Uncategorized

Obrigado por estar atrasado

Guilherme Soárez, CEO da HSM

Compartilhar:

Thomas Friedman é um dos palestrantes da nossa HSM Expo 2016. O homem que, anos atrás, avisou aos gestores empresariais que a tecnologia e a globalização deixaram o mundo plano garante que nos fará olhar para o planeta de uma forma totalmente nova mais uma vez.

Seu novo livro, Thank You for Being Late, pode ser descrito como um guia para o presente e para o futuro, com oportunidades sem fim para salvarmos ou destruirmos nossa civilização, e tem um título estranho – ele agradece quando seus amigos se atrasam para algum encontro e pode fazer uma pausa para pensar. 

Quero me apropriar da gratidão de Friedman para dizer que, toda vez que você lê uma revista como esta ou vai a um evento como a HSM Expo, também faz uma pausa para analisar as possibilidades e perigos em pauta. As três maiores forças que, segundo Friedman, influenciam nossos destinos atualmente – a tecnologia, o mercado global e a natureza em crise – são continuamente discutidas tanto em nossas páginas como em nossos palcos, e sempre com a tentativa de entender seus desdobramentos sobre a gestão e os negócios. 

Agradeça aos que se atrasam, como agradece Friedman, portanto, e faça pausas para ler esta revista e pensar nas possibilidades e nos perigos. Nosso Dossiê fala do desafio de executar estratégias nos dias de hoje, com o reframing dos problemas e as soluções inovadoras sendo oferecidos por especialistas como Ram Charan e Claudio Galeazzi e pelos mais experientes CEOs. Reavalie o que você anda fazendo com seus talentos, a tecnologia, as inovações e o supply chain, e logo as possibilidades pularão na sua frente. 

O mesmo acontecerá, talvez, quando você chegar à matéria da Tesla, a inovadora montadora de Elon Musk e J.B. Straubel, que agora vem subverter o modo de comprarmos carros (aliás, o Model S vem aí em 2017 e o Straubel vem aqui – na HSM). 

Igual efeito terá a reportagem sobre a era das plataformas cognitivas em que estamos entrando, agora mais acentuadamente, já que o Brasil ganhou acesso ao supercomputador Watson, da IBM. A Under Armour, de Kevin Plank, tema de outra reportagem, é um exemplo de empresa que vem competindo com base em uma plataforma cognitiva. 

Dê pausa e reflita: como será o futuro? Friedman fez um guia sobre isso e, na coluna HSM da última página, eu faço um convite para imaginarmos o futuro que queremos. Pessoas como Steve Case e Peter Thiel imaginam e constroem o futuro todos os dias, no café da manhã – confira as ideias e iniciativas dos dois descritas nesta edição e diga se eu não tenho razão. Não é só dinheiro o que eles possuem, ou coragem; eles fazem as tão necessárias pausas para reflexão. 

Liderar um negócio no presente para construir o futuro é “o” desafio por excelência, mas esta revista será a pausa de que você precisa – e em boa companhia, de CEOs como Paula Gallizia (Microsoft), Claudia Sender (Latam), Luiz Pretti (Cargill), Marcelo Queiroz (Tetra Pak), Fábio Luchetti (Porto Seguro) e Paulo Chapchap (Hospital Sírio-Libanês). Agradeça aos que se atrasam. E não se esqueça que #ofuturoferve.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Transformando complexidade em terreno navegável com o framework AIMS

Em tempos de alta complexidade, líderes precisam de mais do que planos lineares – precisam de mapas adaptativos. Conheça o framework AIMS, ferramenta prática para navegar ambientes incertos e promover mudanças sustentáveis sem sufocar a emergência dos sistemas humanos.

O que move as mulheres da Geração Z a empreender?

A Geração Z está redefinindo o que significa trabalhar e empreender. Por isso é importante refletir sobre como propósito, impacto social e autonomia estão moldando novas trajetórias profissionais – e por que entender esse movimento é essencial para quem quer acompanhar o futuro do trabalho.

O fim dos chatbots? O próximo passo no futuro conversacional 

O futuro chegou – e está sendo conversado. Como a conversa, uma das tecnologias mais antigas da humanidade, está se reinventando como interface inteligente, inclusiva e estratégica. Enquanto algumas marcas ainda decidem se vão aderir, os consumidores já estão falando. Literalmente.

Como o fetiche geracional domina a agenda dos relatórios de tendência

Relatórios de tendências ajudam, mas não explicam tudo. Por exemplo, quando o assunto é comportamento jovem, não dá pra confiar só em categorias genéricas – como “Geração Z”. Por isso, vale refletir sobre como o fetiche geracional pode distorcer decisões estratégicas – e por que entender contextos reais é o que realmente gera valor.

Liderança
Conheça os 4 pilares de uma gestão eficaz propostos pelo Vice-Presidente da BossaBox

João Zanocelo

6 min de leitura
Inovação
Eventos não morreram, mas 78% dos participantes já rejeitam formatos ultrapassados. O OASIS Connection chega como antídoto: um laboratório vivo onde IA, wellness e conexões reais recriam o futuro dos negócios

Vanessa Chiarelli Schabbel

5 min de leitura
Marketing
Entenda por que 90% dos lançamentos fracassam quando ignoram a economia comportamental. O Nobel Daniel Kahneman revela como produtos são criados pela lógica, mas comprados pela emoção.

Priscila Alcântara

8 min de leitura
Liderança
Relatórios do ATD 2025 revelam: empresas skills-based se adaptam 40% mais rápido. O segredo? Trilhas de aprendizagem que falam a língua do negócio.

Caroline Verre

4 min de leitura
Liderança
Por em prática nunca é um trabalho fácil, mas sempre é um reaprendizado. Hora de expor isso e fazer o que realmente importa.

Caroline Verre

5 min de leitura
Inovação
Segundo a Gartner, ferramentas low-code e no-code já respondem por 70% das análises de dados corporativos. Entenda como elas estão democratizando a inteligência estratégica e por que sua empresa não pode ficar de fora dessa revolução.

Lucas Oller

6 min de leitura
ESG
No ATD 2025, Harvard revelou: 95% dos empregadores valorizam microcertificações. Mesmo assim, o reskilling que realmente transforma exige 3 princípios urgentes. Descubra como evitar o 'caos das credenciais' e construir trilhas que movem negócios e carreiras.

Poliana Abreu

6 min de leitura
Empreendedorismo
33 mil empresas japonesas ultrapassaram 100 anos com um segredo ignorado no Ocidente: compaixão gera mais longevidade que lucro máximo.

Poliana Abreu

6 min de leitura
Liderança
70% dos líderes não enxergam seus pontos cegos e as empresas pagam o preço. O antídoto? Autenticidade radical e 'Key People Impact' no lugar do controle tóxico

Poliana Abreu

7 min de leitura
Liderança
15 lições de liderança que Simone Biles ensinou no ATD 2025 sobre resiliência, autenticidade e como transformar pressão em excelência.

Caroline Verre

8 min de leitura