, desacelerar virou ato de coragem.

Viviane Mansi - Conselheira de empresas, mentora e professora

3 minutos min de leitura
Marketing & growth
14 de outubro de 2025
Se 90% da decisão de compra acontece antes do primeiro contato, por que seu time ainda espera o cliente bater na porta?

Mari Genovez - CEO da Matchez

3 minutos min de leitura
ESG
13 de outubro de 2025
ESG não é tendência nem filantropia - é estratégia de negócios. E quando o impacto social é parte da cultura, empresas crescem junto com a sociedade.

Ana Fontes - Empreendeedora social, fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME) e do Instituto RME

3 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Estratégia
10 de outubro de 2025
Com mais de um século de história, a Drogaria Araujo mostra que longevidade empresarial se constrói com visão estratégica, cultura forte e design como motor de inovação.

Rodrigo Magnago

6 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Liderança
9 de outubro de 2025
Em tempos de alta performance e tecnologia, o verdadeiro diferencial está na empatia: um ativo invisível que transforma vínculos em resultados.

Laís Macedo, Presidente do Future is Now

3 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Bem-estar & saúde, Finanças
8 de outubro de 2025
Aos 40, a estabilidade virou exceção - mas também pode ser o início de um novo roteiro, mais consciente, humano e possível.

Lisia Prado, sócia da House of Feelings

5 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança