Desenvolvimento pessoal

Menos planejamento e mais mão na massa

Essa é a dica de um dos fundadores da Netflix para quem deseja empreender um projeto de sucesso

Compartilhar:

 “A pior coisa que pode acontecer a um empreendedor é ficar preso no planejamento de uma ideia perfeita e nunca começar a tentar colocar tudo em prática”, alerta Marc Randolph, cofundador da Netflix, em texto publicado na plataforma de blogs Medium. E acrescenta: em algum momento, é preciso parar de pensar e fazer, mesmo que seja a partir de uma versão incompleta do que foi inicialmente idealizado.

Randolph diz que as pessoas têm a tendência de construir castelos imaginários que, na verdade, são táticas protelatórias disfarçadas de ideias. Em vez de construir algo, o empreendedor apenas segue elaborando e planejando o projeto. “Rapidamente, o castelo imaginário que você construiu está enorme e inacreditavelmente caro para virar realidade”, explica. 

Segundo ele, as ideias iniciais não são, geralmente, tão boas quanto os empreendedores pensam. Mas isso não faz diferença. Não dá para saber, com certeza, se um projeto vai funcionar até colocá-lo para andar, mesmo sem tudo perfeitamente planejado.

“Interação, e não ideação, é a parte mais importante do estágio inicial de um empreendimento. É preciso ter um monte de ideias – um monte de ideias ruins – para terminar com uma boa ideia. Também é preciso colocar as ideias ‘no mundo real’, onde as pessoas possam vê-las e dar feedback”, escreve Randolph.

Ele lembra que, atualmente, é relativamente fácil testar uma ideia no mundo real. E isso é fundamental para que o empreendedor e outras pessoas possam observar aspectos que nunca haviam sido levados em consideração. Um detalhe incialmente irrelevante pode se tornar uma função primordial; um erro pode acabar virando um recurso. 

“Os planos não fazem diferença, porque as ideias acabam mudando e se chocam com o mundo real. Nunca vi um plano de negócios sobreviver ao encontro com os consumidores de verdade”, escreve o cofundador da Netflix, recordando de sua própria experiência e de como era difícil e caro testar uma ideia no final da década de 1990, quando a empresa iniciou suas atividades, ainda como um serviço de assinatura mensal, locadora online e entrega de DVDs na casa dos clientes.

Por fim, Randolph afirma: se os potenciais empreendedores deixarem de construir castelos imaginários e partirem para a prática, talvez um dia possam construir algo real, mesmo que imperfeito. “Algo que seja interessante, que agrade as pessoas e que funcione”, completa.

Compartilhar:

Artigos relacionados

A aposta calculada que levou o Boticário a ser premiado no iF Awards

Enquanto concorrentes correm para lançar coleções sazonais inspiradas em tendências efêmeras, o Boticário demonstra que compreende um princípio fundamental: o verdadeiro valor do design não está na estética superficial, mas em sua capacidade de gerar impacto social e econômico simultaneamente. A linha Make B., vencedora do iF Design Award 2025, não é um produto de beleza – é um manifesto estratégico.

Quando o colaborador é o problema

Ambientes tóxicos nem sempre vêm da cultura – às vezes, vêm de uma única pessoa. Entenda como identificar e conter comportamentos silenciosos que desestabilizam equipes e ameaçam a saúde organizacional.

Inovação
Em entrevista com Rodrigo Magnago, Fernando Gama nos conta como a Docol tem despontado unindo a cultura do design na organização

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
ESG, Inovação & estratégia, Tecnologia & inteligencia artificial
3 de setembro de 2025
O plástico nasceu como símbolo do progresso - hoje, desafia o futuro do planeta. Entenda como uma invenção de 1907 moldou a sociedade moderna e se tornou um dos maiores dilemas ambientais da nossa era.

Anna Luísa Beserra - CEO da SDW

0 min de leitura
Inovação & estratégia, Empreendedorismo, Tecnologia & inteligencia artificial
2 de setembro de 2025
Como transformar ciência em inovação? O Brasil produz muito conhecimento, mas ainda engatinha na conversão em soluções de mercado. Deep techs podem ser a ponte - e o caminho já começou.

Eline Casasola - CEO da Atitude Inovação

5 minutos min de leitura
Liderança, Empreendedorismo, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Inovação & estratégia
1 de setembro de 2025
Imersão de mais de 10 horas em São Paulo oferece conteúdo de alto nível, mentorias com especialistas, oportunidades de networking qualificado e ferramentas práticas para aplicação imediata para mulheres, acelerando oportunidades para um novo paradigma econômico

Redação HSM Management

0 min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
1 de setembro de 2025
Na era da creator economy, influência não é mais sobre alcance - é sobre confiança. Você já se deu conta como os influenciadores se tornaram ativos estratégicos no marketing contemporâneo? Eles conectam dados, propósito e performance. Em um cenário cada vez mais automatizado, é a autenticidade que converte.

Salomão Araújo - VP Comercial da Rakuten Advertising no Brasil

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Liderança
29 de agosto de 2025
Estamos entrando na temporada dos planos estratégicos - mas será que o que chamamos de “estratégia” não é só mais uma embalagem bonita para táticas antigas? Entenda o risco do "strategy washing" e por que repensar a forma como construímos estratégia é essencial para navegar futuros possíveis com mais consciência e adaptabilidade.

Lilian Cruz, Cofundadora da Ambidestra

4 minutos min de leitura
Empreendedorismo, Inovação & estratégia
28 de agosto de 2025
Startups lideradas por mulheres estão mostrando que inovação não precisa ser complexa - precisa ser relevante. Já se perguntou: por que escutar as necessidades reais do mercado é o primeiro passo para empreender com impacto?

Ana Fontes - Empreendedora social, fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME) e do Instituto RME

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Tecnologia & inteligencia artificial
26 de agosto de 2025
Em um universo do trabalho regido pela tecnologia de ponta, gestores e colaboradores vão obrigatoriamente colocar na dianteira das avaliações as habilidades humanas, uma vez que as tarefas técnicas estarão cada vez mais automatizadas; portanto, comunicação, criatividade, pensamento crítico, persuasão, escuta ativa e curiosidade são exemplos desse rol de conceitos considerados essenciais nesse início de século.

Ivan Cruz, cofundador da Mereo, HR Tech

4 minutos min de leitura
Inovação
25 de agosto de 2025
A importância de entender como o design estratégico, apoiado por políticas públicas e gestão moderna, impulsiona o valor real das empresas e a competitividade de nações como China e Brasil.

Rodrigo Magnago

9 min de leitura
Cultura organizacional, ESG, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
25 de agosto de 2025
Assédio é sintoma. Cultura é causa. Como ambientes de trabalho ainda normalizam comportamentos abusivos - e por que RHs, líderes e áreas jurídicas precisam deixar a neutralidade de lado e assumir o papel de agentes de transformação. Respeito não pode ser negociável!

Viviane Gago, Facilitadora em desenvolvimento humano

5 minutos min de leitura