Bem-estar & saúde
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Eficiência e redução de custos: o papel estratégico da telemedicina nas empresas

Com custos de saúde corporativa em alta, a telemedicina surge como solução estratégica: reduz sinistralidade, amplia acesso e fortalece o bem-estar, transformando a gestão de benefícios em vantagem competitiva.
Cofundadora da h.ai, uma healthtech brasileira focada na democratização do acesso à saúde por meio de soluções de telemedicina ampliada. A executiva se formou em Comunicação Social e iniciou sua carreira no setor publicitário, atuando com grandes marcas do varejo como Pantene e Colgate. Ao longo de sua trajetória, a executiva francesa contribuiu para mudanças disruptivas na comunicação e na criação de novos modelos de negócios, incluindo a implementação do serviço de TV por Assinatura no Brasil. Loraine teve uma passagem importante no Grupo United Health, onde atuou como Chief of Staff do Presidente no Brasil. Foi nesse contexto que ela encontrou seu verdadeiro propósito, atuando com saúde e tecnologia. Após essa experiência, a executiva torna-se uma das fundadoras da

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Não é novidade que a gestão da saúde nas organizações sempre representou uma parte significativa dos custos destinados aos colaboradores nas empresas brasileiras. Estima-se que os gastos com saúde corporativa representem entre 12% e 20% do orçamento do setor de Recursos Humanos em indústrias, por exemplo, e cerca de 13% da folha salarial, em média, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A coparticipação ameniza esse impacto, mas, ainda assim, os benefícios têm um custo elevado.

Tenho acompanhado profissionais de RH na busca por alternativas que ampliem a eficiência operacional da saúde corporativa sem comprometer a qualidade dos serviços e o atendimento oferecido aos colaboradores. Afinal, tudo isso faz parte de um pacote de benefícios que contribui para o bem-estar e o clima organizacional.

É nesse contexto que a telemedicina tem ganhado espaço nas grandes empresas. Com o avanço da Internet das Coisas e da Inteligência Artificial aplicadas à saúde, abre-se um caminho promissor para o acompanhamento preventivo da saúde dos colaboradores, especialmente aqueles com doenças crônicas. O atendimento via telemedicina, por meio de cabines inteligentes, por exemplo, reduz a sinistralidade e o absenteísmo, fortalece o bem-estar emocional e, ao mesmo tempo, melhora a imagem da organização como uma empregadora moderna e cuidadosa.

Para se ter uma ideia, ao contar com um polo de teleatendimento, os colaboradores podem acessar a cabine a qualquer momento diante de eventuais necessidades de saúde, em vez de se deslocarem até um pronto-socorro e enfrentarem longas esperas.

Hoje já existem soluções de telemedicina ampliada que garantem até 15 tipos de exames, desde a aferição da pressão arterial até eletrocardiograma, além de exames mais específicos, como audiometria e acuidade visual.

Oferecer esse tipo de cuidado de forma tão acessível já vem trazendo resultados significativos na redução da sinistralidade, principalmente entre pacientes crônicos. Afinal, com o monitoramento contínuo, evitam-se complicações mais graves e, consequentemente, custos mais elevados para todo o ecossistema da saúde corporativa. Empresas como a Cogna Educação, uma das maiores organizações educacionais do Brasil, já registram economia com queda de até 50% na sinistralidade.

A telemedicina também abre oportunidades para que as organizações ampliem a gama de especialidades oferecidas aos colaboradores. O cuidado com a saúde mental, por exemplo, nunca esteve tão presente nas pautas dos RHs. Por meio da telemedicina, é possível disponibilizar atendimentos com psicólogos e psiquiatras para todos os níveis hierárquicos da organização, com privacidade e segurança.

Outro exemplo se aplica a especialidades como a fonoaudiologia. Em um programa de treinamento de oratória para lideranças, por exemplo, o profissional pode receber atendimento personalizado e eficaz dentro da cabine, de maneira prática e mais econômica.

Sem dúvidas, a telemedicina nas empresas é uma tendência para os próximos anos. É vantajosa para o colaborador, que ganha em tempo, praticidade e saúde, e também para a empresa, que conquista maior eficiência operacional na gestão da saúde, reduz sinistralidade e absenteísmo, além de contribuir para o bem-estar, o clima organizacional e, consequentemente, sua imagem como marca empregadora.

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